23 novembro 2024
João Carlos Bacelar é deputado estadual pelo PTN , membro da Executiva Nacional e presidente do Conselho Político do partido. Foi secretário municipal da Educação de Salvador e vereador da capital baiana. Escreve uma coluna semanal neste Política Livre aos domingos.
Todo cidadão consciente dos seus direitos e deveres precisa vigiar a educação. A frase permeou a palestra magna da educadora Marília Dourado que fez a abertura da II Conferência Municipal de Educação de Salvador, essa semana. Vigiar significa acompanhar detalhadamente os avanços, identificar os problemas, estabelecer prioridades e, a partir disso, contribuir efetivamente para modificar o cenário atual. Sem dúvida que a educação é o caminho do desenvolvimento de uma nação e que pode apresentar excelentes e rápidos reflexos em todos os campos.
Da Comed participaram representantes de alunos, pais, professores, profissionais de educação, gestores, além de quadros da educação pública estadual, municipal e rede privada, que se dividiram em grupos para discutir os pilares selecionados para o debate. Antes, no entanto, construíram coletivamente o regimento interno do evento, com subtrações e adições significativas com a intenção de garantir sugestões para a Conferência Estadual que mais tarde vai subsidiar a etapa federal para desaguar no Plano Nacional de Educação em tramitação no Senado Federal, que representa um avanço legal e que pode, de forma legítima, expressar o pensamento de grupos de trabalho, de metas e anseios levantados em ocasiões como a Comed.
O evento teve como objetivos ampliar a participação da sociedade na busca por uma educação de qualidade através de suas representações e escolher os delegados de Salvador que participarão da Conferência Estadual de Educação; o encontro transcorreu em ambiente produtivo, transparente e democrático e isso referenda mais uma vez que continuamos avançando.
A qualidade do sistema educacional como política de estado é uma premissa básica para a criação de um conjunto de medidas eficientes para melhorar o quadro. Também a maximização dos planos para investimentos no setor.
O aprofundamento das discussões sobre todos esses aspectos fortalece o compromisso, o olhar diferente sobre a educação.
Verificamos que as inquietações correntes redefinem papéis, funções e responsabilidades abrindo espaços para a sociedade civil organizada cobrar de gestores e políticos para que efetivamente façam mais pela educação. É preciso alcançar a unidade respeitando-se as diferenças do país plural, complexo e recheado de deficiências, que devem se constituir em prioridades de ação.
É necessário reconhecer que cada contexto tenha sua identidade registrada mantendo o foco em uma educação acessível e melhor para todas as regiões, sem distinção, mas com o profissionalismo e a dedicação que o tema exige. As ações precisam de continuidade sem o compromisso letal de atender às expectativas desse ou daquele grupo político. O que está em jogo é a transformação de um país com oferta de perspectivas e garantia de um futuro melhor para crianças e jovens. No centro, está a educação. E o compromisso que deve nortear quaisquer atitudes passa, sem rodeios, em promovê-la integralmente para o bem comum.