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Deputado federal Jorge Solla (PT) 03 de dezembro de 2021 | 10:18

Jorge Solla defende reestatização da Landulpho Alves em possível governo petista em 2023

bahia

O deputado federal Jorge Solla (PT) defende que, a partir de 2023, com a eleição de um futuro governo do PT, refinarias privatizadas que pertenciam à Petrobras, a exemplo da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), sejam reestatizadas. “É preciso que fique bem claro para os ‘investidores’ que agora chegam para sugar a renda do povo brasileiro com preços de combustível extorsivos: essa farra vai terminar em 2023, vamos recuperar nossas refinarias e mudar esse política de preços”, escrever o parlamentar petista, na manhã desta sexta-feira (3), no Twitter.

Nesta sexta, o grupo árabe Mubadala assumiu o controle da RLAM, após arrematar a refinaria por US$ 1,8 bilhão, embora o complexo de refino estivesse avaliado em US$ 4 bilhões. “Junto com a RLAM, a Petrobrás entrega de brinde um potencial mercado consumidor não só da Bahia, mas de boa parte do Nordeste, além de 669 quilômetros de oleodutos, que ligam a refinaria ao Complexo Petroquímico de Camaçari e ao Terminal de Madre de Deus, que também está sendo vendido no pacote que inclui ainda outros três terminais da Bahia (Candeias, Jequié e Itabuna)”, escreveu Solla, no Instagram.

Segundo avaliação do Sindpetro-BA compartilhada pelo petista, “a tendência, no caso da venda da RLAM, é que o consumidor seja ainda mais prejudicado. Não haverá redução de preços porque não haverá concorrência. Tal problema foi apontado por estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro”. Segundo os pesquisadores da PUC, a RLAM era uma das refinarias da estatal que tem potencial mais elevado para formação de monopólios regionais, o que pode aumentar ainda mais os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha, além do risco de desabastecimento, o que deixará o consumidor inseguro e refém de uma empresa privada.

“Na contramão das grandes petrolíferas, a Petrobrás se apequena ao abrir mão do seu parque de refino, deixando de ser uma empresa integrada. Além de ignorar a sua responsabilidade social com o povo brasileiro”, protestou Jorge Solla.

Davi Lemos
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