Foto: Werther Santana/Estadão/Arquivo
Bolsa de Valores 12 de agosto de 2022 | 19:00

Bolsa tem melhor semana desde novembro de 2020

economia

A Bolsa de Valores brasileira entregou nesta sexta-feira (12) o seu maior crescimento semanal em 21 meses.

Após avançar 2,78% nesta sessão, o índice de referência Ibovespa saltou 5,91% nesta semana. É o melhor ganho desde os 7,42% alcançados na primeira semana de novembro de 2020.

Além de um ambiente internacional mais favorável a investimentos considerados arriscados —é o caso das aplicações em renda variável de países emergentes, como o Brasil—, investidores demonstraram otimismo ao avaliarem a bateria de balanços trimestrais das empresas locais.

Ainda sobre o pregão desta sexta, as ações da Magazine Luiza dispararam quase 18%. Os papéis mais negociados da Petrobras pularam 6,19%. O Banco do Brasil ganhou 5,65%.

Com a maior parte das empresas já tendo concluído suas apresentações de resultados do segundo trimestre, especialistas da XP Investimentos classificaram 73% dos balanços reportando lucros acima do esperado.

No exterior, o dia também foi positivo para as principais bolsas. O indicador parâmetro de Nova York, o S&P 500, escalou 1,73%. Na Europa, Londres, Paris e Frankfurt avançaram 0,47%, 0,14% e 0,74%, respectivamente.

DÓLAR CAI EM DIA DE FORÇA GLOBAL DO REAL

No mercado global de câmbio, o real teve a maior valorização diária entre seus pares, recuperando-se de uma forte queda na véspera.

A moeda brasileira obteve o maior ganho tanto na comparação com divisas de países emergentes, como em relação à cesta que mede o valor do dinheiro das principais economias.

No câmbio doméstico, o dólar caiu 1,66%, encerrando a sessão cotado a R$ 5,0740. É o menor patamar desde 15 de junho. No acumulado desta semana, a moeda americana tombou 1,86%.

Em um dia de poucas notícias na agenda econômica local, investidores calibram suas apostas para um ambiente de aparente desaceleração da inflação doméstica e global.

Investidores estão encorajados a buscar posições mais arriscadas e com maior potencial de lucro após a desaceleração da inflação nos Estados Unidos ter sinalizado que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) poderá reduzir o ritmo de elevação da sua taxa de juros.

O índice de preços ao consumidor americano permaneceu inalterado em julho, após avançar 1,3% em junho, informou nesta semana o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. O acumulado em 12 meses caiu de 9,1%, em junho para 8,5%, no mês passado.

Clayton Castelani/Folhapress
Comentários