Elias de Oliveira Sampaio

Políticas Públicas

Economista do Ministério da Economia. Mestre em Economia e Doutor em Administração Pública pela UFBA. Autor de diversos trabalhos acadêmicos e científicos, dentre eles o livro Política, Economia e Questões Raciais publicado - A Conjuntura e os Pontos Fora da Curva, 2014 a 2016 (2017) e Dialogando com Celso Furtado - Ensaios Sobre a Questão da Mão de Obra, O Subdesenvolvimento e as Desigualdades Raciais na Formação Econômica do Brasil (2019). Foi Secretário Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e Diretor-presidente da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), Subsecretário Municipal da Secretaria da Reparação de Salvador (Semur), Pesquisador Visitante do Departamento de Planejamento Urbano da Luskin Escola de Negócios Públicos da Universidade da Califó ;rnia em Los Angeles (UCLA), Professor Visitante do Mestrado em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desenvolvimento Regional da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Professor, Coordenador do Curso de Ciências Econômicas e de Pesquisa e Pós-Graduação do Instituto de Educação Superior Unyahna de Salvador.

Dialogando com Celso Furtado

Hoje, excepcionalmente, faço uso desse importante espaço do Política Livre para convidar a todos os seus leitores em geral, e os meus leitores em particular, para prestigiarem o lançamento do meu segundo Livro: Dialogando com Celso Furtado – ensaios sobre a questão da mão de obra, o subdesenvolvimento e as desigualdades raciais na formação econômica do Brasil. O evento acontecerá 28/11/2019, nesta quinta-feira, as 18:30 h, no Auditório da Escola de Administração da UFBA, no Vale do Canela, ao lado da Faculdade de Educação.

São muitas as pessoas e organizações que estão garantindo a entrega desse trabalho. No caso do Livro propriamente dito, agradeço inicialmente o apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), da Secretaria de Administração (Saeb), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Secretaria de Comunicação (Secom). Orgulhosamente, reitero também as minhas homenagens a Universidade Federal da Bahia (UFBA), através da Escola de Administração e do seu Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA/EAUFBA) que estão sediando o evento em meio as comemorações de suas datas comemorativas. Por fim, mas não menos importante, quero fortemente agradecer ao Site Política Livre não apenas pela presente divulgação, mas pelo espaço democrático que tem cedido a mim, por mais de cinco anos, para a discussão de ideias e pensamentos sobre Economia, Política e Políticas Públicas através desta coluna.  Em nome de todas essas organizações, presto, portanto, meus mais sinceros agradecimentos aqueles e aquelas que participaram direta e indiretamente de todas ações voltadas para viabilizar a produção e divulgação da Obra através dos veículos de imprensa propriamente dito e das diversas redes sociais pessoais e institucionais.

Dito isto, antecipo, abaixo e na íntegra, os agradecimentos registrados no Livro:

A publicização de ideias sistematizadas através da literatura acadêmica é uma espécie de prestação de contas de toda experiência de aprendizado social e científico, adquirida de relações profissionais harmoniosas, mas, igualmente, de interações com ideias e ideologias adversas, muitas vezes tensas, com as quais autores se propõem a dialogar. Na era de troca e disseminação de informações em tempo real, estes tipos de relacionamentos ou disputas intersubjetivas também podem perfeitamente ocorrer com indivíduos e atores sociais que se interessam por aquilo que os escritores problematizam, independente de quaisquer restrições territoriais e culturais, mormente quando essas iniciativas autorais são autônomas e independentes de compromissos outros, senão aqueles inerentes à pura e simples necessidade de agregar valor à produção do conhecimento.

A partir dessa compreensão, optei por resguardar a razão de ser de muitos dos meus agradecimentos para o decorrer da leitura do próprio texto, especialmente nas passagens que denominei de Tessituras Iniciais – Sobre a História e a Necessidade deste Livro (Introdução) e nas Tessituras Finais e Novas Perspectivas (Conclusões), para instigar a minha audiência a refletir também sobre o contexto mais amplo da elaboração de seu conteúdo, considerando o conjunto de relações pessoais e institucionais, amigáveis ou não, envolvidas em todo o meu processo criativo.

Portanto, neste primeiro momento, os meus agradecimentos serão feitos tão somente com a citação dos nomes dos protagonistas dessa pequena odisseia narrativa na ordem em que eles aparecem “na trama”, como um artifício discursivo, uma espécie de teaser, para chamar a atenção, dos leitores e das leitoras, de quais foram as pessoas que entenderam, de pronto, a real dimensão do debate que eu estava propondo, desde sua fase mais incipiente. Ou, em alguns casos, que participaram de maneira ad hoc dos encaminhamentos que vieram a se mostrar indispensáveis para a consecução de todo o conjunto desta obra.

Tais personagens foram cruciais para a consolidação de uma linha de raciocínio e construção de todo um programa de estudos organizados mais sistematicamente a partir do ano de 2012, mas cujas raízes foram paulatinamente se robustecendo nos últimos trinta anos. Esses amigos e amigas, colegas das diversas atividades laborais que exerci, companheiras e companheiros incidentais ou de longas datas, foram verdadeiros “cúmplices” naquilo que decidi tornar público por meio desta modesta coletânea de ensaios, que se propõe a dialogar, diacronicamente, com o pensamento de Celso Furtado – o mais célebre de nossos economistas – a respeito das relações raciais subjacentes ao seu discurso sobre a constituição da economia brasileira, registrado em seu clássico Formação Econômica do Brasil, de 1959.

São elas e eles: Edelvino Góes, os amigos paraibanos da Sudene (Antônio Neto, Fábio e Rinaldo), Ubiratan Castro de Araújo (in memoriam), Gilberto Leal, José Carlos Nogueira, Carolina Dantas, Isabela Cardoso, Nathan Canen, Melvin Cross, Robert W. Dimand, Lívio Andrade Wanderley, Tatiana Dias Silva, Reginaldo Souza Santos, Elisabeth Matos Ribeiro, André Luís Nascimento, João Carlos Salles, Naomar de Almeida Filho e Chris Tilly.

Do mesmo modo, perenizo, aqui, a minha eterna gratidão a todos os membros da minha família, e os amigos de coração, pelo suporte afetivo e por terem me proporcionado importantes momentos lúdicos durante o desenvolvimento de todos os artigos e ainda deste texto final. Fraternamente, presto também os meus mais profundos e sinceros agradecimentos a Ana Lúcia Sampaio Farias que, paralelamente a todo esse processo, muito tem me ajudado a encontrar os melhores atalhos para avançar nos misteriosos caminhos dos sonhos e da vida, através do cuidado profissional e afetuoso de sua escuta ativa e amorosa.

Fato é que, sem esses interlúdios e oportunas assistências, eu não teria tido a prazerosa e resiliente disciplina para o estudo, a escrita e a apresentação de seus respectivos resultados nos mais diversos fóruns, por anos a fio, até obter a devida atenção por parte de algumas das mais tradicionais e prestigiadas instituições de pesquisa e pós-graduação no Brasil e alhures, no campo da economia e da administração, sobre a Questão Racial em nosso país.

Assim, no que diz respeito a esta publicação per se, início os meus agradecimentos pelo Professor Doutor Lívio Andrade Wanderley, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), por delicadamente aceitar fazer a orelha deste livro. Sirvo-me da sua objetiva e qualificada participação neste projeto para rememorar uma importante fase de consolidação da minha formação como economista, qual seja, a realização do Mestrado em Economia, na emblemática Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia (FCE/UFBA), no período de 1992 a 1996, lugar que me possibilitou testemunhar a genialidade dos ensinamentos e a gozar da fraterna amizade do saudoso Milton Santos Filho (Miltinho).

Ao Professor Doutor Pedro Jaime, docente e pesquisador de reconhecimento acadêmico nacional, agradeço pela gentileza em elaborar o brilhante texto da contracapa e aproveito a sua presença nesse trabalho para reiterar a enorme satisfação de termos travado o debate sobre os temas aqui discutidos, no ENAPAD de 2017. Com efeito, é sempre muito bom compartilhar ideias e ideais sobre os importantes problemas e os respectivos e necessários enfrentamentos que envolvem o racismo, enquanto elemento estruturante para a existência e a persistência do nosso histórico processo de subdesenvolvimento.

De uma maneira singela, mas igualmente significativa para o resultado final desta entrega, dedico três agradecimentos mais do que especiais: a Virgínia Moraes, pela empatia e pela sempre carinhosa disponibilidade, paciência e excelência em laboriosamente “tecer” a editoração das minhas palavras, a Arlete Castro pelo profissionalismo e pelas pertinentes – e bem-humoradas – lições do uso da língua portuguesa escrita durante a revisão dos “manuscritos digitais” e a Nilton Rezende por dar forma, através da composição da capa e dos materiais de divulgação, a alguns dos principais elementos abstratos do conteúdo da presente narrativa.

À Professora Rosana Milliman agradeço pelo inestimável apoio nos ajustes dos escritos em língua inglesa do terceiro ensaio, cuja redação original naquele idioma foi feita de forma livre por mim para apresentação e registro nos Anais da Conferência Anual de Economistas do Canadá, em 2017.

De forma bastante particular, e com toda a distinção que lhe é merecida, agradeço imensamente ao Professor Doutor Reginaldo Souza Santos pela generosa disposição em redigir o prefácio e pela confiança em incluir o conteúdo deste trabalho no rol das referências bibliográficas da Coleção de Administração Política, sob sua direção há mais de uma década, na tradicional e respeitadíssima Editora HUCITEC, cujo acolhimento deste livro também demanda uma compatível palavra de agradecimento. Realmente, é muito gratificante termos mais uma demonstração pública da efetividade de uma relação acadêmica e de apreço que remonta ao longínquo período de 1999 a 2003 quando, na condição de seu orientando, fui aluno no Doutorado no nosso queridíssimo e prestigiado Núcleo de Pós-Graduação da Escola de Administração (NPGA/EAUFBA).

Na verdade, ao planejar o lançamento deste livro em 2019, ano em que se completam duas décadas do início do meu doutoramento, fui instado a observar algumas outras surpreendentes e alvissareiras sincronicidades. A primeira delas é que, neste mesmo marco temporal, também se comemoram os quarenta anos do NPGA e os sessenta anos da EAUFBA, dois dos centros de ensino e pesquisa mais importantes do país, espaço acadêmico que tanto me orgulha fazer parte de sua história. Não obstante, neste ano também se reverencia o aniversário de seis décadas de duas das mais importantes contribuições de Furtado para os debates sobre o desenvolvimento socioeconômico brasileiro, quais sejam, a publicação da primeira edição do clássico Formação Econômica do Brasil, em janeiro de 1959, e a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a paradigmática Sudene, em dezembro daquele mesmo ano.

Como se não bastasse, o presente momento também demarca quatro décadas de existência do Olodum, Bloco Afro do bairro do Maciel-Pelourinho, a holding cultural pan-africanista da qual tenho a honra de ser um de seus Conselheiros, há mais de cinco anos. Essa icônica instituição da Bahia, cujo nome é uma criativa abreviação da palavra Olódùmarè – o Deus Supremo da religiosidade africana de origem Iorubá – além de ser o mais internacionalizado símbolo da musicalidade produzida na Boa Terra, tem contribuído de forma bastante peculiar para o melhor entendimento e a proteção do legado civilizatório trazido pelos africanos para o Brasil.

Portanto, eu jamais poderia deixar passar despercebida a oportunidade destes registros, num momento tão particular de discussões sobre o contexto das relações raciais na construção socioeconômica do nosso país. Ou, parafraseando o célebre poeta santo-amarense-brasileiro, Caetano Veloso: é [sempre] engraçado [e muito relevante] a força que as coisas parecem ter, quando elas [realmente] precisam acontecer.

Estamos diante de um desses casos.

Tudo é Graça.

Muitíssimo obrigado e Axé!

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