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<a href="https://politicalivre.com.br/2025/07/eleicao-do-pt-na-bahia-tem-denuncia-de-mortos-como-eleitores-e-caso-deve-ir-a-justica/#gsc.tab=0">Passada a acirrada disputa interna no Processo de Elei&ccedil;&atilde;o Direta (PED), recheada de den&uacute;ncias de irregularidades e at&eacute; de mortos como eleitores</a>, integrantes do PT da Bahia iniciaram o movimento de cicatrizar as feridas e reagrupar as for&ccedil;as para pr&oacute;ximo desafio eleitoral da porta para fora, que coloca em jogo a hegemonia de 20 anos do grupo no Governo do Estado. Entre os que dizem j&aacute; ter virado a p&aacute;gina est&aacute; o ex-presidente estadual Jonas Paulo, derrotado por T&aacute;ssio Brito no &uacute;ltimo PED, a quem fez duras cr&iacute;ticas ao longo da campanha.&nbsp;
Nesta entrevista exclusiva, concedida ao Pol&iacute;tica Livre na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (22), quando seguia para uma reuni&atilde;o da Executiva do PT na Assembleia Legislativa, Jonas afirma que, como um dos fundadores, tem &ldquo;responsabilidade com a condu&ccedil;&atilde;o do partido&rdquo;, apontando que se avizinha uma corrida dif&iacute;cil. &nbsp; &ldquo;Estamos trabalhando numa linha de construir a unidade, porque a disputa n&atilde;o ser&aacute; f&aacute;cil&rdquo;.
Ele diz que o legado de cinco mandatos credencia o grupo a uma nova rodada, mas adverte os correligion&aacute;rios a n&atilde;o &ldquo;negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio&rdquo;, nem ainda deter-se em debates laterais, a exemplo da forma&ccedil;&atilde;o da chapa ao Senado, sen&atilde;o em consolidar a lideran&ccedil;a do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues. &ldquo;N&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo&rdquo;.
Sobre o desenho nacional, Jonas Paulo diz que o PT baiano ter&aacute; novamente a miss&atilde;o de assegurar a margem de votos para manter Lula no Planalto por mais quatro anos, &ldquo;porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas [&hellip;] O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu&rdquo;.
Leia a entrevista completa:
Como ficou o ambiente no partido depois que decantou aquela disputa acirrada do PED?
O ambiente est&aacute; tranquilo, eu sou fundador do PT, portanto tenho responsabilidade com a condu&ccedil;&atilde;o do partido. Eu estou indo para a dire&ccedil;&atilde;o nacional, para a dire&ccedil;&atilde;o da Funda&ccedil;&atilde;o Perseu Abramo, estou aqui no governo coordenando o plano estrat&eacute;gico de desenvolvimento do Estado, estamos trabalhando numa linha de construir a unidade, porque a disputa n&atilde;o ser&aacute; f&aacute;cil. Aqueles que acham que a disputa ser&aacute; f&aacute;cil est&atilde;o enganados. N&oacute;s precisamos consolidar a lideran&ccedil;a do governador no Estado, precisamos trabalhar o governador como uma lideran&ccedil;a jovem que abre a perspectiva, de fato, da moderniza&ccedil;&atilde;o da Bahia, de criar esperan&ccedil;a para o povo da Bahia. J&aacute; fizemos a democratiza&ccedil;&atilde;o, j&aacute; fizemos obra, mas n&oacute;s precisamos apresentar o futuro, um futuro est&aacute;vel, um futuro de desenvolvimento, um futuro em que a Bahia ocupe o seu lugar no pa&iacute;s, e essa lideran&ccedil;a chama-se Jer&ocirc;nimo Rodrigues, que precisa ser afirmada junto com o presidente Lula. N&oacute;s temos que construir a gera&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-Lula, e a gera&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-Lula passa pela afirma&ccedil;&atilde;o da lideran&ccedil;a de Jer&ocirc;nimo. N&atilde;o podemos entrar em discuss&otilde;es menores que n&atilde;o est&atilde;o no centro da estrat&eacute;gia, porque para n&oacute;s o mais importante &eacute; ampliar a bancada, eleger o governador, manter a Bahia como retaguarda estrat&eacute;gica da vit&oacute;ria nacional, botar a Bahia como centro decisivo das elei&ccedil;&otilde;es nacionais junto com o Nordeste.&nbsp;
E que proje&ccedil;&atilde;o o senhor faz para esse pr&oacute;ximo ciclo eleitoral?
N&oacute;s n&atilde;o temos desgaste de material para dizer que o PT esgotou, n&atilde;o, n&oacute;s estamos com muita vitalidade, com muita proposta [&hellip;] O PT tem que ser a for&ccedil;a que dialoga com a sociedade, resgatar a sua hegemonia. Quando eu sa&iacute; da presid&ecirc;ncia, o PT tinha dez federais, 14 estaduais e 93 prefeitos. N&oacute;s vamos retomar essa ofensiva, respeitando os aliados, todos cresceram, mas o PT tinha o protagonismo e n&oacute;s estamos buscando construir essa perspectiva. Eu estou muito confiante de que n&oacute;s vamos para uma disputa dif&iacute;cil, tanto a nacional como estadual, elei&ccedil;&atilde;o dura. N&oacute;s n&atilde;o podemos negligenciar as interven&ccedil;&otilde;es externas no processo brasileiro, n&atilde;o d&aacute; para pensar que os Estados Unidos v&atilde;o assistir e bater palmas para essa elei&ccedil;&atilde;o. N&oacute;s vamos ter que enfrentar as big techs, os pr&oacute;prios interesses americanos na elei&ccedil;&atilde;o. O Brasil &eacute; o B dos Brics, ent&atilde;o temos que estar tranquilos quanto a isso.&nbsp;
<h2>&ldquo;Temos um excelente trabalho constru&iacute;do ao longo desses quatro mandatos, agora no quinto com Jer&ocirc;nimo, que nos coloca em condi&ccedil;&otilde;es de disputar. N&atilde;o podemos negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio. N&atilde;o podemos&rdquo;.</h2>
Objetivamente aqui na Bahia qual &eacute; o grande desafio do PT para atravessar essa disputa dif&iacute;cil?
Primeiro, n&oacute;s temos que manter essa toada de garantir as nossas for&ccedil;as e sermos capazes de aglutinar os aliados, manter a alian&ccedil;a e at&eacute; ampli&aacute;-la &eacute; um objetivo nosso. Mas ao mesmo tempo esse processo passa pela constru&ccedil;&atilde;o de um protagonismo. O projeto tem que ter uma cara, tem que ter um projeto para renovar a Bahia, criar novas perspectivas, trazer a &nbsp;lideran&ccedil;a nacional para a Bahia, desenvolver nossas ferrovias, nossos portos, aeroportos, erradicar a fome, diminuir a desigualdade social, afirmar a agricultura familiar. Tudo isso &eacute; muito dif&iacute;cil, n&atilde;o &eacute; uma coisa simples que faz de uma hora para a outra. E isso n&oacute;s temos que estar muito conscientes da nossa responsabilidade. Agora, os nossos advers&aacute;rios na Bahia vir&atilde;o conforme vierem nacionalmente, eu n&atilde;o tenho d&uacute;vida. Eles trabalham nacionalmente na perspectiva de dois turnos, que eu acho que &eacute; a &uacute;nica forma que eles podem ainda pensar em enfrentar o presidente Lula. Isso vai repercutir aqui conforme eles vierem. Mas n&oacute;s temos muita convic&ccedil;&atilde;o que temos um excelente trabalho constru&iacute;do ao longo desses quatro mandatos, agora no quinto com Jer&ocirc;nimo, que nos coloca em condi&ccedil;&otilde;es de disputar. N&atilde;o podemos negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio. N&atilde;o podemos.&nbsp;
<h2>&ldquo;N&atilde;o d&aacute; para dizer que Jer&ocirc;nimo n&atilde;o tem marca, agora o que precisa &eacute; consolidar, isso a&iacute; &eacute; verdade&rdquo;.</h2>
A oposi&ccedil;&atilde;o tem dito que o governador Jer&ocirc;nimo ainda n&atilde;o conseguiu colocar sua marca. Que avalia&ccedil;&atilde;o faz disso?&nbsp;
O governador Jer&ocirc;nimo tem uma marca, de uma lideran&ccedil;a emergente e que est&aacute; fazendo investimentos estruturantes. Ele pegou o programa da escola em tempo integral e deu uma din&acirc;mica maior, &eacute; uma marca da forma&ccedil;&atilde;o de quadros, da articula&ccedil;&atilde;o do ensino do tempo integral, com o ensino profissional, com o ensino universit&aacute;rio e com o ensino t&eacute;cnico. Isso &eacute; uma marca, sem d&uacute;vida. A outra marca &eacute; que ele est&aacute; consolidando com as policl&iacute;nicas e com os hospitais a economia da sa&uacute;de. Hoje as regi&otilde;es s&atilde;o outras em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sa&uacute;de, n&atilde;o s&oacute; em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; rede de servi&ccedil;os, como tamb&eacute;m &agrave; estrutura das atividades econ&ocirc;micas que se desenvolve com as policl&iacute;nicas, os hospitais regionais, as UTIs, as UPAs, somado &agrave;s unidades b&aacute;sicas de sa&uacute;de da fam&iacute;lia. Isso ele est&aacute; fazendo de uma forma magistral. E ele est&aacute; destravando os grandes investimentos da Bahia que vinham travados ao longo do tempo, que foram travados nos seis anos em que o PT esteve fora do governo federal, que &eacute; a Fiol Porto Sul, o Porto Salvador, o Estaleiro da Enseada do Paragua&ccedil;u e ainda todo a quest&atilde;o da apropria&ccedil;&atilde;o da energia produzida na Bahia. Ele est&aacute; fazendo coisas no ponto de vista de construir as bases da Bahia para o futuro, ele tem boas marcas, que &eacute; o cara que est&aacute; modernizando a estrutura econ&ocirc;mica do Estado e melhorando a vida social [&hellip;] Ent&atilde;o n&atilde;o d&aacute; para dizer que n&atilde;o tem marca, agora o que precisa &eacute; consolidar, isso a&iacute; &eacute; verdade. Precisamos consolidar essa lideran&ccedil;a. N&oacute;s n&atilde;o podemos entrar no debate, por exemplo, sobre quem vai ser o senador. Eu quero saber quem &eacute; o governador e quem ele vai conduzir. N&oacute;s temos que discutir um novo tempo na Bahia, por isso n&atilde;o vou ficar discutindo se temos dois do PT se n&atilde;o &eacute; do PT. Para mim, o importante &eacute; como o nosso campo vai ficar unido em torno de Jer&ocirc;nimo e em torno de Lula, e a&iacute; a gente discute as chapas proporcionais e as chapas de senadores.&nbsp;
<h2>&ldquo;O Lula tem que ganhar com uma margem na Bahia porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas [&hellip;] O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu&rdquo;.</h2>
O senhor j&aacute; antecipou um pouco da nossa pergunta sobre o Senado. Mas como o PT est&aacute; lidando com esse movimento do senador Angelo Coronel, que praticamente declara independ&ecirc;ncia ao dizer que ser&aacute; candidato a todo custo?
Primeiro, essa quest&atilde;o [do Senado] n&atilde;o &eacute; a quest&atilde;o estrat&eacute;gica central. A estrat&eacute;gia central &eacute; o Lula tem que ganhar com uma margem na Bahia porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas. Melhorou no Rio de Janeiro, mas se o governador de S&atilde;o Paulo for o candidato &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o endurece a disputa em S&atilde;o Paulo e n&oacute;s n&atilde;o temos claro o que vamos fazer em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, no Paran&aacute;. O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu. Ent&atilde;o, a Bahia tem um papel central de liderar o Nordeste, porque o Nordeste deu 11 milh&otilde;es de votos de frente para Lula, sendo quatro milh&otilde;es na Bahia e Lula ganhou por dois milh&otilde;es no Brasil. Essa &eacute; a disputa central. Os Brics, a China, a R&uacute;ssia, a &Iacute;ndia, a &Aacute;frica do Sul, os pa&iacute;ses &aacute;rabes, todo mundo atento com o que vai acontecer no Brasil. O B dos Brics vai permanecer? Isso &eacute; uma coisa que para n&oacute;s &eacute; important&iacute;ssima. E isso vai ser decidido aqui: O B de Brasil vai ser decidido no B da Bahia. Essa que &eacute; a minha preocupa&ccedil;&atilde;o, isso que me faz ficar 24 horas atento. E quem &eacute; que conduz isso? O governador Jer&ocirc;nimo. Porque a disputa vai se dar n&atilde;o pela capacidade de voc&ecirc; ter voto para o Senado, e sim ter votos para presidente, para governador e para deputado, eleger bancada. Esse &eacute; o centro da disputa. Agora, &eacute; importante o Senado? &Eacute;, porque n&oacute;s precisamos ter voz no Senado, porque todas as a&ccedil;&otilde;es passam no Senado. Mas a&iacute; Otto n&atilde;o &eacute; do PT e est&aacute; dando show, todo o Brasil reconhece. Wagner d&aacute; show. N&oacute;s vamos definir aquilo que ajuda a unificar em torno de Jer&ocirc;nimo, de Lula e da possibilidade de a gente ampliar a bancada.
<h2>&ldquo;N&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo&rdquo;.</h2>
O senhor foi um presidente que teve bancada forte em Bras&iacute;lia, na Assembleia, representa&ccedil;&atilde;o forte em Salvador e viu ao longo do tempo a representatividade do PT numericamente diminuir. Isso teve reflexo, por exemplo, na elei&ccedil;&atilde;o do ano passado em Salvador, sobre a qual o senhor j&aacute; fez cr&iacute;ticas abertas. O que o partido precisa fazer para recompor aquela frente que se tinha tempos atr&aacute;s?&nbsp;
Olha, vou lhe dizer qual &eacute; um dos orgulhos que eu tenho. Eu era representante do governo da Bahia em Bras&iacute;lia e veio a vota&ccedil;&atilde;o do impeachment da Dilma e n&oacute;s tivemos 24 votos. Eu ajudei, inclusive, na &eacute;poca o governador Rui a coesionar nossa bancada para tomar essa defini&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o n&oacute;s precisamos continuar com essa margem na bancada, que &eacute; com o crescimento do PT e com o crescimento dos aliados, eu n&atilde;o quero crescer sozinho, quero crescer com os aliados. Mas s&oacute; que n&oacute;s temos que ter aten&ccedil;&atilde;o de que um projeto tem um centro, tem eixos que est&atilde;o pela condu&ccedil;&atilde;o de uma centro-esquerda, que a esquerda lidera. Ent&atilde;o n&oacute;s temos que ter isso claro. E foi o que eu fiz quando fui presidente. N&oacute;s tivemos 94 prefeitos e o PSD tinha 77, o PP tinha 51. Todo mundo cresceu, o PSB tinha 35, o PCdoB tinha 18, o PDT tinha 24. Esse foi o resultado da elei&ccedil;&atilde;o que eu coordenei como presidente do PT. Elegemos dez federais, mas todos partidos elegeram bancada. Ent&atilde;o esse &eacute; o nosso objetivo para a gente n&atilde;o perder o eixo. E outra coisa, voc&ecirc; n&atilde;o pode ficar discutindo onde tem lideran&ccedil;as consolidadas. Todos j&aacute; foram presidente da Assembleia, ministro, governador, senador, deputado federal&hellip;.ent&atilde;o n&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo. Se n&atilde;o, vamos ficar discutindo desgaste de material. &lsquo;Ah, eles n&atilde;o t&ecirc;m mais candidato e t&ecirc;m que usar os que j&aacute; foram&rsquo;. Ali&aacute;s, por falar em desgaste de material, &eacute; o lado de l&aacute; que n&atilde;o tem candidato e fica buscando os que j&aacute; foram candidatos a tudo e mais alguma coisa. Ent&atilde;o, &eacute; essa linha que n&oacute;s temos que evitar.&nbsp;
<h2>&ldquo;A pol&iacute;tica &eacute; feita da capacidade de movimentos, mas eu acho que n&oacute;s n&atilde;o podemos ficar presos apenas &agrave; quest&atilde;o de capturar lideran&ccedil;as do outro lado&rdquo;.</h2>
O senhor &eacute; a favor desse momento que o governador faz para trazer prefeitos da oposi&ccedil;&atilde;o, que muitas vezes acaba at&eacute; ferindo correligion&aacute;rios do PT?&nbsp;
A pol&iacute;tica &eacute; feita da capacidade de movimentos, mas eu acho que n&oacute;s n&atilde;o podemos ficar presos apenas &agrave; quest&atilde;o de capturar lideran&ccedil;as do outro lado, apesar que voc&ecirc; tem que capturar, mas n&atilde;o pode ser o central do seu movimento. O central do seu movimento &eacute; a gente conseguir dialogar com os setores que produzem na Bahia, com os setores importantes, os empres&aacute;rios, os trabalhadores, as universidades, os centros de pesquisa, as empresas, as cooperativas, &eacute; importante a gente ter um projeto consolidado nesses segmentos que fazem o dia a dia. Porque nas conveni&ecirc;ncias da pol&iacute;tica &agrave;s vezes o prefeito vem, mas o deputado n&atilde;o vem, o vereador n&atilde;o vem, ent&atilde;o &eacute; todo um jogo que faz parte da movimenta&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o pode ser o centro da nossa movimenta&ccedil;&atilde;o.

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A expectativa &eacute; grande entre moradores, trabalhadores, comerciantes, estudantes e a comunidade em geral para a chegada do metr&ocirc; &agrave; regi&atilde;o do Campo Grande em Salvador. A previs&atilde;o de in&iacute;cio das obras, &nbsp;financiadas pelo Programa de Acelera&ccedil;&atilde;o do Crescimento (PAC), &eacute; em 2026.
A iniciativa do Governo do Estado vai revitalizar uma zona da capital baiana, onde se concentra uma s&eacute;rie de equipamentos culturais, a exemplo do Teatro Castro Alves, Concha Ac&uacute;stica e museus, al&eacute;m de estabelecimentos educacionais e de sa&uacute;de.
H&aacute; mais de 50 anos morando na localidade, o administrador de condom&iacute;nios, Darc&iacute;lio Gouveia, vibra quando imagina a possibilidade de pegar o metr&ocirc; no Campo Grande, seguir subterraneamente para a Lapa e de l&aacute; se dirigir &agrave; avenida Tancredo Neves.
&ldquo;Ser&aacute; uma economia de recursos e tempo inacredit&aacute;vel para mim, que sempre fa&ccedil;o o percurso e gasto com abastecimento de combust&iacute;vel do meu carro bem mais do que a passagem, al&eacute;m do estresse de congestionamentos&rdquo;, relata o profissional liberal.&nbsp;
&Eacute; s&oacute; alegria tamb&eacute;m para quem est&aacute; estabelecido em algum neg&oacute;cio na &aacute;rea aonde vai chegar o tramo 4 do metr&ocirc;, com previs&atilde;o de transportar no novo trecho 11 mil usu&aacute;rios di&aacute;rios.
Dono de uma tradicional banca de livros e publica&ccedil;&otilde;es antigas, o Sebo Gra&uacute;na, &Iacute;ndio &eacute; &ldquo;testemunha ocular&rdquo; da queda de circula&ccedil;&atilde;o de gente numa localidade cheia de potencialidades atrativas.
&ldquo;&Eacute; at&eacute; poss&iacute;vel que a pandemia tenha contribu&iacute;do para o afastamento do povo das ruas, mas aqui sofremos tamb&eacute;m com barbeiragens municipais, a exemplo de corte de linhas de &ocirc;nibus pela prefeitura que dificultaram o acesso&rdquo;, diz o empreendedor.
&Iacute;ndio vai mais longe em seu coment&aacute;rio: &ldquo;trabalho aqui a 50 metros do Campo Grande h&aacute; d&eacute;cadas e senti no bolso o esvaziamento de circulantes numa regi&atilde;o com apelo cultural, educacional, aqui est&atilde;o unidades da Ufba, al&eacute;m de ser um polo de sa&uacute;de, com hospital e cl&iacute;nicas&rdquo;.
O morador Darc&iacute;lio lembra ainda que o Campo Grande &eacute; onde tamb&eacute;m se realizam eventos c&iacute;vicos, como o 2 de &nbsp;Julho e o 7 de Setembro, al&eacute;m de integrar o circuito do Carnaval. &ldquo;O metr&ocirc; vai facilitar o acesso de toda a cidade a eles&rdquo;.
Para o governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues, tanto a expans&atilde;o do metr&ocirc; quanto o VLT, que tamb&eacute;m est&aacute; chegando, fazem parte do projeto Nova Bahia, que n&atilde;o poderia deixar de fora Salvador com investimentos sociais e em infraestrutura. &ldquo;O objetivo de nosso governo &eacute; trabalhar para melhorar a vida do povo baiano&rdquo;.

Formatura Afroestima Divulgação

A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e do Programa Salvador Capital Afro, realizou nesta sexta-feira (12), no Audit&oacute;rio Makota Valdina, na sede da Secult, a cerim&ocirc;nia de formatura do AfroEstima 2025. Nesta edi&ccedil;&atilde;o, 422 participantes conclu&iacute;ram o ciclo formativo, que se consolida como uma das principais iniciativas de qualifica&ccedil;&atilde;o e fortalecimento do afroempreendedorismo nas &aacute;reas de cultura, turismo e economia criativa. De 2021 a 2025, foram certificados um total de 2122 afroempreendedores.
A vice-prefeita e secret&aacute;ria municipal de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos, destacou que a formatura representa muito mais do que a entrega de certificados. Segundo ela, cada participante retorna para sua comunidade, neg&oacute;cio, empresa ou espa&ccedil;o profissional levando consigo um novo patamar de reconhecimento e autoestima.
&ldquo;Quando conseguimos unir discurso e pr&aacute;tica, saber e fazer, constru&iacute;mos o caminho do sucesso. O que acontece aqui hoje &eacute; maior que qualquer diploma. Cada pessoa que participou do AfroEstima j&aacute; &eacute; for&ccedil;a viva da cidade, j&aacute; constr&oacute;i Salvador. Agora, volta para casa dizendo: al&eacute;m do que eu sou e do que j&aacute; sei, estou capacitada. Estou movendo a minha cidade e vamos seguir movendo juntos. Isso &eacute; identidade, &eacute; a base de uma cidade antirracista. O Salvador Capital Afro entende quem somos e, a partir disso, constr&oacute;i caminhos coletivos&rdquo;, afirmou a vice-prefeita.
Para a secret&aacute;ria da Repara&ccedil;&atilde;o, Isaura Genoveva, o AfroEstima est&aacute; entre as a&ccedil;&otilde;es mais importantes do munic&iacute;pio para enfrentar o racismo estrutural, fortalecendo caminhos de autonomia econ&ocirc;mica e cidadania. &ldquo;A Prefeitura de Salvador tem sido vanguarda no enfrentamento ao racismo e ao preconceito racial. O AfroEstima faz parte de um conjunto de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que mostram ao mundo como podemos enfrentar o racismo com a&ccedil;&otilde;es concretas, forma&ccedil;&atilde;o e fortalecimento da nossa gente. Que este programa tenha vida longa&rdquo;, pontuou.
A chefe do Gabinete Salvador Capital Afro, Ivete Sacramento, ressaltou o papel central do programa na inclus&atilde;o produtiva e no reconhecimento do valor da cria&ccedil;&atilde;o negra. Para ela, o AfroEstima cumpre a miss&atilde;o de inserir empreendedores negros em um mercado historicamente excludente.
&ldquo;A nossa produ&ccedil;&atilde;o precisa ser monetizada. N&oacute;s, pessoas negras, ficamos s&eacute;culos fora dos processos empresariais do pa&iacute;s, e cabe ao poder p&uacute;blico reparar essa aus&ecirc;ncia. O AfroEstima foi criado para isso, para que cada of&iacute;cio seja reconhecido e valorizado de forma empresarial. Este certificado pode ser o in&iacute;cio ou a continua&ccedil;&atilde;o de um percurso que exige luta, coopera&ccedil;&atilde;o e conex&otilde;es. Sempre que a Prefeitura convocar, venham e tragam outras pessoas. Este programa foi constru&iacute;do a muitas m&atilde;os, e a principal delas &eacute; a m&atilde;o negra criativa&rdquo;, afirmou Ivete.
A cerim&ocirc;nia foi marcada por uma homenagem &agrave; empreendedora Aury F&eacute;lix, aluna do AfroEstima e respons&aacute;vel pela abertura da aula inaugural do programa em 2025. Aury faleceu na &uacute;ltima quinta-feira (11), e sua trajet&oacute;ria ser&aacute; reconhecida como s&iacute;mbolo de resist&ecirc;ncia, criatividade e legado para toda a rede do afroempreendedorismo da cidade.
O evento contou, ainda, com a certifica&ccedil;&atilde;o dos Top 10 e a premia&ccedil;&atilde;o dos tr&ecirc;s primeiros colocados nos pitchs realizados durante o Festival Salvador Capital Afro Territ&oacute;rios, refor&ccedil;ando o compromisso do munic&iacute;pio com a inova&ccedil;&atilde;o, a autonomia econ&ocirc;mica e a visibilidade de neg&oacute;cios liderados por pessoas negras.

Marta Rodrigues E Marcelo Lemos Filho Divulgação

A presidenta da Comiss&atilde;o de Repara&ccedil;&atilde;o da C&acirc;mara de Salvador, vereadora Marta Rodrigues (PT) se solidarizou, nesta sexta-feira (12), com o diretor-geral do Instituto do Patrim&ocirc;nio Art&iacute;stico e Cultural da Bahia (Ipac), Marcelo Ferreira Lemos Filho, ap&oacute;s o epis&oacute;dio de racismo sofrido por ele e divulgado nas redes sociais. O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e &agrave; Intoler&acirc;ncia Religiosa (Decrin).
Para a vereadora, o epis&oacute;dio evidencia a persist&ecirc;ncia do racismo estrutural em Salvador e refor&ccedil;a a urg&ecirc;ncia de fortalecer a luta por respeito, igualdade e prote&ccedil;&atilde;o &agrave; dignidade da popula&ccedil;&atilde;o negra. O &nbsp;ataque ocorreu nas redes sociais, quando um internauta questionou a capacidade de Marcelo de conduzir o Ipac, associando sua suposta incapacidade ao cabelo black do gestor. O agressor escreveu direcionado ao diretor: "O cara n&atilde;o cuida do pr&oacute;prio cabelo, que dir&aacute; de algo t&atilde;o complexo que &eacute; esse instituto e suas demandas". &nbsp;
Segundo a vereadora, o epis&oacute;dio &eacute; um retrato de como o racismo n&atilde;o se limita a agress&otilde;es diretas, mas tamb&eacute;m tenta deslegitimar e intimidar profissionais negros com trajet&oacute;ria s&oacute;lida e reconhecida. "Atitudes como essa n&atilde;o podem ser naturalizadas e refor&ccedil;am a necessidade de enfrentar a discrimina&ccedil;&atilde;o com firmeza, responsabilidade e pol&iacute;ticas p&uacute;blicas permanentes", disse a petista.&nbsp;
"Quando um gestor negro &eacute; atacado por seu lugar de fala e por sua presen&ccedil;a institucional, o que se fere n&atilde;o &eacute; apenas sua trajet&oacute;ria individual, mas a constru&ccedil;&atilde;o coletiva de um estado que valoriza a diversidade", acrescentou.&nbsp;
"Marcelo dirige o Ipac desde 2024 e possui hist&oacute;rico destacado na gest&atilde;o cultural da Bahia, incluindo fun&ccedil;&otilde;es estrat&eacute;gicas na Secretaria da Cultura. Sua trajet&oacute;ria &eacute; marcada pela defesa do patrim&ocirc;nio, articula&ccedil;&atilde;o com territ&oacute;rios e comunidades tradicionais e iniciativas que ampliam o acesso &agrave; cultura como direito", disse a vereadora.&nbsp;
Para Marta, o epis&oacute;dio demonstra como o racismo busca atingir justamente quem contribui para ampliar a representatividade e promover mudan&ccedil;as estruturais. Ela refor&ccedil;ou, ainda, que o combate ao racismo exige vigil&acirc;ncia constante, mobiliza&ccedil;&atilde;o social e comprometimento das institui&ccedil;&otilde;es democr&aacute;ticas. "N&atilde;o enfrentamos um gesto isolado, mas um sistema que tenta, todos os dias, limitar a presen&ccedil;a e a voz da popula&ccedil;&atilde;o negra. Seguiremos juntas e juntos para romper esse ciclo", afirmou.
Marta Rodrigues ressaltou que situa&ccedil;&otilde;es como a vivida por Marcelo devem gerar rea&ccedil;&atilde;o, acolhimento e posicionamento firme do poder p&uacute;blico. "Continuaremos lutando para que Salvador avance na constru&ccedil;&atilde;o de uma cidade antirracista, onde nenhum profissional negro seja alvo de desrespeito por exercer suas fun&ccedil;&otilde;es com compet&ecirc;ncia, legitimidade e compromisso social", destacou.

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O bairro de S&atilde;o Caetano, em Salvador, ganhou nesta quinta-feira (11) um novo e vibrante equipamento de esporte e lazer: a Arena Schindler. Longe de ser apenas mais um campo, o espa&ccedil;o, carinhosamente batizado tamb&eacute;m de "Campo do Para&iacute;so", simboliza a uni&atilde;o de esfor&ccedil;os entre poder p&uacute;blico, iniciativa privada e lideran&ccedil;as comunit&aacute;rias para resgatar e potencializar um polo de conviv&ecirc;ncia social. A cerim&ocirc;nia de inaugura&ccedil;&atilde;o reuniu autoridades importantes, incluindo o prefeito Bruno Reis, que fez quest&atilde;o de refor&ccedil;ar o significado da entrega para a cidade. "A implanta&ccedil;&atilde;o da Arena Schindler &eacute; mais do que uma obra; &eacute; um passo firme no nosso compromisso de levar esporte, lazer e conviv&ecirc;ncia de qualidade para os bairros perif&eacute;ricos. &Eacute; uma pol&iacute;tica p&uacute;blica de bem-estar social e um investimento na nossa juventude", declarou o prefeito, sublinhando a import&acirc;ncia de projetos voltados para a inclus&atilde;o. Do campo comunit&aacute;rio &agrave; arena modelo A concretiza&ccedil;&atilde;o do projeto &eacute; resultado de uma longa hist&oacute;ria de dedica&ccedil;&atilde;o. A &aacute;rea, que hoje se tornou a moderna arena, tem suas ra&iacute;zes em uma doa&ccedil;&atilde;o feita h&aacute; d&eacute;cadas por Renato Schindler. O gesto inicial foi a cess&atilde;o de 1.700 m&sup2; para a Prefeitura, visando a cria&ccedil;&atilde;o de uma &aacute;rea verde com um campo de futebol no loteamento Francisco Goes de Calmon. Com o tempo, a &aacute;rea de uso foi ampliada pelo pr&oacute;prio doador, que permitiu o uso de lotes particulares adjacentes, criando um campo de dimens&otilde;es significativas, cuidado por uma sucess&atilde;o de l&iacute;deres sociais, como Cl&aacute;udio Cerqueira, Milton Almeida, Joselito Embaixador, Ni e Joaquim Rener. A transforma&ccedil;&atilde;o definitiva, que converteu o campo em uma "verdadeira Arena", veio por meio de uma grande reforma articulada pelo vereador George Reis, conhecido como "Gordinho da Favela", em parceria direta com a gest&atilde;o do Prefeito Bruno Reis. O vereador foi publicamente reconhecido por seu papel decisivo na revitaliza&ccedil;&atilde;o total do espa&ccedil;o e seus entornos, atendendo a uma demanda hist&oacute;rica da comunidade. Parceria em foco A homenagem ao idealizador da &aacute;rea de integra&ccedil;&atilde;o foi mantida no nome oficial: Arena Schindler - Campo do Para&iacute;so. E a fam&iacute;lia continua ativamente engajada. Renato Schindler Filho, representando a fam&iacute;lia doadora, foi um dos nomes de destaque na solenidade. O ato de doa&ccedil;&atilde;o do terreno original, que possibilitou a constru&ccedil;&atilde;o do equipamento moderno, foi celebrado como um exemplo de como a iniciativa privada e o poder p&uacute;blico podem convergir em prol do desenvolvimento social. Emocionado, Schindler Filho expressou a satisfa&ccedil;&atilde;o de ver o sonho de seu pai florescer. "Ver realizado o que foi idealizado h&aacute; d&eacute;cadas pelo velho Schindler &eacute; simplesmente extraordin&aacute;rio. Um local de integra&ccedil;&atilde;o comunit&aacute;ria no cora&ccedil;&atilde;o de S&atilde;o Caetano", afirmou. Mais do que apenas entregar a obra, Schindler Filho tem se dedicado &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o e melhoramento do espa&ccedil;o, al&eacute;m de trabalhar na cria&ccedil;&atilde;o de uma Liga Desportiva para o local. Segundo ele, a Liga "garantir&aacute; uma maior integra&ccedil;&atilde;o entre as pessoas que utilizam a arena, bem como acesso a incentivos governamentais". O empres&aacute;rio tamb&eacute;m patrocina times e escolinhas de treinamento para crian&ccedil;as, refor&ccedil;ando a cren&ccedil;a de que "Lugar das crian&ccedil;as &eacute; na escola e no Esporte, n&atilde;o na rua".

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A 19&ordf; Alvorada dos Oj&aacute;s, que este ano homenageia Oxal&aacute;, ser&aacute; realizada nesta sexta-feira (12), &agrave;s 18h. Atividade pol&iacute;tico-religiosa que consiste na amarra&ccedil;&atilde;o de tecidos brancos sagrados em &aacute;rvores da capital baiana, sempre no m&ecirc;s de novembro, a a&ccedil;&atilde;o pede paz e respeito &agrave; liberdade de cren&ccedil;a. A cada ano, um terreiro diferente recebe a Alvorada. Em 2025, o Il&ecirc; Ax&eacute; Ejigb&ocirc; foi escolhido.&nbsp;
Realizada h&aacute; 19 anos pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN), entidade nacional de luta pelos direitos da popula&ccedil;&atilde;o negra, a atividade deste ano homenageia, al&eacute;m do orix&aacute; Oxal&aacute;, as divindades Lissa e Lemba, respetivamente vodum e nkisse das na&ccedil;&otilde;es Jeje e Angola. Para 2026, o ato pede que seja um ano marcado por voto consciente, que rejeite projetos extremistas que alimentam intoler&acirc;ncia, racismo religioso e desinforma&ccedil;&atilde;o.
&ldquo;Depois de afirmar a luz, nomeamos a urg&ecirc;ncia: a viol&ecirc;ncia contra a juventude negra da Bahia rompe qualquer &eacute;tica de sociedade. Que este chamado fortale&ccedil;a escolhas capazes de proteger vidas, restaurar dignidades, e reposicionar a paz como compromisso coletivo. Sob Oxal&aacute; que acalma, Liss&aacute; que ilumina e Lemba que pacifica, que a Bahia reencontre serenidade e que a juventude negra viva&rdquo;, destacou Pai Marcio Ferreira, babalorix&aacute; do Il&ecirc; Ax&eacute; Ejigb&ocirc; e coordenador jur&iacute;dico do (CEN).
Todos os pedidos feitos na Alvorada s&atilde;o representados no ato de adornar as &aacute;rvores soteropolitanas com os tecidos usados cotidianamente para cobrir a cabe&ccedil;a de adeptos do candombl&eacute;, durante os ritos religiosos. A amarra&ccedil;&atilde;o dos tecidos sagrados ocorrer&aacute; no Dique do Toror&oacute;, Campo Grande, Corredor da Vit&oacute;ria e no bairro de Cajazeiras XI, onde est&aacute; localizado o terreiro anfitri&atilde;o. Antes desse ato, no pr&oacute;prio templo escolhido, ser&aacute; realizada, a partir das 18h, a cerim&ocirc;nia de sacraliza&ccedil;&atilde;o dos Ojas e sauda&ccedil;&otilde;es de v&aacute;rias lideran&ccedil;as sociais, pol&iacute;ticas e religiosas, em car&aacute;ter ecum&ecirc;nico.&nbsp;
&ldquo;Sob nosso Pai Oxal&aacute;, buscamos a clareza que reorganiza caminhos. Sob nosso Pai Liss&aacute;, reconhecemos a luz que orienta ciclos. Sob nosso Pai Lemba, sustentamos a cura que integra corpo, esp&iacute;rito e territ&oacute;rio. A paz aqui &eacute; pr&aacute;tica, m&eacute;todo e governan&ccedil;a do cuidado. Cada al&aacute; erguido declara confian&ccedil;a no futuro e no poder de transformar destinos&rdquo;, destacou a coordenadora nacional de g&ecirc;nero do CEN, Iraildes Andrade.
Como tradicionalmente ocorre, os tecidos ser&atilde;o pintados em branco sobre branco, sob a lideran&ccedil;a do artista pl&aacute;stico e presidente do Cortejo Afro, Alberto Pitta, que todos os anos elabora uma estamparia especial para a Alvorada dos Oj&aacute;s e realiza a pintura dos panos no seu ateli&ecirc; no Il&ecirc; Ax&eacute; Oy&aacute;.
O evento &eacute; apoiado pela Coordenadoria Ecum&ecirc;nica de Servi&ccedil;o (CESE), Funda&ccedil;&atilde;o Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Assist&ecirc;ncia e Desenvolvimento Social (SEADES) e da Secretaria de Promo&ccedil;&atilde;o da Igualdade Racial (SEPROMI).

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O desembargador eleitoral Danilo Costa Luiz promove, nesta quinta (11), o lan&ccedil;amento de seu novo livro &ldquo;Normas Fundamentais do C&oacute;digo de Processo Civil Brasileiro: acesso &agrave; justi&ccedil;a, dura&ccedil;&atilde;o razo&aacute;vel do processo e a tens&atilde;o entre formalismo e efetividade&rdquo;. A obra aborda princ&iacute;pios estruturantes do processo civil contempor&acirc;neo, discutindo os desafios para garantir maior efetividade, equil&iacute;brio e acessibilidade na Justi&ccedil;a brasileira.
O evento ser&aacute; realizado &agrave;s 17h, na Sala de Sess&atilde;o do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), reunindo operadores do Direito, autoridades e estudiosos do tema. O livro conta com apresenta&ccedil;&atilde;o do desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra e pref&aacute;cio do ministro Alberto Balazeiro.

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A Comiss&atilde;o de Defesa dos Direitos da Mulher da C&acirc;mara Municipal de Salvador, presidida pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos), realizou na manh&atilde; desta quarta-feira (10) uma reuni&atilde;o emergencial ap&oacute;s receber v&aacute;rias den&uacute;ncias de mulheres que afirmam ter sido v&iacute;timas de estupro praticado por motoristas de aplicativo. Os relatos envolvem profissionais das plataformas Uber e 99Pop, e apresentam padr&otilde;es de viol&ecirc;ncia que acenderam um alerta grave entre as representantes da Casa.
As den&uacute;ncias chegaram simultaneamente &agrave; Comiss&atilde;o e &agrave; Procuradoria da Mulher, que se reuniram para discutir medidas imediatas diante da gravidade da situa&ccedil;&atilde;o. Durante o encontro, foram avaliados caminhos para fortalecer o acolhimento das v&iacute;timas, ampliar a apura&ccedil;&atilde;o e garantir que os casos n&atilde;o fiquem impunes. A preocupa&ccedil;&atilde;o central &eacute; impedir que a vulnerabilidade das usu&aacute;rias se torne permanente e que plataformas digitais deixem de assumir suas responsabilidades.
Como encaminhamento principal, ficou decidido que a Comiss&atilde;o e a Procuradoria solicitar&atilde;o uma reuni&atilde;o coletiva com a DEAM (Delegacia Especial de Atendimento &agrave; Mulher), com representantes da Rede de Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Mulher, e com o prepostos da Uber e da 99Pop no Brasil. O encontro servir&aacute; para cobrar explica&ccedil;&otilde;es formais, exigir transpar&ecirc;ncia sobre os protocolos de seguran&ccedil;a, buscar solu&ccedil;&otilde;es imediatas e alinhar medidas preventivas.
A vereadora Ireuda Silva destacou que o caso n&atilde;o ser&aacute; tratado com suavidade nem protela&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Quando uma mulher entra em um carro de aplicativo, ela espera chegar ao destino, n&atilde;o ao pesadelo. A Comiss&atilde;o da Mulher tomar&aacute; todas as provid&ecirc;ncias necess&aacute;rias para que esses crimes sejam investigados com rigor, para que as v&iacute;timas sejam acolhidas e para que as empresas assumam sua parte na responsabilidade. N&oacute;s n&atilde;o vamos nos calar diante dessa barbaridade&rdquo;, afirmou.

Kleber Rosa Divulgação

Em nota enviada &agrave; imprensa, Kleber Rosa (PSOL) dispara contra Cl&aacute;udio Tinoco (Uni&atilde;o Brasil). O psolista afirma que o vereador est&aacute; tentando tax&aacute;-lo como "raivoso" e que na sess&atilde;o da C&acirc;mara Municipal, na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (9), ele foi "o &uacute;nico a se abster do relat&oacute;rio contr&aacute;rio &agrave; cassa&ccedil;&atilde;o do vereador Hamilton Assis (PSOL) e faz parte da linha de frente da tentativa de cassa&ccedil;&atilde;o do mandato de Eliete Paraguassu (PSOL)".
Kleber admite que foi contundente na defesa do mandato da vereadora Eliete Paraguassu em seu podcast &ldquo;50 minutos com Kleber Rosa&rdquo;, mas que n&atilde;o fez nenhuma amea&ccedil;a a Tinoco. Ele diz que ressaltou a for&ccedil;a popular em defesa da primeira quilombola na C&acirc;mara de Vereadores, que lidera a bancada do PSOL. &ldquo;N&atilde;o fiz nenhuma amea&ccedil;a, e ele sabe disso, apenas disse que Eliete n&atilde;o est&aacute; s&oacute; e vamos mostrar essa for&ccedil;a. Mas parece que o vereador Tinoco n&atilde;o aceita cr&iacute;ticas de lideran&ccedil;as negras.&rdquo;
Rosa ainda acrescenta: &ldquo;Essa tentativa de taxar os negros como raivosos e briguentos &eacute; muito antiga. Era assim que a Casa-Grande chamava os escravizados que constru&iacute;am os quilombos na luta por liberdade&rdquo;. O acirramento entre a bancada do PSOL e a bancada do governo na C&acirc;mara se intensificou desde a greve dos professores e servidores municipais.
Kleber Rosa pontua que essa disputa "reflete a continuidade das elei&ccedil;&otilde;es municipais de 2024, na qual ele ficou em segundo lugar. &ldquo;Cl&aacute;udio Tinoco &eacute; reconhecidamente um dos vereadores mais alinhados com o carlismo, atuando como uma lideran&ccedil;a do Uni&atilde;o Brasil em Salvador na pr&eacute;-candidatura de ACM Neto ao Pal&aacute;cio de Ondina", afirma o psolista.
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="https://www.politicalivre.com.br/2025/12/tinoco-propoe-kit-vereador-de-seguranca-apos-ameacas-de-kleber-rosa" target="_blank" rel="noopener">Tinoco prop&otilde;e &ldquo;kit vereador&rdquo; de seguran&ccedil;a ap&oacute;s "amea&ccedil;as" de Kleber Rosa</a></li>
<li><a href="https://www.politicalivre.com.br/2025/12/uniao-brasil-de-salvador-repudia-ameacas-contra-o-vereador-claudio-tinoco" target="_blank" rel="noopener">Uni&atilde;o Brasil de Salvador repudia amea&ccedil;as contra o vereador Claudio Tinoco</a></li>
<li><a href="https://www.politicalivre.com.br/2025/12/graves-e-estarrecedoras-diz-tinoco-sobre-declaracoes-de-kleber-rosa" target="_blank" rel="noopener">'Graves e estarrecedoras', diz Tinoco sobre declara&ccedil;&otilde;es de Kleber Rosa</a></li>
</ul>

Rebeca Reis Divulgação

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) e a Secretaria Municipal da Educa&ccedil;&atilde;o (Smed) realizaram, nesta quarta-feira (10), a solenidade de premia&ccedil;&atilde;o da terceira edi&ccedil;&atilde;o do Concurso de Reda&ccedil;&atilde;o da Defesa Civil, que este ano teve como tema &ldquo;Impactos do Racismo Ambiental&rdquo;.
O evento, aberto pela primeira-dama do munic&iacute;pio, Rebeca Reis, ocorreu no Centro de Forma&ccedil;&atilde;o de Professores Em&iacute;lia Ferreira, no Costa Azul. A iniciativa mobilizou 484 estudantes de 11 escolas da rede municipal, com idades entre 8 e 14 anos. Desse total, 87 alunos foram classificados. Todos os participantes est&atilde;o matriculados entre o 3&ordm; e o 5&ordm; ano do ensino fundamental I.
Os alunos da rede municipal, Luisa Vit&oacute;ria Souza Lima, da Escola Municipal Professor Roberto Correia (Pau da Lima); Ana Luiza Santana, da Escola Municipal Professor Ricardo Pereira (Cajazeiras); e Miguel Vinicius de Santana dos Santos, da Escola Municipal Crian&ccedil;a Feliz (Granjas Rurais), foram anunciados como os vencedores do certame, conquistando, respectivamente, o primeiro, segundo e terceiro lugares.
A cerim&ocirc;nia contou ainda com a palestra da escritora juvenil Luiza Meirelles, autora do livro &ldquo;De que cor &eacute; o arco-&iacute;ris?&rdquo;. Em sua apresenta&ccedil;&atilde;o, ela destacou a import&acirc;ncia da preven&ccedil;&atilde;o e do enfrentamento ao racismo entre estudantes da rede p&uacute;blica.
Tema &ndash; Ao se dirigir aos alunos durante a abertura do evento, a primeira-dama Rebeca Reis ressaltou a pertin&ecirc;ncia da tem&aacute;tica escolhida.
&ldquo;&Eacute; uma imensa alegria celebrar mais uma edi&ccedil;&atilde;o do Concurso de Reda&ccedil;&atilde;o da Defesa Civil, que mobiliza nossos estudantes a refletirem com sensibilidade e coragem sobre temas que impactam diretamente suas vidas. O racismo ambiental, tema deste ano, evidencia que os danos do desequil&iacute;brio ambiental n&atilde;o atingem a todos de forma igual &mdash; e que comunidades negras e mais vulnerabilizadas est&atilde;o entre as mais afetadas&rdquo;, afirmou.
Ela acrescentou: &ldquo;Iniciativas como esta despertam consci&ecirc;ncia cr&iacute;tica e fortalecem nos jovens a capacidade de imaginar e construir uma cidade mais justa, segura e humana. Parabenizo cada aluno, professor e gestor envolvido. Nossos jovens escritores mostram que o futuro j&aacute; come&ccedil;ou e que ele pode &mdash; e deve &mdash; ser mais verde, mais justo e mais igual&rdquo;.
O diretor-geral da Codesal, Sosthenes Mac&ecirc;do, destacou a import&acirc;ncia da aproxima&ccedil;&atilde;o com a comunidade escolar: &ldquo;Estamos muito felizes com o resultado e o empenho dos nossos alunos. Temos contado com participantes de toda a rede. Este ano, estamos realizando uma edi&ccedil;&atilde;o ainda maior e melhor. O concurso &eacute; mais uma forma de nos aproximarmos do p&uacute;blico infantil, mostrando o trabalho essencial que a Defesa Civil realiza durante todo o ano".
J&aacute; o secret&aacute;rio municipal da Educa&ccedil;&atilde;o, Thiago Dantas, refor&ccedil;ou que o debate nas escolas contribui para a forma&ccedil;&atilde;o cidad&atilde;: &ldquo;O racismo ambiental &eacute; uma realidade que afeta diretamente muitas comunidades. Trazer esse debate para o ambiente escolar &eacute; essencial para formar cidad&atilde;os conscientes e preparados para transformar a realidade ao seu redor&rdquo;.
Alcance &ndash; A chefe de A&ccedil;&otilde;es Educativas da Codesal, Rafaela Oliveira, lembrou que o concurso integra as a&ccedil;&otilde;es do Projeto Defesa Civil nas Escolas (PDCE), criado em 2017 para fortalecer o protagonismo dos alunos que vivem em comunidades pr&oacute;ximas a &aacute;reas de risco. &ldquo;O programa busca capacit&aacute;-los para a preven&ccedil;&atilde;o de acidentes e para a ado&ccedil;&atilde;o de comportamentos seguros em situa&ccedil;&otilde;es adversas&rdquo;, destacou.
O PDCE e o PDCEJA (voltado &agrave; Educa&ccedil;&atilde;o de Jovens e Adultos) j&aacute; alcan&ccedil;aram 11.394 estudantes da rede municipal entre 2017 e 2025. Tamb&eacute;m foram realizadas este ano a&ccedil;&otilde;es de fortalecimento do projeto, em parceria com a Neoenergia Coelba, beneficiando mais 679 estudantes das escolas Roberto Correia, Crian&ccedil;a Feliz, Amai Pro e Periperi.
A sele&ccedil;&atilde;o das reda&ccedil;&otilde;es finalistas seguiu edital pr&oacute;prio. Cada escola formou uma banca avaliadora para selecionar as dez melhores produ&ccedil;&otilde;es, enviadas posteriormente para a Codesal. Em uma segunda etapa, professores convidados elegeram a melhor reda&ccedil;&atilde;o de cada unidade escolar. Por fim, a banca final definiu os vencedores do 1&ordm;, 2&ordm; e 3&ordm; lugares. Os premiados receberam vouchers para visita aos principais museus mantidos pela Prefeitura, kits did&aacute;ticos e city tour.

Carlos Muniz Antonio Queirós CMS

O presidente da C&acirc;mara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), intensificou o di&aacute;logo com a presidente da Funda&ccedil;&atilde;o M&aacute;rio Leal Ferreira (FMLF), T&acirc;nia Scolfied, para que seja iniciado o processo de recupera&ccedil;&atilde;o do Cine Excelsior, im&oacute;vel hist&oacute;rico que abrigar&aacute; o novo plen&aacute;rio do Legislativo. Na &uacute;ltima semana, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF) instaurou Inqu&eacute;rito Civil para que sejam feitas interven&ccedil;&otilde;es que preservem a edifica&ccedil;&atilde;o, que estaria amea&ccedil;ada de desabamento.
De acordo com a presidente da funda&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o h&aacute; risco iminente de o pr&eacute;dio desabar, conforme atestaram os t&eacute;cnicos da FMLF, da Sucop e da Defesa Civil de Salvador. T&acirc;nia disse ter conversado com o superintende de Obras P&uacute;blicas, Orlando Castro, que explicou que n&atilde;o h&aacute; nada que comprometa o Cine Excelsior.
&ldquo;Ap&oacute;s uma vistoria feita esta semana, passamos a preparar uma licita&ccedil;&atilde;o emergencial, para que possamos fazer o escoramento provis&oacute;rio do local, garantindo a integridade do equipamento, at&eacute; que a obra total seja executada&rdquo;, disse Orlando.&nbsp;
Ele explicou ainda que durante a execu&ccedil;&atilde;o da obra ser&aacute; feita toda a recupera&ccedil;&atilde;o estrutural das vigas, do telhado e das estruturas met&aacute;licas, que s&atilde;o as treli&ccedil;as que sustentam o teto do pr&eacute;dio. &nbsp;
Projeto apresentado aos vereadores&nbsp;
No &uacute;ltimo dia 10, o presidente Carlos Muniz apresentou o projeto do novo plen&aacute;rio do Cine Excelsior aos vereadores. O local contar&aacute; com plen&aacute;rio com galeria superior para 130 pessoas, que poder&atilde;o acompanhar as sess&otilde;es ordin&aacute;rias, especiais, solenes e as audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas.&nbsp;
Segundo Muniz, a Prefeitura est&aacute; adotando todas as medidas necess&aacute;rias para atender as recomenda&ccedil;&otilde;es do MPF. &ldquo;Vistorias j&aacute; foram feitas tanto pela Sucop quanto pela Defesa Civil, para que n&atilde;o ocorra risco algum para a implementa&ccedil;&atilde;o do projeto&rdquo;, destacou.&nbsp;
Mudan&ccedil;a tempor&aacute;ria da C&acirc;mara&nbsp;
Durante o processo de licita&ccedil;&atilde;o e execu&ccedil;&atilde;o das obras, que ser&atilde;o conduzidos pela Prefeitura, as atividades da C&acirc;mara ser&atilde;o transferidas provisoriamente para o antigo pr&eacute;dio do TRT, no Com&eacute;rcio. A previs&atilde;o de dura&ccedil;&atilde;o das obras &eacute; de 18 meses, a contar da aprova&ccedil;&atilde;o do projeto, que est&aacute; sob an&aacute;lise do Ipac. O Iphan j&aacute; deu o aval para realiza&ccedil;&atilde;o das interven&ccedil;&otilde;es.

Radar Do Poder 2

Resist&ecirc;ncia a...
Com a proximidade do ano eleitoral, petistas se preocupam com a dificuldade do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) em aceitar conselhos. Dizem que entre os tr&ecirc;s petistas que assumiram o governo do Estado, o senador Jaques Wagner era de longe o mais acess&iacute;vel e aberto a ouvir cr&iacute;ticas e recomenda&ccedil;&otilde;es. O ministro Rui Costa (Casa Civil), que o sucedeu, embora um pouco mais relutante, tamb&eacute;m acabava reconhecendo o valor de um bom aconselhamento.
... conselhos
Este n&atilde;o seria o caso, entretanto, de Jer&ocirc;nimo, segundo boa parte dos petistas. Um deles relata &agrave; coluna que, numa ocasi&atilde;o, se aproximou do governador discretamente para passar-lhe um recado com rela&ccedil;&atilde;o a uma situa&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica e assistiu a uma rea&ccedil;&atilde;o explosiva do petista, que lhe questionou na tampa se achava que ele n&atilde;o tinha compet&ecirc;ncia para resolver o problema. Eles dizem que o comportamento do governador vai aos poucos afastando dele quem poderia ajud&aacute;-lo.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/26a49c0b-0398-4bbb-b265-0439396aeb97.jpg?width=300&amp;height=300" alt="Jer&ocirc;nimo Rodrigues">
Mesma aposta
No time do ex-prefeito ACM Neto (Uni&atilde;o Brasil), candidato das oposi&ccedil;&otilde;es ao governo da Bahia cuja estrat&eacute;gia est&aacute; atrelada &agrave; candidatura presidencial do governador de S&atilde;o Paulo, prossegue, sem o menor lampejo de d&uacute;vida, a certeza de que Tarc&iacute;sio de Freitas (Republicanos) ser&aacute; a aposta do centro, da direita e da extrema direita &agrave; sucess&atilde;o presidencial, apesar do an&uacute;ncio mambembe do senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (PL) de que disputar&aacute; a Presid&ecirc;ncia.
Bem pago
A esperan&ccedil;a baseia-se na alega&ccedil;&atilde;o de que o pre&ccedil;o exigido pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro para se retirar da disputa j&aacute; foi pago: a aprova&ccedil;&atilde;o, ontem, pela C&acirc;mara dos Deputados, do projeto da dosimetria que reduz a pena dele pelo crime de golpe de Estado, depois de uma reuni&atilde;o, no dia anterior, com o pr&oacute;prio Fl&aacute;vio da qual participaram os caciques nacionais do Uni&atilde;o Brasil, Ant&ocirc;nio de Rueda, e do PP, Ciro Nogueira.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/06f41143-3501-4e3b-9bd4-252f06bacda5.jpg?width=300&amp;height=200" alt="Tarc&iacute;sio de Freitas">
Candidatos
Dois candidatos &agrave;s elei&ccedil;&otilde;es proporcionais do pr&oacute;ximo ano tiram o sono das bancadas governistas na Assembleia e na C&acirc;mara dos Deputados. S&atilde;o o todo-poderoso chefe de Gabinete de Wagner, Lucas Reis, que postula uma vaga na C&acirc;mara dos Deputados, e a secret&aacute;ria estadual de Sa&uacute;de, Roberta Santana, candidata a estadual, que contam com o apoio expl&iacute;cito da m&aacute;quina estadual. Para onde os dois v&atilde;o, deputados petistas seguem em seguida a fim de realinhar suas alian&ccedil;as para o pleito.&nbsp; ** Verifique atualiza&ccedil;&atilde;o ao final da coluna.
Decep&ccedil;&atilde;o
Em conversa recente com aliados, Jaques Wagner teria relatado ter ficado decepcionado com o deputado federal Diego Coronel (PSD), filho do senador Angelo Coronel no qual reconhece um grande talento pol&iacute;tico. Segundo o petista, na tentativa de ajudar o pai a disputar a reelei&ccedil;&atilde;o na chapa petista, Diego teria passado a fazer campanha pela escolha de Rui Costa para a outra vaga de senador, excluindo Wagner.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/0ed1fc08-aeaf-4892-b17f-a8b16652cf52.jpg?width=300&amp;height=300" alt="Diego Coronel">
Quem falhou
Quem resiste &agrave; candidatura &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o de Wagner na chapa governista, argumenta que o senador abriu m&atilde;o de concorrer de novo ao cargo em 2022, durante o imbr&oacute;glio que &nbsp;antecedeu a escolha de Jer&ocirc;nimo. Na &eacute;poca, para pacificar a base, Wagner teria dito que, depois de coordenar a campanha do petista ao governo, Rui seria candidato ao Senado em 2026, j&aacute; que n&atilde;o pretendia mais se candidatar nas elei&ccedil;&otilde;es seguintes. A promessa de n&atilde;o concorrer, no entanto, n&atilde;o est&aacute; sendo cumprida.&nbsp;
Distor&ccedil;&atilde;o
A den&uacute;ncia da presidente da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia, Daniela Borges, de que o Tribunal de Justi&ccedil;a baiano inflou dados que distorceram positivamente indicadores sobre sua atua&ccedil;&atilde;o junto ao Conselho Nacional de Justi&ccedil;a vai ser apurada pelo &oacute;rg&atilde;o por ocasi&atilde;o da correi&ccedil;&atilde;o prevista para abril no TJ. Na ocasi&atilde;o, se espera que se apure quem esteve por tr&aacute;s da estrat&eacute;gia que induziu o CNJ a erro.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/de1d0275-8c5b-493a-a19b-479accdf837f.jpg?width=300&amp;height=300" alt="Daniela Borges">
Palanque bolsonarista
O lan&ccedil;amento da pr&eacute;-candidatura do senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (RJ) &agrave; Presid&ecirc;ncia pelo PL deve pressionar o presidente do partido na Bahia, Jo&atilde;o Roma, a disputar novamente o governo do Estado em 2026. A avalia&ccedil;&atilde;o de lideran&ccedil;as da sigla em Bras&iacute;lia &eacute; de que, se Fl&aacute;vio levar o projeto adiante representando o pai, o ex-presidente Jair Bolsonado (PL) precisar&aacute; de um palanque na Bahia, algo que, tudo indica, n&atilde;o vir&aacute; de ACM Neto (Uni&atilde;o Brasil).&nbsp;
Candidato pr&oacute;prio
O ex-prefeito de Salvador, que mira o Pal&aacute;cio de Ondina, que n&atilde;o deseja carregar o desgaste do bolsonarismo e prefere uma candidatura presidencial do governador de S&atilde;o Paulo, Tarc&iacute;sio de Freitas (Republicanos) deve caminhar com o presidenci&aacute;vel do pr&oacute;prio partido, o governador de Goi&aacute;s, Ronaldo Caiado (Uni&atilde;o), caso o nome do gestor paulista n&atilde;o vingue. Outra hip&oacute;tese &eacute; Neto abrir o palanque para todos os candidatos que se habilitarem pela direita e centro-direita.&nbsp;
Pitacos
* O CNJ j&aacute; tem material para apurar no que resultou a distor&ccedil;&atilde;o de dados sobre a produtividade do TJ baiano: uma propaganda paga com dinheiro p&uacute;blico pela gest&atilde;o atual divulgando as informa&ccedil;&otilde;es que, segundo a OAB, n&atilde;o s&atilde;o verdadeiras.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/08fd0979-c081-4f2d-96d9-411a373720d1.jpeg?width=1400&amp;height=191" alt="TJBA">
* Nem sempre o TJ baiano esteve sob a mira do CNJ. Em 2021, o &oacute;rg&atilde;o concedeu ao Tribunal baiano o Selo Ouro de Qualidade por efici&ecirc;ncia e planejamento, na gest&atilde;o do desembargador Lourival Trindade. Quem anda na frente no quesito &eacute; o TJ do Amazonas, que conquistou pela terceira vez o Selo Diamante de Qualidade do Conselho.
* Lideran&ccedil;as do PL avaliam que Jo&atilde;o Roma pode perder o comando do partido na Bahia caso n&atilde;o seja candidato a governador na hip&oacute;tese, hoje considerada improv&aacute;vel, de Fl&aacute;vio insistir na candidatura &agrave; Presid&ecirc;ncia. De olho no Senado, ele j&aacute; sinalizou que estaria disposto a concorrer ao cargo apenas se ACM Neto desistisse.
* O PL tem outros nomes para concorrer ao governo da Bahia e assegurar o palanque a Fl&aacute;vio Bolsonaro. Os dois principais hoje s&atilde;o o deputado federal Capit&atilde;o Alden, que sempre desejou assumir o comando da legenda no Estado, descadeirando Jo&atilde;o Roma, e a m&eacute;dica Ra&iacute;ssa Soares.&nbsp;
* Logo ap&oacute;s o an&uacute;ncio da pr&eacute;-candidatura de Fl&aacute;vio Bolsonaro, Jo&atilde;o Roma divulgou nota de apoio nas redes sociais. Fl&aacute;vio deseja que o correligion&aacute;rio baiano articule o apoio de ACM Neto, cen&aacute;rio considerado improv&aacute;vel devido &agrave; alta rejei&ccedil;&atilde;o ao bolsonarismo no Estado.&nbsp;
* Se Roma for candidato ao governo, tende a tirar votos de Neto, como ocorreu no primeiro turno de 2022, o que preocupa setores da oposi&ccedil;&atilde;o.
* O deputado estadual Vitor Azevedo vai deixar o PL e se filiar ao Avante, segundo apurou a coluna com fontes pr&oacute;ximas ao partido presidido na Bahia por Ronaldo Carletto. Ele se junta no mesmo movimento aos deputados estaduais Felipe Duarte, que est&aacute; saindo do PP, e a Laerte do Vando, de sa&iacute;da do Podemos, que s&atilde;o governistas.&nbsp;
* Durante a sabatina na Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a (CCJ) da Assembleia para aprovar a indica&ccedil;&atilde;o do pr&oacute;prio ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), realizada nesta ter&ccedil;a (10), o deputado Otto Filho (PSD) leu integralmente seu discurso pelo celular, deixando a apresenta&ccedil;&atilde;o lenta e truncada.&nbsp;
* Houve quem brincasse que o filho de fato n&atilde;o soube aproveitar totalmente os ensinamentos do pai, o senador Otto Alencar (PSD), na pol&iacute;tica. Tanto que estava se aposentado, embora com todo o luxo e pompa que um cargo de conselheiro confere, de forma t&atilde;o precoce.&nbsp;
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/ecb6cbcf-202f-4ff7-838e-3a0017fec306.jpg?width=300&amp;height=300" alt="Otto Filho">
Mesmo preso, o deputado estadual Binho Galinha (PRD) segue articulando a libera&ccedil;&atilde;o de emendas para Feira e regi&atilde;o. Ele tamb&eacute;m tem mantido seus eleitores informados por meio das redes sociais, onde divulga a&ccedil;&otilde;es e atualiza&ccedil;&otilde;es do mandato.
** Na nota 'Candidatos" esta coluna trocou o nome da secret&aacute;ria estadual de Educa&ccedil;&atilde;o Rowena Brito pelo da secret&aacute;ria estadual de Sa&uacute;de, Roberta Santana. Na verdade, a candidata a deputada estadual que tem deixado os colegas petistas preocupados &eacute; Rowena. Pelo equ&iacute;voco, a Radar do Poder pede desculpas a seus leitores.

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