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Rui Costa foi duro na reunião com a Prefeitura, na última sexta-feira 17 de março de 2013 | 13:52

Rui responde a Aleluia sobre metrô: “Quem não aceita que o usuário pague é o governo do Estado”

salvador

O chefe da Casa Civil do governo Jaques Wagner, Rui Costa, disse há pouco ao Política Livre que a proposta do governo do Estado não é de discutir a divisão de tarifa nem muito menos onerar a passagem dos ônibus em Salvador. As declarações de Rui são uma resposta à afirmação, hoje, no jornal A Tarde, do secretário municipal de Transportes, José Carlos Aleluia, segundo quem a Prefeitura não aceitará a oneração das tarifas para colocar o metrô em funcionamento.

“Não estamos entendendo a postura do secretário municipal. A posição do governo do estado da Bahia é de que o povo não pode arcar com o preço. Quem vai bancar o subsídio é o governo do Estado. A proposta é que, através do consórcio do metrô, se faça o sistema alimentador (para o metrô) sem custo para o usuário”, afirmou o chefe da Casa Civil do governo estadual. Rui disse ainda não ter entendido porque o governo municipal voltou atrás no que já havia sido acordado.

Segundo o chefe da Casa Civil, a proposta do governo do Estado, acordada na gestão do prefeito João Henrique (PP) e depois ratificada pela atual, era é a de criar um sistema alimentador (para as linhas do metrô) formado por ônibus especiais que serviriam à população gratuitamente, já que seu custo estaria incluído no preço médio estimado para a tarifa do metrô, que é de R$ 3,50. O sistema alimentador tanto levaria o usuário de casa até ao metrô como da Estação da Lapa para o seu destino.

“Esta é e foi a proposta do governo do Estado, acordada com a gestão passada da Prefeitura. Em dezembro, eles (a nova gestão) haviam concordado com ela. Na época disseram que concordavam, mas queriam operar o sistema alimentador. Nós concordamos. Agora, eles dizem que não concordam mais com o sistema alimentador. Neste caso, o passageiro pegaria o sistema normal de linha para ter acesso ao metrô, mas queremos saber: quanto ele vai pagar?”, argumentou Rui.

Segundo ele, estudos do governo dizem que a perna do sistema alimentador sairia por R$ 0,95, mas pela proposta da Prefeitura ele chegaria a R$ 1,40. “Juntando-se isso à passagem do metrô, o sistema fica inviabilizado”, declarou. O chefe da Casa Civil admitiu que foi duro na reunião da última sexta-feira com a Prefeitura em que a divergência aflorou. Ele teria perguntado: – Assim o metrô se inviabiliza. É isso que voces querem? O sistema alimentador é usado no Rio de Janeiro.

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