26 de outubro de 2008 | 08:35

Wagner: “Tudo que João Henrique precisou, eu fui lá aportar”

Política Livre: O senhor acha que o prefeito tinha motivos para atacá-lo?

Jaques Wagner: O prefeito, antes de me criticar, deveria se lembrar que se ele está chateado com algum secretário dele, que foi secretário dele e depois saiu, eu acho uma bobagem dele, eu acho que a vida é assim mesmo. As pessoas vão, te acompanham, depois acham que têm que tomar outro rumo, tomam. Foi o que disse no palanque também: hoje, nós estamos numa aliança de 13 partidos. Amanhã alguém resolve dizer: olha, eu não quero mais ficar, não tem briga pessoal, é uma questão política. Em 2004, quando ele foi ao segundo turno e Nelson Pelegrino (então, candidato do PT à Prefeitura) não foi, eu não esperei ele vir me pedir (para apoiá-lo). Eu na mesma hora disse que era só marcar qual era o palanque que eu estaria lá. Eu era ministro do presidente Lula e sabia que a área de articulação política do presidente Lula, da época (outubro de 2004), em função das nossas necessidades verdadeiras no Senado da República, onde pontuava o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), iria me pedir para eu, como ministro do presidente Lula, ficar equidistante do segundo turno, que foi entre César Borges (então no PFL) e João Henrique.

Eu não dei nem tempo de eles virem me pedir: eu proclamei meu apoio a João Henrique. E depois fui cobrado por isso. Porque é obvio que quem está na articulação política, vive a sua realidade. No senado, o PT tinha dificuldade. E eu sabia que eles iam dizer: já que o nosso não foi… Lembrem-se que assim que terminou a eleição o senador César Borges foi lá e assinou uma determinada CPI contra José Dirceu, uma coisa dessas. Então, minhas posições são públicas, são claras. Assim como tudo de que ele (João Henrique) precisou, eu sempre fui lá aportar. Então, nao aceito esse tratamento que está sendo dado genericamente ao meu partido. A eleição está entre Pinheiro e João Henrique. Eles se se atacarem, se se elogiarem, é um problema deles. Agora, quando declaro meu voto a Pinheiro, nunca declarei meu voto a Pinheiro, desqualificando nem ele nem (Antonio) Imbassahy (ex-candidato do PSDB a prefeito). Então, não tem acordo comigo.

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