João Carlos Bacelar

Educação

João Carlos Bacelar é deputado estadual pelo PTN , membro da Executiva Nacional e presidente do Conselho Político do partido. Foi secretário municipal da Educação de Salvador e vereador da capital baiana. Escreve uma coluna semanal neste Política Livre aos domingos.

Salto de qualidade na educação soteropolitana

A ideia aqui é ser transparente, radiografar a realidade. Por isso podemos dizer que a situação da educação em Salvador tem que ser estudada a fundo e encarada como um grande desafio a ser superado. No caso específico de nossa rede, a cobertura é pequena, representa apenas 1/3 do atendimento. A oferta é mínima nas creches, incompleta na pré-escola e a qualidade precisa melhorar e muito. Nas séries iniciais a capital baiana está na média do Nordeste e bem abaixo da média nacional.

Detectamos que são inúmeras as deficiências. O ano letivo é encurtado em 13% para planejamento dos professores, o nível de repetência é elevado (16% em média). O organograma da Secult municipal não facilita o cumprimento de sua missão, refletindo desajustes típicos da gestão da educação no país. Então, poderia dizer que há muito boa vontade de toda equipe, muito esforço mas ainda pouco resultado.

Para reverter o quadro são necessárias intervenções profundas. Fazer mudanças é difícil. Mesmo com muita vontade, só dá para fazer pouca coisa de uma vez. Daí a importância de ter na manga prioridades, manter o foco e criar bases para implementar outras intervenções. Ou seja, é preciso ter clareza sobre o que se quer a longo prazo mas é indispensável determinação para concentrar no que é possível fazer em tempo curto visando mudanças maiores em períodos mais longos.

Salvador está entre as capitais brasileiras que menos aprovam e mais reprovam e com um dos maiores índices de abandono escolar.

A gestão municipal que está sendo iniciada visa ações imediatas para o alcance de resultados na educação. Priorizar a alfabetização ate os 6 anos de idade, já no primeiro ano. Preparar os alunos do 5º ano para a Prova Brasil, implantar a política de gestão por resultados a partir da avaliação dos professores e coordenadores duas vezes ao ano – atraindo e valorizando o magistério-, promover o reforço escolar, a correção do fluxo, reverter a distorção idade-série e revitalizar a estrutura física.

Com as metas estabelecidas vamos a campo com nossa equipe tendo em mente que é preciso correr contra o tempo e os estragos do fogo para colocar a educação em primeiro lugar em 2013 e nos anos seguintes.

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