27 abril 2025
Após o imbróglio que culminou em vários adiamentos da eleição para 1ª vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), a deputada Fátima Nunes (PT) foi eleita, nesta terça-feira (15), para o segundo maior cargo da Mesa Diretora com 41 votos.
A sessão, conduzida pela presidente Ivana Bastos (PSD) e pelo 1º secretário Samuel Junior (Republicanos), transcorreu dentro da normalidade e sem obstruções. Inclusive, o quórum foi considerado alto, com 52 votantes, para uma terça-feira que antecede um dos feriados mais aguardados do calendário oficial, o da Semana Santa.
A eleição de Fátima Nunes foi marcada por revezes e insatisfações de deputados da base do governo e da oposição que, em reservado, externaram resistência ao seu nome. Os insatisfeitos, inclusive, ensaiaram depositar votos nulos e brancos na urna em manifesto contra a sua candidatura. O momento mais tenso da disputa, que vinha se arrastando há semanas, foi protagonizado pelo também petista Junior Muniz que, a contragosto da bancada do PT, ameaçou lançar uma candidatura avulsa. Ele havia prometido protocolar sua candidatura na Mesa Diretora nesta terça, mas a missão foi abortada por conta de uma viagem previamente programada à China para fazer uma espécie de “visita técnica” a fábrica da montadora de carros elétricos BYD. Com Junior Muniz ausente, o caminho ficou livre para ex-líder do PT na Assembleia Legislativa.
Seja qual tenha sido a real intenção de Júnior Muniz com todo “furdunço” que ele criou, o fato é que o movimento capitaneado por ele contou com amplo apoio de deputados tanto da base do governo e da oposição, trazendo uma verdadeira dor de cabeça ao líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), que a todo custo tentou evitar um bate-chapa entre os dois colegas de partido.
Mesmo alçando êxito na empreitada, a vitória de Fátima Nunes não foi unânime. Ela obteve nove votos brancos e dois nulos na votação secreta.
Carine Andrade