14 dezembro 2024
No encerramento da campanha Novembro Azul, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), destacou a importância de intensificar a conscientização sobre a saúde masculina, especialmente diante da projeção de que os casos de câncer de próstata podem dobrar até 2040. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para um aumento expressivo da incidência global da doença, que já é a segunda mais comum entre os homens.
“Esse cenário exige ações urgentes e coordenadas, tanto do poder público quanto da sociedade civil, para garantir que os homens tenham acesso a exames preventivos e tratamento adequado. Precisamos quebrar o preconceito que ainda envolve o tema e reforçar que o diagnóstico precoce salva vidas”, afirmou a vereadora.
O Brasil não está imune às tendências globais. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só em 2024, mais de 70 mil novos casos da doença serão diagnosticados no país. Embora avanços médicos tenham ampliado as chances de cura, cerca de 25% dos pacientes ainda recebem o diagnóstico em estágios avançados, quando o tratamento é mais complexo e menos eficaz.
Para Ireuda Silva, esse dado reflete a necessidade de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e de promover campanhas educativas que cheguem a todas as regiões, especialmente às mais vulneráveis. “Sabemos que as populações negra e periférica enfrentam mais barreiras no acesso à saúde. Portanto, o combate às desigualdades também faz parte da luta contra o câncer de próstata”, destacou.
Durante todo o mês de novembro, a campanha Novembro Azul promoveu a conscientização sobre a importância dos exames de rotina, como o PSA (antígeno prostático específico) e o toque retal, que podem identificar precocemente a presença do câncer. Entretanto, o estigma e o preconceito ainda afastam muitos homens desses cuidados.
“Como parlamentar e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vejo que precisamos engajar as famílias na prevenção, pois muitas vezes são as esposas, filhas e irmãs que incentivam os homens a buscarem atendimento médico. Essa é uma luta coletiva”, reforçou Ireuda.