Foto: Divulgação/Agência ALBA
O deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD) 10 de janeiro de 2025 | 18:11

Fala de Wagner sobre chapa puro sangue “acendeu o pavio” para candidatura de Angelo Filho na Assembleia e pode causar efeitos indigestos a Jerônimo

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Deputados envolvidos na articulação para viabilizar a candidatura de Angelo Filho (PSD) à 1ª vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) afirmam que as declarações do senador Jaques Wagner (PT) sobre uma chapa majoritária puro sangue em 2026, excluindo a possibilidade de reeleição do senador Angelo Coronel (PSD), “acendeu o pavio” de uma articulação que havia sido iniciada meses atrás, mas sem muitas pretensões.

“Depois da entrevista de Wagner, acendeu o pavio e dia 3 pode explodir tudo”, disse um deputado em condição de anonimato, referindo-se à data da eleição da Mesa Diretora.

Um dos parlamentares de alta patente na Casa disse que o movimento do petista pode provocar também efeitos indigestos ao governo Jerônimo, diante da perspectiva de bate-chapa na base governista entre Angelo Filho e Rosemberg Pinto (PT), atual líder do governo que almeja a primeira vice-presidência.

A operação, como já mostrou este Política Livre, pode dar sobrevida à bancada de oposição, que tem apenas um terço dos 63 deputados, mas que agora pode se tornar decisiva no desfecho da Mesa, caso realmente haja confronto entre os governistas.

A cobiça pela 1ª se dá vice por conta da insegurança jurídica em torno da reeleição do presidente Adolfo Menezes (PSD), uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) já deliberou contra a recondução, numa mesma legislatura, de presidentes do Poder Legislativo.

Assim, com a previsível queda de Menezes, o comando da AL-BA ficará com o primeiro vice-presidente até a realização de uma nova eleição. Não há, todavia, na Constituição baiana ou no Regimento Interno da Assembleia prazo oficial para convocação, o que pode fazer o primeiro vice seguir no cargo interino por tempo indeterminado.

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