29 março 2025
Férias à Câmara
Não pegou bem na Câmara Municipal de Salvador uma piada atribuída ao prefeito Bruno Reis (União) de que os vereadores deveriam tirar férias ao longo do ano de 2025. A brincadeira foi feita como uma resposta bem-humorada às queixas de que o chefe do Executivo municipal não estaria priorizando o atendimento aos aliados do Legislativo. Alguns edis da base consideram, inclusive, que o prefeito não deve estar pensando em mandar nenhum projeto para a Casa no momento com receio de enfrentar obstáculos na tramitação. Há quem duvide até da chegada do novo PDDU em 2025.
Primeira chamada
Um vereador de um dos maiores partidos da base chegou a dizer à coluna que o prefeito não enviou um projeto para oficializar a criação da Secretaria do Mar, instituída para contemplar o PDT, porque não queria dialogar com os aliados, muitos com listas de solicitações de empregos, obras e apoio a eventos ou entidades. Desde que foi reeleito, Bruno Reis só começou a despachar com os vereadores na semana passada. Ele optou por iniciar com os novatos, aqueles que estão construindo agora a relação mais direta com a Prefeitura e que, em tese, não têm as mesmas cobranças de fatura política.
Novato guloso
Um dos poucos já atendidos por Bruno Reis, o vereador Marcelo Guimarães Neto (União), embora no primeiro mandato, não ficou satisfeito com o encontro. Ele teria considerado irrisória a promessa de 15 cargos terceirizados para empregar cabos eleitorais. Aliás, do partido de Marcelinho, apenas Kiki Bispo, líder do governo, Palhinha, que conquistou a cadeira na Câmara com a ida do colega Alberto Braga para a Secretaria de Inovação e Tecnologia (Semit), e Paulo Magalhães Júnior não teriam do que se queixar do prefeito. Ao menos é que se fala nos corredores da Câmara.
Ciumeira do vizinho
Além da alegada ‘demora’ no atendimento por parte do prefeito, diversos vereadores ouvidos pela coluna afirmaram que alguns colegas têm sido privilegiados pelo Executivo desde a campanha eleitoral, a exemplo de Omar Gordilho (PDT) e Roberta Caíres (PDT). Até mesmo integrantes de partidos contemplados de forma generosa na reforma administrativa de Bruno Reis têm reclamado. No PSDB, por exemplo, a lamúria ocorre porque o secretário indicado pela sigla, Rodrigo Alves, não teria carta branca para nomear ninguém na pasta.
Despacho do presidente
A questão dos cargos na Saúde será um dos temas da audiência entre Bruno Reis e o presidente da Câmara Municipal, Carlos Muniz (PSDB), marcada para segunda (24). Na mesma reunião, o prefeito deve bater o martelo sobre as indicações do tucano para o segundo escalão. O vereador pretende abrir mão de emplacar o irmão Anderson Muniz na Arsal visando contemplar Jean Sacramento, que é o atual Ouvidor do município e que chegou a ser cotado como subsecretário de Saúde – a coluna da semana passada revelou que os dois disputavam o posto. Dessa forma, Jean permanece no PSDB.
Dosimetria dos espaços
Vale lembrar que, das sete mudanças oficializadas por Bruno Reis no primeiro escalão por meio da reforma administrativa, cinco foram feitas sob medida para acomodar aliados políticos. Isso contribuiu, inclusive, para aumentar os rumores de que o prefeito poderia ser candidato ao governo ou ao Senado em 2026. “O problema é que poucos ficaram com muito e muitos ficaram com pouco ou nada, tanto no atacado quanto no varejo. Isso somado à falta de atendimento do prefeito motiva as insatisfações da base aliada na Câmara”, resumiu um vereador.
Herdeiro de Otto
Com o desejo de mandar o deputado federal Otto Filho (PSD) para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), como já revelou o site, o senador Otto Alencar (PSD) estuda lançar outro filho para disputar as eleições de 2026 para a Câmara. Ele estaria na dúvida entre Isadora Alencar, que já trabalhou no próprio TCE como assessora, ou Daniel Alencar, que é médico igual ao pai. Qualquer um dos dois teria mais talento para a política do que o irmão parlamentar, na visão de aliados.
Injeção de ânimo
O secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola (PT), almoçou nesta terça (18), na Assembleia, com a presidente da Casa, Ivana Bastos (PSD), e líderes partidários. A visita teria sido motivada pelos rumores, revelados pelo site, de que a líder da bancada do PT, Fátima Nunes, não contaria com a simpatia de parte dos aliados na eleição para a 1ª vice-presidência. O encontro injetou ânimo nos governistas para trabalharem em prol da petista, eleita em fevereiro suplente da Mesa Diretora com 47 dos 63 votos, a menor votação entre os demais integrantes do colegiado.
Protagonismo feminino
Ivana Bastos acabou assumindo o protagonismo da sessão especial da Assembleia que entregou, na semana passada, os títulos de cidadão baiano ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Em discurso, ela afirmou ser um marco o fato de uma mulher estar presidindo a Casa num momento tão importante. Chegou a ler uma carta enviada pelo senador Angelo Coronel (PSD) a parabenizando pela ascensão ao posto de chefe do Poder, o que teria deixado os senadores Otto e Jaques Wagner (PT) enfezados.
Forcinha da oposição
Mesmo com mais de 50 parlamentares presentes na Assembleia por conta da posse definitiva de Ivana Bastos como presidente da Casa, o governo Jerônimo Rodrigues (PT) precisou de uma “forcinha” da oposição para conseguir aprovar, ontem (18), o projeto de reajuste dos professores indígenas e o que cria cargos na Casa Civil. Após a oposição tentar derrubar a sessão, o quórum mínimo de 32 deputados só foi alcançado porque Manuel Rocha (União) marcou presença a pedido de Marcinho Oliveira (União), que praticamente já é governista.
Painel alcaguete
O detalhe curioso é que houve uma tentativa do líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), de esconder o leve apoio de Manuel Rocha ao Executivo na sessão de ontem, talvez combinado com o próprio colega oposicionista, que, ao contrário de Marcinho, tem boa relação com o ex-prefeito ACM Neto (União). O petista pediu aos técnicos que cuidam do painel eletrônico que mudassem rapidamente a tela quando o quórum de 32 fosse alcançado. Isso, no entanto, não aconteceu, e todos puderam notar que coube a Manuel garantir a continuidade da votação a favor do governo.
Mudança de planos
O gesto de Manuel Rocha em favor do governo aconteceu um dia após um dos principais aliados do deputado na região oeste, o prefeito de Santa Maria da Vitória, Tonho de Zé (União), declarar apoio a Jerônimo, após audiência com o governador. O gestor vai manter o compromisso de seguir ao lado do parlamentar, candidato a uma cadeira na Câmara Federal. Entretanto, as conversas sobre o apoio ao ex-prefeito de Camaçari Antonio Elinaldo (União) para a Assembleia podem minguar, pois Tonho estuda lançar a irmã Bete Santos, secretária municipal de Saúde, como candidata.
Malas prontas
Já Marcinho Oliveira deve deixar o União Brasil na janela partidária. Ele, que garante ser postulante à reeleição, tem convites do PP, do MDB e do Avante. Deve optar pelo último, segundo apurou a coluna. Com atuação forte principalmente no interior, Marcinho também quer aumentar a votação na capital em 2026. Quem tem frequentado o gabinete dele é o vereador Maurício Trindade (PP) e o ex-vereador Adriano Meireles (PSDB). Ambos declararam apoio ao deputado.
Efeito colateral
A possibilidade cada vez mais real de o PP formar uma federação com o União Brasil no plano nacional deve fazer Jerônimo Rodrigues intensificar as conversas para atrair o PDT para a base aliada, revelou uma fonte ligada ao Palácio de Ondina. “O governador vai precisar de partidos para acomodar o exército de candidatos a deputado que terá em 2026, incluindo ex-prefeitos. Já há uma preocupação, por sinal, em acomodar os próprios quadros do PP que não querem ficar numa federação liderada por ACM Neto (União)”, avaliou uma fonte ligada ao Executivo.
Adesão a caminho
Por sinal, o ex-prefeito de Araci Silva Neto, que coordena o movimento municipalista do PDT da Bahia e é primeiro suplente do partido na Assembleia, terá, na sexta (21), uma reunião com Adolpho Loyola para tratar da adesão da sigla ao governo. O encontro tem o aval do presidente da legenda na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça Júnior. Na ocasião, Silva pretende agendar uma reunião entre prefeitos pedetistas e o governador.
Insegurança francesa
No Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães, se sucedem os problemas com a francesa Indigo, empresa escolhida, pelo visto pelo critério de nacionalidade, pela também francesa Vinci para operar o estacionamento. Sem preparo, a Indigo já obrigou os usuários a aguardarem horas em filas para pagar pelo serviço e agora convive com o vexame de ter permitido que um carro fosse roubado em plena luz do dia e ainda colocado em dúvida que o proprietário de fato houvesse deixado o veículo estacionado no local enquanto fazia uma viagem rápida a BH.
Pitacos
* Famoso supermercadista estaria há noites sem dormir do outro lado do Atlântico depois de tomar conhecimento de que a Polícia Federal teria achado fortes ligações dele – por meio do recebimento de milhões – com um investigado de uma operação em curso.
* Já há quem diga que o retorno do supermercadista ao Brasil deve ser antecipado por motivo de ‘força maior’.
* Jerônimo finalmente tirou a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, a desembargadora Cyntia Resende, do freezer em que a manteve por meses, o que, como mostra a foto, a deixou exultante.
* Quem abriu as portas do governo para receber a magistrada foi o secretário estadual de Justiça, Felipe Freitas.
* Ao participar da abertura de um evento sobre a agroindústria familiar da Bahia, em Feira de Santana, na semana passada, o prefeito da cidade, José Ronaldo (União), brincou na presença de Jerônimo.
* Ele afirmou que aquela era a primeira vez em que subia num palanque do Estado em 18 anos de governo. Ou seja, mesmo tendo sido prefeito nos governos de Rui Costa e do hoje senador Jaques Wagner (PT), nunca recebeu a mesma deferência.
* O deputado Hilton Coelho (PSOL) afirmou à coluna que não pretende adotar nenhuma medida judicial contra a posse de Ivana Bastos como presidente da Assembleia sem novas eleições.
* “No meu entendimento, o certo seria uma nova eleição de toda a Mesa Diretora. Seria muito melhor para a Casa que Ivana fosse eleita de fato. Ela sairia do processo mais fortalecida. Mas acho que não cabe mais (recurso judicial)”, disse o parlamentar.
* Agradou ao ministro da Casa Civil, o petista Rui Costa, a decisão do presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, de não disputar a reeleição para o comando da legenda, em julho.
* Em um congresso do partido ocorrido em Brasília, em dezembro de 2024, Rui disse a correligionários que estava disposto a apoiar um nome que concorresse contra o atual dirigente, que é liderado de Jaques Wagner.
Preço da adesão
O prefeito de Cairu, Hildécio Meireles (União), está mesmo disposto a deixar o grupo de ACM Neto (União) e migrar rumo à base do governo Jerônimo Rodrigues (PT). Para isso, o petista precisa cumprir com tudo que prometeu durante a visita que fez ao município, na segunda (03) de Carnaval. O pacote de obras anunciado para Morro de São Paulo, que envolve a construção de um novo aeroporto, um atracadouro para carga e descarga e pavimentação de quase 20 quilômetros de vias, além de outras ações em prol de Boipeba, vai custar quase R$ 90 milhões.
Sabor amargo
No início de fevereiro, Jerônimo recebeu Hildécio em Salvador, quando tiveram a primeira conversa em busca de uma aproximação política, apesar de tratarem basicamente de gestão. Logo depois desse encontro, o prefeito de Cairu se reuniu com ACM Neto, também na capital. Contou ao ainda aliado sobre as intervenções prometidas pelo governador no arquipélago. Embora nenhum dos dois tenha usado a palavra rompimento, o encontro teve um sabor amargo de adesismo para o líder da oposição.
Veto a Meireles
Quem está aborrecido com ACM Neto é o primo de Hildécio, o ex-vereador de Salvador Adriano Meireles (PSDB). No Carnaval, ele disse em um grupo de WhatsApp que, embora aliado do prefeito Bruno Reis (União), não vota no antecessor para governador. Recentemente, Adriano teria conversado com deputado estadual Sandro Régis (União) de olho em encabeçar um projeto de articulação partidária visando fortalecer o nome de ACM Neto na capital e no interior mirando 2026. Entretanto, a iniciativa não foi para frente. Segundo o ex-vereador, por falta de vontade do herdeiro do carlismo.
Desconfiança mútua
Segundo Adriano Meireles, o ex-prefeito sinalizou que preferiria um nome mais próximo, do próprio círculo de convivência, para cumprir a missão. Mas ficou de marcar uma agenda com o primo de Hildécio, o que nuca ocorreu. “Você acha que uma pessoa que está sem mandato hoje vai me incluir em alguma coisa se um dia virar governador? É claro que não”, disse Adriano à coluna. Ele garante que o fato de estar trabalhando com o deputado estadual Marcinho Oliveira (União) não é o motivo da desconfiança.
Queixa de Éden
A incorporação de Hildécio Meireles à base governista foi um dos motivos da nota queixosa enviada nesta terça (04) pelo presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, na qual critica as tratativas envolvendo adesões de membros da oposição sem diálogo com o partido. No dia 6 de fevereiro, houve um encontro entre o dirigente, outros quadros do comando da sigla, o secretário estadual de Relações Institucionais, Adopho Loyola, e a bancada petista na Assembleia para fazer justamente esse alinhamento, que não tem ocorrido na prática, o que irrita principalmente os diretórios municipais.
Respeito à militância
“A articulação política do governo deve trabalhar para ampliar a base. Zero problema. Mas se não dialogar antes com o PT, erra. Por exemplo, mais de 70 prefeitos nos procuraram e só filiamos 16 ou 17 (antes das eleições). Porque definimos na Executiva e não ao sabor do governo ou do presidente de então, quem deveria se filiar. Aprovamos critérios e um deles era ter a aprovação dos diretórios locais do PT. A regra não deve valer para o governo? Não. Mas serve de parâmetro. Pelo menos no que tange o respeito à militância”, disse Éden Valadares à coluna.
Deixou escapar
Durante o Carnaval, Jerônimo deixou escapar, em uma entrevista, que coube a ele pedir ao líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), que retirasse a candidatura a 1º vice-presidente Casa, evitando, assim, um confronto com o deputado Angelo Coronel Filho (PSD) e um racha na base que antecipasse 2026. O parlamentar petista costuma dizer que essa decisão coube a ele, numa articulação para acomodar o PSD e unificar o grupo aliado.
Mudança ao topo
Com a confirmação do afastamento do deputado Adolfo Menezes (PSD) do comando da Assembleia pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada Ivana Bastos (PSD) se muda nesta quinta-feira (06) para a sala da presidência. A parlamentar vai levar toda a equipe de gabinete – mais de 90% dos assessores estão com ela desde o primeiro mandato, conquistado nas urnas em 2010, quando era do MDB. Um dos primeiros atos de Ivana será nomear o novo diretor administrativo da Casa.
Bola dividida
Angelo Coronel Filho não quis comentar se é a favor da permanência de Ivana Bastos na presidência da Assembleia sem novas eleições, posição consolidada no Legislativo. Apesar de ter apoiado a correligionária para a 1ª vice-presidência, cargo que cobiçou prevendo a queda de Adolfo, o pessedista sabe que, na “bola dividida” sobre a chapa de 2026, a colega de partido fica ao lado do governo e não do senador Angelo Coronel (PSD), apesar de torcer pelo aliado. Logo depois das eleições de 2010, Ivana deixou o MDB e mudou-se para a atual legenda justamente para não ser oposição.
Digital de Elmar
Políticos próximos de Adolfo Menezes acreditam que há digital do deputado federal Elmar Nascimento (União) no afastamento do pessedista da presidência da Assembleia. Por isso, avaliam, a decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, do STF, teria ocorrido enquanto o magistrado estava no Rio de Janeiro (RJ) e apenas sete dias após a eleição de Adolfo ao comando do Legislativo baiano. Por outro lado, teria faltado empenho do senador Jaques Wagner (PT) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no sentido de atuar junto ao STF para garantir um processo mais lento.
Fileiras pedetistas
O possível retorno do PDT à base do governo o Estado tem movimentado os gabinetes da Assembleia. Há, pelo menos, três deputados que estariam sendo sondados ou que cogitam ingressar nas fileiras pedetistas se a adesão a Jerônimo ocorrer. Dois já foram da agremiação: Roberto Carlos (PV) e Euclides Fernandes (PT). O outro é Vitor Azevedo, que, embora esteja no PL, é aliado fiel do chefe do Executivo estadual. Hoje, além da reeleição do deputado Emerson Penalva, as principais apostas do PDT para concorrer ao Legislativo baiano são os ex-prefeitos de Euclides da Cunha e de Araci, Luciano Pinheiro e Silva Neto, respectivamente.
Reforma administrativa
Passado o Carnaval, Bruno Reis deve anunciar na segunda (10) novas mudanças no primeiro e segundo escalões do governo. Ele pretende confirmar o remanejamento de Décio Martins da Transalvador para o comando da Secretaria de Ordem Pública (Semop). Já o atual titular da Semop, Alexandre Tinôco, assume a Secretaria de Gestão (Semge), cujo interino, Daniel Ribeiro, que também é sub da Fazenda (Sefaz), retorna à superintendência de Previdência. Outra mudança que deve ser anunciada na segunda é Zilton Netto (PDT) na chefia da Ouvidoria Geral do Município (OGM).
Saldo positivo
Décio se despede da Transalvador com excelentes números no Carnaval. Houve, por exemplo, uma redução de 80% no número de acidentes de trânsito, apesar do aumento do fluxo de veículos pelos 15 portais montados pela Prefeitura – subiu de 229 mil ano passado para 410 mil em 2025. Outro grande acerto foi a criação de um espaço para embarque e desembarque de motos na Avenida Centenário. Antes de deixar o órgão de trânsito, Décio ainda deseja inaugurar a motofaixa na Avenida Bonocô.
Escolha do partido
Candidato número um de Bruno Reis nas eleições para uma cadeira na Assembleia em 2026, Igor Domingues pode não disputar o pleito pelo DC. Segundo apurou a coluna com pessoas próximas ao assessor especial do Palácio Thomé de Souza, ele ainda vai conversar com o prefeito e com ACM Neto sobre qual o melhor caminho partidário. A legenda, que era presidida na Bahia pelo próprio Igor até o final de janeiro deste ano (o comando retornou para Antonio Albino, em decisão consensuada), não tem deputados no Estado e precisa ser montada para disputar o pleito.
Cacá fica
Na disputa por uma cadeira na Câmara Federal, o preferido de Bruno Reis, o secretário de Governo e presidente municipal do PP, Cacá Leão, não cogita deixar o partido mesmo diante da possível adesão institucional da sigla à base de Jerônimo. A avaliação de Cacá é que, mesmo a legenda passando a ocupar cargos no Estado, isso não significa apoio automático ao petista em 2026. O secretário também tem feito duas apostas: a de que a adesão ao governador pode ser inviabilizada pela direção nacional do PP e, caso isso não aconteça, de que terá liberdade para apoiar ACM Neto.
Pitacos
* Aliados e até opositores sentiram falta da presença de ACM Neto no Carnaval deste ano em Salvador. Ele só compareceu na abertura oficial da folia, na quinta-feira (27), e no Furdunço, na chamada pré-folia, criado quando era gestor. O ex-prefeito optou por aproveitar o período para descansar em Portugal.
* Quem foi mais comedido na festa deste ano foi Bruno Reis. Apesar da correria durante o dia, à noite ele frequentou menos camarotes do que nas folias anteriores. Além disso, desfilou o tempo inteiro ao lado da primeira-dama Rebeca Cardoso.
* Nomeada recentemente como sub da Secretaria de Saúde de Salvador, Edriene Teixeira espera ser mantida no posto diante do “olho gordo” de setores do PSDB na cadeira dela.
* Quando Décio Martins deixou o comando da Saúde e foi para a Transalvador, em 2023, Edriene deu o maior chilique quando foi exonerada da mesma função. Ela confidenciou a colaboradores na secretaria que não deseja passar pelo mesmo trauma.
* Subiu no telhado a ida do chefe da Casa Civil do governo estadual, o deputado federal licenciado Afonso Florence (PT), à cadeira do falecido conselheiro Pedro Lino no TCE. Isso por conta das vitórias obtidas na Justiça pelos auditores, que pleiteiam a vaga.
* Aliás, sobre essa vaga, Adolfo Menezes brincou: “É a maior enrascada e ainda teve gente na imprensa que quis me botar nessa”. O deputado disse também que não tem interesse em assumir a cadeira de Antônio Honorato, que se aposenta em julho do TCE.
* Adolfo pensa em virar conselheiro em 2026, pois sabe que, como revelou em primeira mão o Política Livre, o lugar de Honorato deverá ser preenchido pelo deputado federal Otto Filho (PSD).
* Reservadamente, um influente petista baiano ouvido pela coluna avaliou como ruim a decisão do presidente Lula de nomear a deputada federal e atual presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), para a Secretaria das Relações Institucionais.
* Segundo ele, a escolha acaba limitando o poder de articulação do Palácio do Planalto junto ao Congresso e pode até criar novas fissuras no relacionamento com os parlamentares, diante das posições mais radicais de Gleisi.
* Alheio às críticas do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), ao governo Lula, o deputado federal Cláudio Cajado, da mesma sigla, segue cada vez mais próximo de Jerônimo. Na segunda (03), acompanhou o governador na agenda em Cairu.
Espólio eleitoral
Temendo as consequências da Operação Overclean, o deputado federal Elmar Nascimento (União) não descarta entrar na briga com o PT pela cadeira do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, também baiano e que se aposenta de forma compulsória em fevereiro de 2026. Diante dessa possibilidade, já há uma disputa interna entre aliados para decidir quem herdaria o espólio eleitoral do parlamentar. Os principais interessados são os deputados estaduais Júnior Nascimento (União) e Marcinho Oliveira (União).
Divisão dos votos
Uma das possibilidades cogitadas é que os dois deputados estaduais concorram simultaneamente à Câmara Federal em 2026, dividindo geograficamente os votos de Elmar. Júnior, que é primo, ficaria com os prefeitos e lideranças do norte do Estado, enquanto Marcinho teria o restante. Vale lembrar que Elmar foi eleito em 2022 com pouco mais de 175,4 mil votos, ficando atrás apenas de Otto Filho (PSD), que obteve quase 201 mil.
Segue o líder
Aliás, seguindo o líder Elmar Nascimento, que defende o apoio do União Brasil à reeleição do presidente Lula (PT), Marcinho Oliveira e Júnior Nascimento não devem participar do evento de lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é do mesmo partido, ao Palácio do Planalto, que acontece no dia 4 de abril, no Centro de Convenções de Salvador. O evento é organizado pelo time do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional da legenda, ACM Neto.
Reforço de peso
ACM Neto vai ganhar um reforço de peso na equipe depois do Carnaval. Ele vai se juntar aos também ex-prefeitos Reinaldo Braga Filho (MDB), de Xique-Xique, e Luciano Ribeiro, de Caculé, que já despacham no endereço fazendo articulação política, e de Governador Mangabeira, Marcelo Pedreira (PP), outro que chega depois da folia. O objetivo fortalecer Neto mirando as eleições de 2026 para o governo da Bahia. Reinaldinho e Rodrigo devem concorrer a deputado estadual.
Geddel retou
Questionado pela coluna sobre o papel desempenhado por Reinaldinho e Rodrigo ao lao de ACM Neto, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, cacique do MDB, afirmou que os dois terão que sair do partido ou serão “saídos”. “Não há qualquer possibilidade de permitirmos que filiados nossos estejam com o adversário. Em 2022, fomos lenientes com algumas situações porque tínhamos acabado de mudar para a base do governo, mas em 2022 é outro ciclo, será totalmente diferente”, declarou. Em 2022, os dois ex-prefeitos apoiaram a candidatura de Neto ao Palácio de Ondina.
Turbinada de Loyola
Conforme acordado com o Jerônimo Rodrigues (PT) antes de assumir a função, o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola (PT), vai turbinar a pasta com a criação de 63 novos funções de livre nomeação política, como revelou em primeira mão o Política Livre. A medida, que ainda depende da autorização da Assembleia, visa acomodar ex-prefeitos, ex-vereadores e outras lideranças. O filé mignon são os seis cargos DAS-2A, cuja remuneração pode chegar, com as gratificações, a pouco mais de R$20 mil mensais.
Ex-vereadores de olho
Há outros 12 cargos com salários que podem ultrapassar a casa dos R$17 mil e 14 com faixa salarial acima de R$14 mil, sempre levando em consideração o percentual de gratificação máxima e outros benefícios. O menor vencimento é de cerca de R$3,5 mil (15 vagas). Sem conseguir a reeleição em 2022, os ex-vereadores petistas de Salvador Tiago Ferreira, Luiz Carlos Suíca e Arnando Lessa acreditam que podem ser contemplados nessa estrutura dentro da estratégia de Jerônimo de se fortalecer na capital.
Missão ingrata
Por falar nele, Adolpho Loyola (PT) vai aproveitar a viagem de Jerônimo a Jequié, que deve ocorrer provavelmente em 20 de março, para tentar reaproximar o prefeito Zé Cocá (PP) e o deputado estadual Euclides Fernandes (PT), que tem no município o principal reduto eleitoral. O afastamento ocorreu antes das eleições de 2024, quando o parlamentar, mesmo tendo cargos na gestão do pepista, optou por apoiar a candidatura derrotada de Alexandre Iossef (PSD), seguindo o governador.
Nada de perdão
O fato é que Ze Cocá está mais disposto a perdoar o governador pelo apoio à candidatura do adversário, pois admite aderir à base do Palácio de Ondina, do que em fazer o mesmo em relação a Euclides Fernandes, que sonha em fazer do filho, o vereador Ramon Fernandes (PT), o próximo prefeito de Jequié. O deputado, acusado pelo prefeito de usar a rádio da qual é dono na cidade para atacar diariamente a gestão municipal, também não demonstra interesse no perdão. Disse à coluna que não pensa em fazer as pazes com o ex-aliado. “Isso não passa pela minha cabeça no momento”.
Ciumeira na bancada
A entrega de viaturas da Polícia Civil pelo governador, na segunda (24), provocou a maior ciumeira na bancada baiana no Congresso. Isso porque circulou a informação de que os veículos, 265 no total, teriam sido adquiridos pelo Estado com recursos asegurados por emenda coletiva da bancada baiana, sem que isso fosse anunciado. Alguns parlamentares da oposição protestaram por não terem sido chamados, inclusive junto à coordenadora da bancada, deputada Lídice da Mata (PSB), que estava presente no ato e chegou a entregar uma viatura ao prefeito de Andaraí, Wilson Cardosos (PSB).
Tratamento diferenciado
“De fato eu fui procurada por alguns deputados de oposição, mas eu expliquei que as viaturas entregues foram compradas com recursos exclusivos do tesouro do governo da Bahia. O governador Jerônimo Rodrigues nunca agiria dessa forma. Ele tem convidado a oposição para esse tipo de solenidade, tanto deputados estaduais quanto federais”, disse Lídice à coluna. Ao saber da resposta da coordenadora da bancada, um outro deputado oposicionista emendou. “De fato, quem ignorava a oposição nesses tipos de evento era o ex-governador Rui Costa (PT)”.
Clima de despedida
Lídice, por sinal, deve deixar a função de coordenadora da bancada da Bahia no Congresso depois do Carnaval. Ela sinalizou que, apesar da importância e do peso político do cargo, pretende dedicar mais tempo ao próprio mandado e à organização do PSB, partido do qual é presidente estadual, para as eleições de 2022. O cargo deve ser ocupado por outro parlamentar da base do governo Lula.
Éden Bam Bam
Virtual candidato à reeleição à presidência do PT, Éden Valadares saiu correndo de uma acalorada reunião do partido no município de Esplanada onde o tema era tratado, no último fim de semana, para poder curtir o pré-Carnaval no Pelourinho no bloco do amigo Rodrigo Hita (PSB). Desfilou fantasiado de Fred Flinstone prometendo meter o porrete em quem tentar atropelá-lo na corrida pelo comando do partido na Bahia. Ele é apoiado pelo senador Jaques Wagner (PT).
Caso de polícia
Virou assunto policial a polêmica envolvendo a suposta troca de mensagens entre mulheres que ocupam cargos na Prefeitura de Salvador, o que incluiria uma secretária municipal, em um grupo de WhatsApp intitulado “Empoderadas PMS”. Segundo fontes do Palácio Thomé de Souza, apesar de o tal grupo existir de fato, tudo não passou de uma armação, que já está sendo investigada pela Polícia Civil. A apuração indica que alguém, por motivação política ou vingança pessoal, simulou conversas para tentar derrubar a titular da pasta de Promoção para as Mulheres, Fernanda Lordelo.
Plumas e paetês
Na fofocada que se seguiu ao incêndio no prédio secular da Câmara Municipal de Salvador, na última segunda-feira (24), uma tese para o sinistro ganhou mais relevo do que as demais. Dava conta de que o fogaréu começou numa fantasia com que um membro da Casa pretendia sair de madrugada neste Carnaval. Só não se comentava se o dono dos paetês era representante popular ou assessor.
Pitacos
* A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) está fazendo um levantamento sobre os prejuízos causados pelos ataques de cachorros à produtores da caprinocultura. Os dados devem apontar, ainda, a quantidade de animais mortos.
* O assunto tem sido debatido na Assembleia pelo deputado Luciano Araújo (Solidariedade), que já conversou sobre o assunto com o governador Jerônimo Rodrigues, também preocupado com a questão.
* Durante a entrega de viaturas da Polícia Civil, na segunda (24), em Salvador, Jerônimo aconselhou o deputado estadual Antonio Henrique Júnior (PP) a ser mais presente no oeste da Bahia, reduto eleitoral do parlamentar.
* Com bom humor, o governador disse ao pepista que outros deputados estão crescendo na mesma região, a exemplo de Eduardo Salles (PP) e Manuel Rocha (União), este último da oposição. A conversa virou motivo de resenha na Assembleia.
* Bruno Reis decidiu homenagear a equipe da Secom após a página oficial da Prefeitura alcançar a marca de um milhão de seguidores no Instagram. Fez uma publicação nas redes sociais enaltecendo o trabalho da equipe de comunicação.
* O prefeito não esperava, no entanto, que dois “papagaios de pirata” aparecessem na foto da postagem: o secretário municipal de Governo, Cacá Leão (PP), e o assessor especial Igor Dominguez. Esses políticos não perdem um flash.
* A Prefeitura não enviou representantes para a audiência promovida na semana passada pela Câmara Municipal para tratar do Carnaval. O fato deixou vereadores da maioria e da minoria irritados. O governo do Estado, por sua vez, participou da reunião.
* “Nunca nenhum membro da prefeitura participou de nossas audiências. Eles ignoram totalmente a Câmara. Isso é fruto dessa péssima organização do Carnaval”, protestou o vereador Maurício Trindade (PP).
* A vereadora de Salvador Isabela Souza (Cidadania) apresentou um projeto de indicação sugerindo à Prefeitura que a Guarda Municipal crie uma ronda especial para a proteção da população LGBTQIAP+.
* Resta saber se a medida será apoiada pelo deputado federal bolsonarista Capitão Alden (PL), que deve emplacar, depois do Carnaval, o coronel da reserva Humberto Sturaro para o comando da diretoria responsável pela Guarda.
* Também novato, o vereador Marcelo Guimarães Neto (União), eleito ano passado, deu entrada no primeiro projeto de lei: o que cria o Dia do Futevôlei em Salvador.
Artilharia pesada
A direção nacional do União Brasil cogitou, no final da semana passada, em ingressar com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a reeleição de presidentes de assembleias legislativas do país que estão em desacordo com o entendimento da Corte proibindo a segunda recondução. Um dos “alvos” da iniciativa seria o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), afastado na segunda (10) da presidência da Assembleia baiana por decisão liminar do ministro Gilmar Mendes.
Alvoroço na Bahia
O movimento em Brasília, estimulado pelo presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, provocou um alvoroço na Bahia na sexta (07), pois os deputados estaduais do partido votaram integralmente na reeleição de Adolfo, no último dia 3, inclusive a “bancada” do deputado federal Elmar Nascimento, que é adversário do pessedista em Campo formoso e apoiou a ADPF. Outro deputado federal baiano que se posicionou a favor da ADPF junto à direção partidária foi Dal Barreto, que é um crítico da gestão de Adolfo no Legislativo, da qual o empresário nunca obteve vantagens.
Reação pró-Adolfo
Entre os deputados federais da bancada baiana do União Brasil, se posicionaram contra a ADPF Paulo Azi e Leur Lomanto Júnior. Os demais não teriam se manifestado. Amigo pessoal de Adolfo e membro da Executiva nacional da legenda, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, também foi contra. Já o antecessor ACM Neto silenciou, para evitar confrontar um dos lados. Da Assembleia, quem atuou junto às lideranças do partido na Bahia em prol de Adolfo foi o deputado Sandro Régis (União).
Falta de ressonância
Além da Bahia, a ADPF defendida por Rueda atingiria as reeleições de presidentes de Assembleia em ao menos outros cinco estados. Há casos, como o do Rio Grande do Norte, em que ocorreu a quinta recondução. A estratégia seria uma reação à ação movida pelo partido Novo no STF contra o terceiro mandato do deputado Roberto Cidade, que é do União Brasil, para o comando do Legislativo do Amazonas. Entretanto, a medida não prosperou por não encontrar ressonância interna.
Válvula de escape
Elmar não estimulou, entre os aliados na Assembleia, um posicionamento contra Adolfo na eleição da Mesa Diretora porque sempre apostou na queda do adversário por via judicial e em utilizar isso como arma política para desgastar a imagem do deputado do PSD em Campo Formoso, onde saiu vitorioso das eleições municipais. Além disso, seria uma forma de Elmar tentar aliviar as pressões que sofre no município por conta dos ataques de aliados do pessedista diante da Operação Overclean, que prendeu o vereador Francisco Nascimento, primo do deputado federal.
Almoço estratégico
Presidente interina da Assembleia, a deputada Ivana Bastos (PSD) almoçou ontem (11) com a bancada do PT e com o presidente do partido na Bahia, Éden Valadares. Na ocasião, ela ressaltou que só vai assumir o gabinete da presidência após uma decisão de mérito do STF contra Adolfo, conforme antecipou o site, e que até lá irá agir com cautela. Caso haja a convocação de uma nova eleição para o comando da Casa por determinação do Supremo, os petistas disseram estar dispostos a apoiar Ivana, mas desejam voltar para a 1ª vice-presidência da Mesa Diretora.
Cala a boca, Matheus
Tem tirado o sono do deputado estadual Matheus Ferreira (MDB), filho do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), a prioridade da cúpula emedebista com a eleição da atual secretária de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Larissa Moraes, para uma cadeira na Assembleia, em 2026. Esta semana, o parlamentar, que reclama do não atendimento de demandas na pasta da “queridinha”, inventou de tirar satisfações com o presidente de honra da legenda, Lúcio Vieira Lima, e a resposta foi um “cala a boca” tão duro que o jovem deputado se contorceu todo.
Futuro emprego
Presente nesta terça (11) no Tribunal de Contas do Estado (TCE) para tratar da conciliação do contrato da ponte Salvador-Itaparica, o secretário da Casa Civil e deputado federal licenciado, Afonso Florence (PT), foi indagado por conselheiros e servidores se de fato será indicado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para a vaga de Pedro Lino, conforme revelou o site. Apesar de negar, ele deixou escapar que até aceitaria, mas tem receio de deixar a política e perder a cadeira no tribunal por decisão judicial, já que, pela Constituição, a vaga pertence aos auditores.
Ouvidor do prefeito
Após se entender com o PSDB, Bruno Reis avançou nas conversas com outros aliados sobre a reforma administrativa. Depois do Carnaval, ele vai indicar Zilton Netto (PDT), afilhado político do deputado federal Leo Prates (PDT), para a chefia da Ouvidoria Geral do Município (OGM). Zilton, que foi candidato a vereador e ficou na primeira suplência, ocupou, antes do pleito, o comando da Codecon, órgão municipal de defesa do consumidor. Na Ouvidoria, ele estará mais próximo do prefeito, pois a estrutura é subordinada diretamente ao gabinete, e terá mais espaço para fazer política.
Esposa indicada
Com a demora de Bruno Reis em definir o espaço de Zilton, o pedetista chegou a receber sondagens de emissários do governo do Estado para assumir a presidência do Procon, mas recusou a oferta por lealdade a Leo Prates e ao grupo do prefeito da capital. Quem também deve ocupar um espaço na gestão municipal é Ana Paula Pitanga Prates, esposa de Leo. Bruno pretende indicá-la para presidir o Serviço Social Autônomo Municipal, entidade criada no final do ano passado por meio de projeto de lei para desenvolver ações e prestar serviços de assistência a pessoas com deficiência.
A ver navios
Vereadores do PP de Salvador ficaram indignados ao ler o Diário Oficial do Município desta quarta (12) e encontrar as nomeações, na Secretaria de Governo (Segov), liderada por Cacá Leão, presidente da legenda na capital, de duas lideranças de Camaçari: Otaviano Neto, ex-edil, e Sineide Lopes, eterna candidata derrotada à Câmara Municipal. Enquanto isso, os pepistas da capital seguem a ver navios nas cobranças feitas a Cacá por espaços na gestão para suplentes e ex-vereadores. Dizem que o secretário só pensa em uma coisa: na própria eleição para deputado federal em 2026.
Cabide de emprego
“A tal Segov virou cabide de emprego para pessoas do interior, enquanto as lideranças do partido em Salvador sequer são atendidas”, protestou o vereador Maurício Trindade (PP) à coluna. Outro que segue insatisfeito é o vereador Sidninho (PP), que almeja migrar para o PL. Embora a sigla capitaneada na Bahia pelo ex-ministro João Roma também não deva ser contemplada com uma secretaria, ao menos já teve um representante, o ex-vereador Isnard Araújo, que não conseguiu a reeleição, empregado com uma assessoria na pasta de Cacá.
Tucanos desconfiados
Setores do PSDB não gostaram da nomeação de Mariana Trocoli para a chefia da Diretoria Estratégica de Gestão de Pessoas e Processos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo informações que chegaram à coluna, a escolha foi decidida de forma unilateral pelo novo titular da pasta, Rodrigo Alves, indicado pelo deputado federal tucano Adolfo Viana. Para os insatisfeitos, Mariana não goza da confiança do partido para exercer a função.
Velhinho esquecido
Por falar em PSDB de Salvador, o vereador tucano Téo Senna disse à coluna que ficou muito triste ao ser preterido pelo partido e pelo presidente da Câmara, Carlos Muniz, que também é da sigla, das presidências das comissões permanentes da Casa. “Eu sou um vereador de sexto mandato e, com a minha experiência, poderia participar mais. Mas o partido e o presidente não me beneficiaram. Não entendo isso”, afirmou Téo, que já protestou por ter ficado de fora da Mesa Diretora e também da liderança da legenda.
Ruído na mensagem
Téo Senna lamentou que, ao rifá-lo desses espaços, o PSDB o prejudicou na pontuação necessária para a contratação de assessores, conforme as regras da Câmara. Questionado pela coluna se o motivo seria o fato de ele não ter apoiado o pleito do partido para ficar com o comando da Secretaria Municipal da Educação (Smed), o edil afirmou que isso foi um “ruído”. “Falaram isso porque tive o apoio de uma diretora que defendeu na Câmara a permanência de Thiago Dantas na Smed. Mas eu sempre defendi o nome de Rodrigo Alves para a pasta”, garantiu.
Pitaco
* Se não fosse a turma do “deixa disso”, a vereadora Roberta Caires (PDT) teria dificuldades em ser eleita presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Salvador, na semana passada.
* Isso porque o vereador Jorge Araújo (PP), o mais bem votado nas eleições do ano passado, embora novato, ameaçou ir para o bate-chapa. Nas contas de bastidor, teria quatro dos sete votos do colegiado e venceria a pedetista.
* Jorge Araújo mudou de ideia e topou ser vice da comissão após ouvir apelos do líder do governo, Kiki Bispo (União), e perceber que desagradaria o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), que havia prometido a Roberta Caíres a presidência.
* É bom lembrar que existe na Câmara uma certa cisma com Roberta Caires por conta da ciumeira provocada ano passado pelo apoio que ela recebeu do secretário municipal de Educação, Thiago Dantas, a pedido de ACM Neto.
* Antes de confirmar o vereador Sidninho (PP) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Carlos Muniz teve uma conversa reservada com o vereador Duda Sanches (União), que queria a cadeira.
* Na época, em meio às indefinições sobre o espaço do PSDB na Prefeitura, o tucano disse que seria ruim para o colega ficar à frente do colegiado mais importante da Casa se houvesse um tensionamento nas relações com Bruno Reis. Duda entendeu.
* O vereador de Salvador Hamilton Assis (PSOL) quer que a Câmara crie uma comissão especial para tratar de tarifa zero no transporte público.
* O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), ganhou um defensor na Esplanada. Trata-se do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Quem falar mal do baiano perto do colega corre o risco de apanhar.
* Adolfo Menezes exonerou, no último dia 5, Julio Eloy Passos Neto da função de diretor administrativo da Assembleia. O objetivo seria dar uma “oxigenada” no setor. Entretanto, o substituto ainda não foi escolhido, o que deve caber a Ivana Bastos,
* A deputada Maria del Carmen (PT) apresentou um projeto propondo a criação da 11ª comissão permanente da Assembleia: a de Desenvolvimento Urbano, com o objetivo de tratar das políticas urbanas. A iniciativa tem a assinatura de diversos parlamentares.
De cima para baixo
A posição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) de defender que a presidência da Assembleia fique com o PSD mesmo que o Supremo derrube a reeleição do atual comandante da Casa, Adolfo Menezes, filiado ao partido, desagrada deputados da base aliada. A avaliação é que, por se tratar de uma nova eleição, as negociações são zeradas. “Isso não pode ser decidido de cima para baixo. A candidatura à presidência da Assembleia se constrói também nas relações entre os pares”, disse um dos líderes da base governista à coluna.
Projeto de grupo
Os deputados seriam mais simpáticos ao posicionamento de Jerônimo se houver um acordo entre o governador e o senador Angelo Coronel (PSD) para que o deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD) assuma a presidência em caso de queda de Adolfo. Assim, o senador abriria mão de disputar a reeleição em 2026, cedendo, sem brigas, a vaga para o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). “Em nome de um projeto maior, de grupo, aí aceitaríamos, até porque Angelo Filho tem boa relação com os colegas. Mas teria que haver alguma negociação”, afirmou o mesmo líder.
Acordo negado
Procurado pela coluna, Angelo Coronel afirmou, no entanto, que nunca conversou sobre o assunto com o governador e que deseja disputar a reeleição ao Senado. Fontes ligadas a Jerônimo garantiram o mesmo e informaram que o chefe do Executivo estadual está preocupado em “pacificar” a Assembleia e evitar um bate-chapa entre o filho do senador e o deputado Rosemberg Pinto (PT) pela 1ª vice-presidência. Isso se Rosemberg, que ficou numa posição delicada diante da postura do governador até para seguir na liderança da maioria, se mantiver no páreo.
Lições do passado
Rosemberg tem dito à imprensa que Angelo Filho não pode ser candidato à 1º vice alegando que, pela proporcionalidade, a cadeira pertence ao PT. Ele sabe, no entanto, que em 2009, no final do primeiro governo de Jaques Wagner, o deputado Rogério Andrade, então no PFL (que virou União Brasil) e atualmente no MDB, derrotou o hoje senador Angelo Coronel, que ocupava acento na Assembleia, justamente numa disputa pela mesma cadeira.
Trato pessoal
Naquele ano, Coronel disputava a reeleição para a 1ª vice-presidência com todo o apoio do governo, que tinha uma bancada de 48 parlamentares. Rogério, que hoje é um aliado fiel do PT, pertencia à oposição, ao lado de outros 14 deputados, mas, no trato pessoal e na base da discrição, derrotou no voto secreto o candidato oficial do Executivo. Houve bate-chapa ainda pela presidência e pela 1ª secretaria da Mesa Diretora, mas com vitórias dos governistas – Marcelo Nilo derrotou Elmar Nascimento e Roberto Carlos desbancou Leur Lomanto Júnior, respectivamente.
Joias da coroa
Jerônimo segue atraindo para a base aliada prefeitos que apoiaram ACM Neto em 2022, numa articulação revelada pela coluna na semana passada. Mas as “joias da coroa” da oposição que o governador quer atrair são os gestores de Jequié, Zé Cocá (PP), e de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos). O secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola (PT), já foi encarregado de intensificar as conversas com os dois.
Atuação conjunta
Para atrair os dois prefeitos, Loyola conta com o apoio de dois deputados estaduais: Vitor Azevedo (PL), que é ligado a Ednaldo, e Hassan Iossef (PP), próximo de Cocá, que atuam em parceria com o governo. Foi Vitor, inclusive, quem negociou para que o Executivo não interferisse na disputa pela presidência do Consórcio Territorial do Recôncavo, vencida por Ednaldo. O parlamentar já levou para a base governista os prefeitos de Muritiba, Varzedo, São Félix, Serra Preta e, por último, Tanhaçu.
Prova de fidelidade
A decisão do MDB de apoiar o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), para a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) foi mais um gesto dos irmãos Vieira Lima para demonstrar fidelidade a Jerônimo mirando a permanência do partido na chapa em 2026. O anúncio foi feito no último dia 14, ou seja, 15 dias antes de Wilson se tornar o nome de consenso, com a desistência, ocorrida hoje, do prefeito de Ituaçu, Phellipe Brito (PSD), numa articulação do próprio governador. O gestor de Medeiros Neto, o emedebista Beto Pinto, será candidato a vice da UPB.
Destino de Alberto
O prefeito Bruno Reis (União) sinalizou a aliados que não fará mudanças no comando da Secretaria de Inovação e Tecnologia (Semit). Não só porque o atual secretário Samuel Araújo é considerado um técnico qualificado, mas também pelo fato de ser filho do ex-deputado federal José Carlos Araújo (PDT). Com isso, cresceram as especulações de que o vereador Alberto Braga (União) pode assumir o comando da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), hoje com Alexandre Tinôco, primo do vereador Claudio Tinoco (União).
Querendo mais
O Republicanos ainda não aceitou o convite de Bruno Reis para indicar o vereador Luiz Carlos ao comando da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) porque tentar negociar a ampliação de espaços na gestão municipal. O partido pleiteia a chefia da Superintendência de Obras Públicas (Sucop), subordinada à pasta, e de diretorias na Secretaria de Manutenção (Seman), capitaneada atualmente por Lázaro Jezler Filho, outro quadro ligado à legenda e que permanece no posto na reforma administrativa.
Último emedebista
A Sucop é o braço operacional da Seinfra, daí a cobiça do Republicanos. O órgão é hoje chefiado pelo engenheiro e empresário Orlando Castro, indicado para o cargo pelo MDB ainda na gestão do ex-prefeito ACM Neto (União). Orlando sempre foi apadrinhado de Geddel Vieira Lima. Chegou a presidir a Codevasf quando o emedebista era ministro da Integração Nacional, no segundo governo do presidente Lula (PT). Quando o MDB rompeu com o grupo de Neto, Orlando optou por permanecer onde está.
Porteira fechada
O Republicanos está de olho ainda nas diretorias de Manutenção e Infraestrutura e de Equipamentos e Espaços Públicos da Seman. A primeira, que cuida de asfalto, é capitaneada por Luciano Sandes, que acumula desde 2023 a função com a de titular da Secretaria de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro (Sacpb), onde deve permanecer. A segunda, que trata de contratos, é liderada por José Monteiro, outro nome da confiança de Bruno Reis. Como o prefeito não é adepto de entregar secretaria com “porteira fechada”, não vai ceder a todos os pedidos.
Densidade eleitoral
Apesar de a Câmara ter aprovado a criação oficial da Sacpb (que na prática já existia), toda a estrutura da pasta segue dentro da Secretaria Municipal de Governo (Segov). Havia a promessa de que os cargos seriam extintos na secretaria de Cacá Leão (PP), mas o prefeito aguarda a conclusão das negociações sobre a reforma administrativa para fazê-lo. É preciso, ainda, garantir a autonomia orçamentária da Sacpb, já que a Seman é hoje responsável por atender boa parte das demandas das Prefeituras-Bairro, justamente aquelas com densidade eleitoral.
Sem contracheque
Quem está ansioso para que Bruno Reis resolva logo a situação com o Republicanos é o primeiro suplente do partido, Beca, que anda reclamando de chegar ao final de janeiro sem contracheque de vereador. Ele esperava já estar sentado na cadeira diante da boa relação que tem com o prefeito e com a primeira-dama, Rebeca Cardoso. É justamente por isso que o partido ligado à Igreja Universal tensiona as conversas com chefe do Palácio Thomé de Souza.
Novato apressadinho
A proposta do novato vereador Sandro Filho (PP) de criar uma comissão especial na Câmara Municipal de Salvador para discutir a atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) não vai para lugar algum. Primeiro, porque o edil sequer consultou o presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), antes de divulgar a ideia à imprensa, sendo que o tucano lidera os debates sobre o tema. Além disso, já há na Câmara a Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, que trata do mesmo assunto e da qual, depois do movimento, Sandro Filho ficou ainda mais distante de integrar.
Pitacos
* Conforme havia antecipado a coluna da semana passada (Clique aqui para ler), Jusmari Oliveira (PSD) só oficializou a licença do mandato de deputada estadual após fazer nomeações no gabinete da Assembleia. No último dia 24, ela empregou oito pessoas.
* Embora o anúncio do governador do retorno de Jusmari ao comando da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) tenha ocorrido na semana passada, a licença dela da Assembleia só foi publicada hoje. Assume o suplente Marcone Amaral (PSD).
* Em uma audiência recente com a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), não poupou o sobrinho e antecessor Rodrigo Hagge (MDB) de críticas.
* Eduardo disse à secretária que encontrou uma situação caótica na saúde do município e pediu ajuda ao Estado. Condenou o sobrinho por nunca ter dialogado com o governo. O prefeito deve ser mais um aliado de ACM Neto a aderir a Jerônimo.
* O PT inicia no dia 7 de fevereiro, em Itacaré, os encontros territoriais do partido em 2025. O objetivo é debater o resultado das eleições passadas, fazer uma espécie de workshop com os vereadores e organizar a legenda já pensando em 2026.
* O último encontro territorial do PT acontece no dia 18 de maio, em Itaberaba. O da Região Metropolitana de Salvador será realizado em Camaçari, no dia 23 de fevereiro. Serão, no total, 29.
* O senador Otto Alencar garantiu que a sigla e número do partido dele, o PSD, será mantido caso haja fusão com o PSDB. Resta saber como ficará a situação dos tucanos na Bahia, que integram o grupo de ACM Neto.
* Para o líder do PSDB na Câmara Municipal de Salvador, vereador Daniel Alves, a fusão não altera o posicionamento dos tucanos na capital. “Somos majoritários na cidade e seguiremos na base de Bruno Reis”, assegurou.
* Suplentes do PSD e PSB em Riachão do Jacuípe ingressaram na Justiça Eleitoral acusando o União Brasil e o PDT de não terem cumprido a cota de 30% destinada às candidaturas femininas no pleito de 2024.
* A denúncia requer também que sejam investigadas supostas candidaturas fictícias de algumas mulheres que tiveram votações pífias e prestações de contas zeradas. Uma delas não recebeu nenhum voto na própria seção eleitoral.
Equação tucana
Após momentos de tensão, avançaram esta semana as tratativas entre o prefeito Bruno Reis (União) e o PSDB sobre o espaço do partido na reforma administrativa. Conforme o que teria sido combinado antes da campanha de 2024, os tucanos devem mesmo ficar com a Secretaria Municipal da Educação. O indicado, como já antecipou a coluna, é o atual titular da Secretaria Municipal de Gestão, Rodrigo Alves, nome ligado ao deputado federal Adolfo Viana (PSDB).
Propostas na mesa
Para manter o atual secretário da Smed, Thiago Dantas, que é próximo ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto, Bruno Reis chegou a oferecer ao PSDB a Secretaria Municipal de Saúde, como revelou o Política Livre. Os tucanos só aceitariam mudar o acordo se fosse entregue, além da Saúde, mais uma pasta, como forma de compensação. As conversas chegaram a ser interrompidas diante do impasse, mas foram retomadas no sentido de contemplar o antigo desejo dos tucanos pela Educação.
Peso Muniz
O que pesa a favor do PSDB nas negociações é o fato de o partido ter o atual presidente da Câmara de Salvador, Carlos Muniz. Caso contrário, dificilmente a sigla teria chances de ficar com a Educação. Muniz já disse em diversas ocasiões, em entrevistas à imprensa, que os tucanos precisam de um tratamento melhor por parte do prefeito depois do resultado das urnas em outubro, quando tiveram um desempenho melhor do que o Republicanos, que tem duas secretarias de peso político (Obras e Manutenção).
Corda esticada
O Republicanos ainda não respondeu oficialmente ao convite de Bruno Reis para que o vereador Luiz Carlos, presidente municipal da legenda, volte a ser o titular da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinfra). A avaliação é que a cúpula partidária estica a corda para ter outras benesses na gestão sabendo que o prefeito tem interesse particular na “subida” do ex-vereador e suplente Beca, de quem é muito próximo. Bruno avisou que aceita também a indicação do vereador Júlio Santos, da mesma sigla e que já comandou a pasta.
De Beca para Beca
Para que Beca se torne vereador, Bruno é pressionado até dentro de casa. A esposa do prefeito, Rebeca Cardoso, entrou de cabeça na campanha do suplente, representante da região de Luis Anselmo. A amizade entre eles foi ilustrada diversas vezes em eventos de campanha divulgados nas redes sociais do então candidato, que recebeu pouco mais de 7,6 mil votos – desse total, ao menos mil são atribuídos ao trabalho da primeira-dama da capital.
Suplente animado
Outro suplente que está animado com a possibilidade de assumir o mandato na Câmara de Salvador é o ex-vereador Orlando Palhinha (União). Com a certeza de quem vai sentar na cadeira, ele tem participado praticamente de todos os eventos da Prefeitura ao lado de Bruno. Como já antecipou a Radar do Poder, a expectativa é que o prefeito convide o vereador Alberto Braga (União) para a Secretaria de Inovação e Tecnologia ou mesmo a Companhia de Governança Eletrônica (Cogel). O edil topa qualquer parada para ir ao Executivo.
Mais autonomia
Aliados de Bruno Reis na Câmara esperam que o secretário de Governo da Prefeitura, Cacá Leão (PP), que confirmou nesta quarta (8) a pré-candidatura a deputado federal, tenha mais autonomia neste segundo mandato. A avaliação é que, embora todos elogiem o atendimento prestado por Cacá aos vereadores, faltaria a ele poder de decisão. Quem tem se queixado mais do secretário são os vereadores pepistas, sob a alegação de que faltou empenho para que o partido conquistasse um espaço maior na reforma administrativa.
Vereador atacadista
O vereador de Salvador Alexandre Aleluia (PL) decidiu sair em defesa dos empresários do setor atacadista e apresentou um projeto de lei que acaba com a obrigatoriedade de o segmento fornecer gratuitamente sacolas plásticas recicláveis aos clientes. Na justificativa, o edil afirmou que a legislação, de autoria de Carlos Muniz, é impraticável para o segmento em função dos custos. O texto não deve passar na Câmara.
Ônus da teimosia
Ao optar por lançar a candidatura do vereador Hamilton Assis próprio à presidência da Câmara de Salvador, o PSOL perdeu a chance de ocupar espaços relevantes na estrutura da Casa. Ficou fora da Mesa Diretora e também não deve comandar ou mesmo participar de comissões importantes. Nos tempos de Laina Crisóstomo, na legislatura passada, e de Marcos Mendes, na anterior, o partido optou por negociar, ao invés de entrar numa malfadada disputa apenas para marcar posição – ela foi procuradora da Mulher e ele vice-presidente da Comissão de Educação.
Senador submerso
O senador Angelo Coronel (PSD) submergiu após a entrevista do senador Jaques Wagner (PT), publicada esta semana no jornal A Tarde, na qual disse que seria “natural” uma chapa formada por três petistas nas eleições de 2026 – o governador Jerônimo Rodrigues e o próprio “bruxo” concorrendo à reeleição e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disputando o Senado. Sobraria a Coronel aceitar a vice, limando o MDB. O senador do PSD certamente se arrependeu de convidar Wagner para a confraternização que organizou tão caprichosamente em Praia do Forte no final do ano.
Reação ao “bruxo”
Por sinal, a entrevista de Jaques Wagner mexeu com os brios de alguns deputados do PSD. Segundo um desses parlamentares, a tendência agora é que o partido atue mais fortemente na Assembleia para impedir que o PT assuma o comando da Casa, mesmo que temporariamente, em caso de impedimento do atual presidente, Adolfo Menezes (PSD), postulante à reeleição. Além disso, a ordem é trabalhar em dobro para eleger o prefeito de Ituaçu, Phellipe Brito, do partido, para a presidência da UPB.
Primos problemáticos
Há outro primo do deputado federal Elmar Nascimento (União) que já foi encarcerado pela Polícia Federal (PF) que aparece na foto de uma reunião entre amigos na qual está presente, usando tornozeleira eletrônica, o vereador de Campo Formoso Francisco Nascimento (União), um dos alvos da temida Operação Overclean. Trata-se de Thiago Nascimento (de camisa preta e bermuda clara), que, em 2023, foi preso pela PF por participar de um esquema de desvio de recursos na Codevasf, órgão controlado politicamente por Elmar.
Controle total
Aliás, Elmar Nascimento emplacou um outro primo, Murilo Nascimento (PSDB), na presidência da Câmara de Campo Formoso, o que representou uma derrota para o grupo liderado pelo principal adversário no município, Adolfo Menezes. Vale lembrar que o prefeito reeleito, Elmo Nascimento (União), é irmão do deputado federal. A família agora controla tanto o Executivo quanto o Legislativo da cidade.
Duelo antecipado
Mal esperaram o novo ano começar, os deputados Alan Sanches (União), estadual, e Félix Mendonça Júnior (PDT), federal, deram a largada para a campanha de 2026 em Santo Antônio de Jesus. Os dois espalharam outdoors pela capital do Recôncavo para se promover. Alan, postulante a uma cadeira na Câmara Federal, apostou em “colar” a imagem nas do prefeito reeleito Genival Deolino (PSDB) e do empresário Ditinho Lemos, que almeja uma vaga na Assembleia. Félix, que também é próximo do tucano, destacou os mais de R$25 milhões em emendas ao município.
Dor de cotovelo
O ex-prefeito de Castro Alves Thiancle Araújo (PSD) ainda não assimilou a derrota sofrida na disputa pela presidência do Consórcio Territorial do Recôncavo (CTR) e passa o tempo colocando a culpa em terceiros. A candidata dele, a prefeita de Conceição do Almeida, Renata Nogueira (PSD), perdeu a disputa para o colega de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), que contou com o apoio do deputado estadual Vitor Azevedo (PL), político com influência na região. Ednaldo toma posse no posto nesta quinta (9).
Pitacos
* O PP ainda não aderiu institucionalmente à base do governo do Estado, mas o deputado federal Cláudio Cajado, membro destacado do partido, se sentiu em casa ao ser recebido por Jerônimo na segunda (2).
* Ao lado do deputado estadual Eduardo Alencar (PSD), Cajado levou ao governador a prefeita eleita de Mundo Novo, Ana Paula de Oliveira (PSD), e pediu obras emergenciais para o município.
* Antes resistente a uma adesão ao governo, Cajado mudou de posição após a esposa dele, Andréia Xavier, ex-prefeita de Diás D’Ávila, ser cogitada para a Secretaria de Planejamento como parte do acordo para atrair o PP à base, com revelou o site.
* Jerônimo tem aberto a agenda nos últimos dias para receber, em Salvador, prefeitos eleitos que se queixam de terem recebido os municípios em situação calamitosa. Só que, ao menos até aqui, todos são da base do governo.
* Nesta terça (7), por exemplo, o governador recebeu o novo prefeito de Nazaré, Benon Cardoso (PSD), que alega ter herdado uma herança maldita da antecessora Eunice Peixoto (União), aliada de ACM Neto.
* O secretário da Casa Civil de Salvador, Luiz Carreira, disse a amigos mais próximos, em tom de brincadeira, que pretende ficar na gestão por mais dois anos apenas. Ele está na Prefeitura desde o primeiro governo de ACM Neto (União).
* Um dos amigos de Carreira respondeu que ele não só vai ficar os quatro anos como também deve ser lembrado novamente para compor a chapa majoritária na sucessão de Bruno Reis. Isso ocorreu em 2016, na reeleição de Neto.
* O novo prefeito de Alagoinhas, Gustavo Carmo (PSD), criou mais 100 cargos por meio de uma reforma administrativa aprovada pelos vereadores. Segundo a oposição, isso representa um custo de R$10 milhões anuais a mais no orçamento do município.
* Com poucos dias que deixou o cargo de prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro (PDT) já começou a “correr trecho” visando a eleição de deputado estadual. A prioridade é reforçar os acordos firmados no pleito de outubro.
“Confra” de Coronel
Na agitada confraternização alcoólica na tarde de domingo (20) na casa do deputado federal Diego Coronel (PSD), em Praia do Forte, o pai do parlamentar, o senador Angelo Coronel (PSD), também hospedado, recebeu até convidados que torcem para vê-lo longe da disputa pela reeleição. Entre os presentes, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), é o maior interessado. Mas também estavam lá o deputado federal Netto Carletto (PP) e o empresário Paulo Carletto, sobrinho e irmão do presidente do Avante na Bahia, Ronaldo Carletto, que defende abertamente a troca do senador por Rui na chapa.
Filosofia chinesa
Nas rodas de conversa da confraternização, teve um deputado que brincou e usou uma frase do filósofo chinês Lao Tsé, mas que ficou famosa ao ser dita pelo personagem Michael Corleone, no segundo filme da trilogia O Poderoso Chefão, para explicar o convite a Rui e aos Carletto: “Mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda”. O ministro, que não chega a ser inimigo do Coronel, claro, chegou no final da festa, por volta das 17h30, quando o senador Jaques Wagner (PT) já tinha saído.
Público heterogêneo
O deputado federal Léo Prates (PDT) não foi o único aliado de ACM Neto (União) presente no convescote de Praia do Forte. Também apareceram por lá o deputado federal José Rocha (União) e o filho, o deputado estadual Manuel Rocha (União). Até o ex-prefeito de Salvador Antonio Imbassahy (PSDB) deu o ar da graça. No total, mais de 200 pessoas estariam na festa. Com o bom humor de sempre, Coronel disse que a presença heterogênea sinaliza que todos querem que ele siga senador – pelo visto, não importa que seja pela oposição.
Planos do “bruxo”
Mas a presença de Leo ao lado de Wagner, de Coronel e do senador Otto Alencar (PSD), com direito a foto, foi o que causou maior rebuliço entre os aliados de ACM Neto. Isso porque o senador petista não esconde, nas conversas com os correligionários, o desejo de atrair o pedetista para a base governista. Para Wagner, Leo teria mais chances de ser candidato a prefeito com o apoio do PT, se mantiver a força eleitoral em 2026 na capital, do que com o aval do atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), cuja preferência seria pelo vice Ana Paula Matos (PDT) para sucedê-lo.
Alternativa consolidada
O deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD), que também foi anfitrião da confraternização de domingo, ainda não descartou totalmente a possibilidade de disputar o posto de primeiro vice-presidente da Assembleia. Mas a tendência é que ele brigue mesmo pela presidência, caso Adolfo Menezes (PSD) desista da reeleição ou seja impedido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o clã, Angelo teria se consolidado como “plano b” da maior parte da base governista e de toda a oposição.
Poder demais
Entre os que defendem que Angelo concorra ao posto de primeiro vice-presidente, a tese é a de que se o PT ficar com a cadeira, o que seria o natural por conta da proporcionalidade, o “risco” de o partido assumir o comando do Legislativo e concentrar poder demais é tão grande quanto o de uma medida do STF contra Adolfo, mesmo que para convocar uma nova eleição, como é a praxe. Só que o interino poderia concorrer com a “caneta na mão”, com a vantagem de distribuir benefícios. O PT deve indicar o deputado Rosemberg Pinto, que sempre sonhou com a presidência, para ser o substituto imediato de Adolfo.
Currículo avaliado
O empreendedor, consultor em diversidade e escritor Paulo Rogério Nunes é um dos nomes avaliados por Bruno Reis para ocupar duas secretarias na reforma administrativa: a de Cultura e Turismo (Secult) ou a de Reparação (Semur). Dono da agência de consultoria Vale do Dendê, de Salvador, Paulo tem a pegada afro de Pedro Tourinho, que se despediu da Secult no domingo (29), mas ainda não foi exonerado. No caso da Semur, a secretária Ivete Sacramento já revelou ao prefeito e ao Política Livre o desejo de sair .
Rápido no gatilho
Durante uma das coletivas no Festival Virada Salvador, Bruno Reis deu a entender que não pretende chamar um político para assumir a Secult e sim alguém com o mesmo perfil de Pedro Tourinho, oriundo da iniciativa privada. Com isso, os vereadores Cláudio Tinoco (União) e Duda Sanches (União), antes de cotados para a pasta, realizaram a movimentação para garantir vagas na Mesa Diretora da Câmara Municipal. Só que Tinoco foi mais rápido e obteve junto ao presidente Carlos Muniz (PSDB) a garantia da primeira-secretaria, segundo cargo mais importante do comando do Legislativo municipal.
Vereador do União
Duda, por sua vez, deverá ser o segundo vice-presidente da Mesa Diretora ou seguir como procurador da Câmara Municipal. Outro cotado da União Brasil para assumir uma função no Executivo, o vereador Alberto Braga não aspirou cargos na Mesa Diretora e segue na expetativa de ser convidado para assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit) ou mesmo retornar à presidência da Companhia de Governança Eletrônica (Cogel).
Mudança de comando
A notícia sobre a possível saída do diretor de Prevenção à Violência da Prefeitura de Salvador, Maurício Lima, na reforma administrativa de Bruno Reis pegou muita gente na gestão municipal de surpresa. Como revelou o Política Livre, a estrutura deve ganhar um novo chefe por indicação do deputado federal Capitão Alden, do PL . Maurício é muito próximo de ACM Neto, que o colocou no cargo. Na dúvida sobre se sai ou se fica, o diretor mandou preparar um balanço do trabalho dele, destacando que a Guarda Civil Municipal, estrutura que comanda, passou por um processo de “transformação” nos últimos anos.
Válvula de escape
O presidente do PL da Bahia, João Roma, foi criticado por membros da legenda por não promover uma reunião do partido depois das eleições de outubro. Antes, os encontros eram frequentes, na sede, em Salvador. Talvez dando um tempo para distensionar as relações na legenda, onde uma crise foi instalada após o desempenho ruim no pleito, o acordo pelo apoio à reeleição de Bruno Reis e processos de expulsão, Roma tem se dedicado mais tempo à família e aos hobbies. No final de semana, foi flagrado tocando saxofone em uma festa na capital.
Tudo em família
Em Itapetinga, o novo prefeito Eduardo Hagge (MDB) não se conteve apenas em escolher a própria esposa Zezé Hagge como secretária de Desenvolvimento Social, o que para muitos é nepotismo. O emedebista também vai empregar como titular da pasta do Planejamento Yasmin Lima, mulher do antecessor e sobrinho Rodrigo Hagge (MDB). Eduardo manteve parte da equipe de Rodrigo. Apesar disso, o clima entre os dois segue tenso porque o tio deseja entrar na base de Jerônimo, enquanto o sobrinho quer ser candidato a deputado estadual no grupo de ACM Neto (União).
Trincheira comunista
Em Juazeiro, o deputado estadual Zó do Sertão (PCdoB) emplacou indicados em três secretarias na gestão do novo prefeito Andrei Gonçalves (MDB): Obras, Desenvolvimento Social e Educação. Além disso, conseguiu o aval do emedebista para a candidatura do vereador Mitu do Sindicato (PCdoB) para a presidência da Câmara. Primeira liderança de peso na esquerda juazeirense a se retirar da disputa pela Prefeitura e declarar apoio a Andrei, Zó deverá ser o candidato a deputado federal a prefeito em 2026.
Tripé de casa
O deputado estadual Roberto Carlos (PV), que também tem Juazeiro como principal reduto político, é outro que terá influência direta sobre estruturas de peso no governo de Andrei, inclusive com dois familiares. O sobrinho Cláudio Fernandes assume a Secretaria de Meio Ambiente, enquanto o irmão, Celso Almeida Leal, a presidência da Autarquia de Abastecimento. O outro indicado do parlamentar é Giovanne Santos Silva, titular da pasta da Ordem Pública e Habitação – ele é um dos diretores do Juazeirense, clube de futebol da cidade que tem Roberto Carlos como presidente.
Plano adiado
O grupo de trabalho criado no final de 2024 pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Feira de Santana para a elaboração do Plano Municipal de Segurança deve ser desfeito pelo novo prefeito da Princesa do Sertão, José Ronaldo (União), que chegou a ser informado sobre a iniciativa do antecessor, Colbert Martins (MDB). O experiente Zé é construir o plano nos mesmos moldes do que está sendo feito na gestão de Bruno Reis em Salvador, com investimento de quase R$ 5 milhões.
Pitacos
* O deputado Elmar Nascimento (União) foi curtir os Lençóis Maranhenses neste final de ano, ao lado de outros parlamentares, incluindo Damião Feliciano (União-PB), a quem o baiano apoia como sucessor na liderança do partido na Câmara..
* Os ministros das Comunicações, Juscelino Filho, e do Turismo, Celso Sabino, ambos da União Brasil, também foram convidados. Nos tempos em que era candidato favorito a presidente da Câmara, Elmar costumava ser convidado para eventos do tipo na Bahia.
* Como já mostrou o Política Livre , Elmar apoia Damião para a liderança porque o paraibano defende a aproximação da União Brasil com o governo Lula (PT) . ACM Neto prefere o pernambucano Mendonça Filho, que é oposicionista.
*Quem visitou Lençóis há cinco dias, só que o município da Chapada Diamantina, foi o senador Cid Gomes (PSB-CE). Ele foi recebido pelo senador Otto Alencar (PSD). Cid veio articular um investimento privado em Ruy Barbosa, terra do baiano.
* O deputado Capitão Alden (PL) votou mais vezes contra o governo Lula na Câmara Federal do que a deputada Roberta Roma (PL), segundo levantamento feito esta semana pelo site Congresso em Foco.
* Alden só votou a favor de projetos do governo em 27% dos casos, enquanto colega de partido o fez em 31% das vezes. O outro parlamentar do PL, Jonga Bacelar, votou com o Planalto em 96% das pautas, mas ele não esconde de ninguém, com a sinceridade que ele é peculiar, que é um governante.
*Entre os parlamentares da bancada baiana do União Brasil na Câmara, quem foi menos ao governo foi Leur Lomanto Júnior. Em 78% das votações, ele votou com o Planalto.
* Os deputados estaduais também buscaram uma sorte na Mega da Virada. Organizaram um bolão que arrecadou cerca de R$ 30 mil. Mas não fez sequer um terno.
* O vereador Dilson Magalhães assumiu o comando do diretório do PP em Camaçari. O parlamentar mudou de lado no segundo turno da eleição e apoiou o prefeito Luiz Caetano (PT). Ele é ligado ao deputado federal pepista Cláudio Cajado.
* Virou moda entre os prefeitos que se despedem hoje dos mandatos divulgados nas redes sociais que deixam os cargos com as contas do Executivo em dia. O que deveria ser uma obrigação passou a ser um item de propaganda.