Maurício Bacelar

Engenharia

Maurício Bacelar é engenheiro civil e foi diretor-geral do Detran (2015). Ele também foi secretário de Obras da Prefeitura de Dias 'Ávila (1986), diretor do Copec (1987) e secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Camaçari (2002). Ele escreve uma coluna semanal no Política Livre às segunda-feiras.

- Engenheiro Civil - 1985
- Secretário de Obras da Prefeitura Municipal de Dias D'Ávila - 1986
- Diretor do Copec - Complexo Petroquímico de Camaçari - 1987
- Secretário de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Camaçari - 2002
- Diretor Geral do Detran-Ba - 2015

Minha escolha faz a diferença no trânsito

De 18 a 25 de setembro vamos “comemorar” a Semana Nacional do Trânsito. Neste período os órgãos executivos de trânsito, as escolas, empresas privadas e entidades da sociedade civil organizada priorizam o tema trânsito. Desenvolvem campanhas educativas, suscitam a discussão das questões que envolvem o tema.

O trânsito é uma verdadeira tragédia, mata e sequela em torno de 650.000 brasileiros todos os anos. Consome R$56 bilhões dos cofres públicos anualmente.

No último fim de semana, a Bahia sediou o XII Congresso Brasileiro de Medicina de Tráfego e o I Congresso Brasileiro de Psicologia de Tráfego, reunião da nata cientifica de estudos médicos e psicológicos em relação ao trânsito. A unanimidade nos Congressos foi: somente a educação vai estancar esta tragédia.

Quando da elaboração do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, os legisladores priorizaram a educação. Deram a ela um capítulo específico e reservaram 5% da receita das multas para financiar ações educativas. Definiram a educação como um dever prioritário. Chegaram ao detalhe de determinar que o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no inicio de cada ano, estabeleça um cronograma de campanhas educativas e seus respectivos temas.

Mesmo a educação sendo tratada de forma muito especial na legislação, infelizmente, não é o que vemos no dia a dia. Não é tratada com a devida prioridade e os órgãos de trânsito atuam mais multando do que educando. Poucas entidades desenvolvem, de maneira contínua, ações educativas.

Somente a educação universal e constante, de condutores, passageiros, pedestres e ciclistas, vai humanizar o trânsito, conscientizar a todos da importância de estar com postura defensiva nas vias, de respeitar a legislação para que o trânsito cumpra com o seu papel, fazer os deslocamentos da maneira mais rápida possível, mas com segurança.

A implantação da educação universal deve se dar logo no ensino fundamental. O trânsito deve ser tratado de maneira transversal dentro das escolas, contando com a competência dos pedagogos, como acontece em diversos países, com resultados muito positivos.

Oxalá que toda semana seja uma Semana Nacional do Trânsito!

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