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<a href="https://politicalivre.com.br/2025/07/eleicao-do-pt-na-bahia-tem-denuncia-de-mortos-como-eleitores-e-caso-deve-ir-a-justica/#gsc.tab=0">Passada a acirrada disputa interna no Processo de Elei&ccedil;&atilde;o Direta (PED), recheada de den&uacute;ncias de irregularidades e at&eacute; de mortos como eleitores</a>, integrantes do PT da Bahia iniciaram o movimento de cicatrizar as feridas e reagrupar as for&ccedil;as para pr&oacute;ximo desafio eleitoral da porta para fora, que coloca em jogo a hegemonia de 20 anos do grupo no Governo do Estado. Entre os que dizem j&aacute; ter virado a p&aacute;gina est&aacute; o ex-presidente estadual Jonas Paulo, derrotado por T&aacute;ssio Brito no &uacute;ltimo PED, a quem fez duras cr&iacute;ticas ao longo da campanha.&nbsp;
Nesta entrevista exclusiva, concedida ao Pol&iacute;tica Livre na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (22), quando seguia para uma reuni&atilde;o da Executiva do PT na Assembleia Legislativa, Jonas afirma que, como um dos fundadores, tem &ldquo;responsabilidade com a condu&ccedil;&atilde;o do partido&rdquo;, apontando que se avizinha uma corrida dif&iacute;cil. &nbsp; &ldquo;Estamos trabalhando numa linha de construir a unidade, porque a disputa n&atilde;o ser&aacute; f&aacute;cil&rdquo;.
Ele diz que o legado de cinco mandatos credencia o grupo a uma nova rodada, mas adverte os correligion&aacute;rios a n&atilde;o &ldquo;negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio&rdquo;, nem ainda deter-se em debates laterais, a exemplo da forma&ccedil;&atilde;o da chapa ao Senado, sen&atilde;o em consolidar a lideran&ccedil;a do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues. &ldquo;N&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo&rdquo;.
Sobre o desenho nacional, Jonas Paulo diz que o PT baiano ter&aacute; novamente a miss&atilde;o de assegurar a margem de votos para manter Lula no Planalto por mais quatro anos, &ldquo;porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas [&hellip;] O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu&rdquo;.
Leia a entrevista completa:
Como ficou o ambiente no partido depois que decantou aquela disputa acirrada do PED?
O ambiente est&aacute; tranquilo, eu sou fundador do PT, portanto tenho responsabilidade com a condu&ccedil;&atilde;o do partido. Eu estou indo para a dire&ccedil;&atilde;o nacional, para a dire&ccedil;&atilde;o da Funda&ccedil;&atilde;o Perseu Abramo, estou aqui no governo coordenando o plano estrat&eacute;gico de desenvolvimento do Estado, estamos trabalhando numa linha de construir a unidade, porque a disputa n&atilde;o ser&aacute; f&aacute;cil. Aqueles que acham que a disputa ser&aacute; f&aacute;cil est&atilde;o enganados. N&oacute;s precisamos consolidar a lideran&ccedil;a do governador no Estado, precisamos trabalhar o governador como uma lideran&ccedil;a jovem que abre a perspectiva, de fato, da moderniza&ccedil;&atilde;o da Bahia, de criar esperan&ccedil;a para o povo da Bahia. J&aacute; fizemos a democratiza&ccedil;&atilde;o, j&aacute; fizemos obra, mas n&oacute;s precisamos apresentar o futuro, um futuro est&aacute;vel, um futuro de desenvolvimento, um futuro em que a Bahia ocupe o seu lugar no pa&iacute;s, e essa lideran&ccedil;a chama-se Jer&ocirc;nimo Rodrigues, que precisa ser afirmada junto com o presidente Lula. N&oacute;s temos que construir a gera&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-Lula, e a gera&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-Lula passa pela afirma&ccedil;&atilde;o da lideran&ccedil;a de Jer&ocirc;nimo. N&atilde;o podemos entrar em discuss&otilde;es menores que n&atilde;o est&atilde;o no centro da estrat&eacute;gia, porque para n&oacute;s o mais importante &eacute; ampliar a bancada, eleger o governador, manter a Bahia como retaguarda estrat&eacute;gica da vit&oacute;ria nacional, botar a Bahia como centro decisivo das elei&ccedil;&otilde;es nacionais junto com o Nordeste.&nbsp;
E que proje&ccedil;&atilde;o o senhor faz para esse pr&oacute;ximo ciclo eleitoral?
N&oacute;s n&atilde;o temos desgaste de material para dizer que o PT esgotou, n&atilde;o, n&oacute;s estamos com muita vitalidade, com muita proposta [&hellip;] O PT tem que ser a for&ccedil;a que dialoga com a sociedade, resgatar a sua hegemonia. Quando eu sa&iacute; da presid&ecirc;ncia, o PT tinha dez federais, 14 estaduais e 93 prefeitos. N&oacute;s vamos retomar essa ofensiva, respeitando os aliados, todos cresceram, mas o PT tinha o protagonismo e n&oacute;s estamos buscando construir essa perspectiva. Eu estou muito confiante de que n&oacute;s vamos para uma disputa dif&iacute;cil, tanto a nacional como estadual, elei&ccedil;&atilde;o dura. N&oacute;s n&atilde;o podemos negligenciar as interven&ccedil;&otilde;es externas no processo brasileiro, n&atilde;o d&aacute; para pensar que os Estados Unidos v&atilde;o assistir e bater palmas para essa elei&ccedil;&atilde;o. N&oacute;s vamos ter que enfrentar as big techs, os pr&oacute;prios interesses americanos na elei&ccedil;&atilde;o. O Brasil &eacute; o B dos Brics, ent&atilde;o temos que estar tranquilos quanto a isso.&nbsp;
<h2>&ldquo;Temos um excelente trabalho constru&iacute;do ao longo desses quatro mandatos, agora no quinto com Jer&ocirc;nimo, que nos coloca em condi&ccedil;&otilde;es de disputar. N&atilde;o podemos negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio. N&atilde;o podemos&rdquo;.</h2>
Objetivamente aqui na Bahia qual &eacute; o grande desafio do PT para atravessar essa disputa dif&iacute;cil?
Primeiro, n&oacute;s temos que manter essa toada de garantir as nossas for&ccedil;as e sermos capazes de aglutinar os aliados, manter a alian&ccedil;a e at&eacute; ampli&aacute;-la &eacute; um objetivo nosso. Mas ao mesmo tempo esse processo passa pela constru&ccedil;&atilde;o de um protagonismo. O projeto tem que ter uma cara, tem que ter um projeto para renovar a Bahia, criar novas perspectivas, trazer a &nbsp;lideran&ccedil;a nacional para a Bahia, desenvolver nossas ferrovias, nossos portos, aeroportos, erradicar a fome, diminuir a desigualdade social, afirmar a agricultura familiar. Tudo isso &eacute; muito dif&iacute;cil, n&atilde;o &eacute; uma coisa simples que faz de uma hora para a outra. E isso n&oacute;s temos que estar muito conscientes da nossa responsabilidade. Agora, os nossos advers&aacute;rios na Bahia vir&atilde;o conforme vierem nacionalmente, eu n&atilde;o tenho d&uacute;vida. Eles trabalham nacionalmente na perspectiva de dois turnos, que eu acho que &eacute; a &uacute;nica forma que eles podem ainda pensar em enfrentar o presidente Lula. Isso vai repercutir aqui conforme eles vierem. Mas n&oacute;s temos muita convic&ccedil;&atilde;o que temos um excelente trabalho constru&iacute;do ao longo desses quatro mandatos, agora no quinto com Jer&ocirc;nimo, que nos coloca em condi&ccedil;&otilde;es de disputar. N&atilde;o podemos negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio. N&atilde;o podemos.&nbsp;
<h2>&ldquo;N&atilde;o d&aacute; para dizer que Jer&ocirc;nimo n&atilde;o tem marca, agora o que precisa &eacute; consolidar, isso a&iacute; &eacute; verdade&rdquo;.</h2>
A oposi&ccedil;&atilde;o tem dito que o governador Jer&ocirc;nimo ainda n&atilde;o conseguiu colocar sua marca. Que avalia&ccedil;&atilde;o faz disso?&nbsp;
O governador Jer&ocirc;nimo tem uma marca, de uma lideran&ccedil;a emergente e que est&aacute; fazendo investimentos estruturantes. Ele pegou o programa da escola em tempo integral e deu uma din&acirc;mica maior, &eacute; uma marca da forma&ccedil;&atilde;o de quadros, da articula&ccedil;&atilde;o do ensino do tempo integral, com o ensino profissional, com o ensino universit&aacute;rio e com o ensino t&eacute;cnico. Isso &eacute; uma marca, sem d&uacute;vida. A outra marca &eacute; que ele est&aacute; consolidando com as policl&iacute;nicas e com os hospitais a economia da sa&uacute;de. Hoje as regi&otilde;es s&atilde;o outras em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sa&uacute;de, n&atilde;o s&oacute; em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; rede de servi&ccedil;os, como tamb&eacute;m &agrave; estrutura das atividades econ&ocirc;micas que se desenvolve com as policl&iacute;nicas, os hospitais regionais, as UTIs, as UPAs, somado &agrave;s unidades b&aacute;sicas de sa&uacute;de da fam&iacute;lia. Isso ele est&aacute; fazendo de uma forma magistral. E ele est&aacute; destravando os grandes investimentos da Bahia que vinham travados ao longo do tempo, que foram travados nos seis anos em que o PT esteve fora do governo federal, que &eacute; a Fiol Porto Sul, o Porto Salvador, o Estaleiro da Enseada do Paragua&ccedil;u e ainda todo a quest&atilde;o da apropria&ccedil;&atilde;o da energia produzida na Bahia. Ele est&aacute; fazendo coisas no ponto de vista de construir as bases da Bahia para o futuro, ele tem boas marcas, que &eacute; o cara que est&aacute; modernizando a estrutura econ&ocirc;mica do Estado e melhorando a vida social [&hellip;] Ent&atilde;o n&atilde;o d&aacute; para dizer que n&atilde;o tem marca, agora o que precisa &eacute; consolidar, isso a&iacute; &eacute; verdade. Precisamos consolidar essa lideran&ccedil;a. N&oacute;s n&atilde;o podemos entrar no debate, por exemplo, sobre quem vai ser o senador. Eu quero saber quem &eacute; o governador e quem ele vai conduzir. N&oacute;s temos que discutir um novo tempo na Bahia, por isso n&atilde;o vou ficar discutindo se temos dois do PT se n&atilde;o &eacute; do PT. Para mim, o importante &eacute; como o nosso campo vai ficar unido em torno de Jer&ocirc;nimo e em torno de Lula, e a&iacute; a gente discute as chapas proporcionais e as chapas de senadores.&nbsp;
<h2>&ldquo;O Lula tem que ganhar com uma margem na Bahia porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas [&hellip;] O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu&rdquo;.</h2>
O senhor j&aacute; antecipou um pouco da nossa pergunta sobre o Senado. Mas como o PT est&aacute; lidando com esse movimento do senador Angelo Coronel, que praticamente declara independ&ecirc;ncia ao dizer que ser&aacute; candidato a todo custo?
Primeiro, essa quest&atilde;o [do Senado] n&atilde;o &eacute; a quest&atilde;o estrat&eacute;gica central. A estrat&eacute;gia central &eacute; o Lula tem que ganhar com uma margem na Bahia porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas. Melhorou no Rio de Janeiro, mas se o governador de S&atilde;o Paulo for o candidato &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o endurece a disputa em S&atilde;o Paulo e n&oacute;s n&atilde;o temos claro o que vamos fazer em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, no Paran&aacute;. O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu. Ent&atilde;o, a Bahia tem um papel central de liderar o Nordeste, porque o Nordeste deu 11 milh&otilde;es de votos de frente para Lula, sendo quatro milh&otilde;es na Bahia e Lula ganhou por dois milh&otilde;es no Brasil. Essa &eacute; a disputa central. Os Brics, a China, a R&uacute;ssia, a &Iacute;ndia, a &Aacute;frica do Sul, os pa&iacute;ses &aacute;rabes, todo mundo atento com o que vai acontecer no Brasil. O B dos Brics vai permanecer? Isso &eacute; uma coisa que para n&oacute;s &eacute; important&iacute;ssima. E isso vai ser decidido aqui: O B de Brasil vai ser decidido no B da Bahia. Essa que &eacute; a minha preocupa&ccedil;&atilde;o, isso que me faz ficar 24 horas atento. E quem &eacute; que conduz isso? O governador Jer&ocirc;nimo. Porque a disputa vai se dar n&atilde;o pela capacidade de voc&ecirc; ter voto para o Senado, e sim ter votos para presidente, para governador e para deputado, eleger bancada. Esse &eacute; o centro da disputa. Agora, &eacute; importante o Senado? &Eacute;, porque n&oacute;s precisamos ter voz no Senado, porque todas as a&ccedil;&otilde;es passam no Senado. Mas a&iacute; Otto n&atilde;o &eacute; do PT e est&aacute; dando show, todo o Brasil reconhece. Wagner d&aacute; show. N&oacute;s vamos definir aquilo que ajuda a unificar em torno de Jer&ocirc;nimo, de Lula e da possibilidade de a gente ampliar a bancada.
<h2>&ldquo;N&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo&rdquo;.</h2>
O senhor foi um presidente que teve bancada forte em Bras&iacute;lia, na Assembleia, representa&ccedil;&atilde;o forte em Salvador e viu ao longo do tempo a representatividade do PT numericamente diminuir. Isso teve reflexo, por exemplo, na elei&ccedil;&atilde;o do ano passado em Salvador, sobre a qual o senhor j&aacute; fez cr&iacute;ticas abertas. O que o partido precisa fazer para recompor aquela frente que se tinha tempos atr&aacute;s?&nbsp;
Olha, vou lhe dizer qual &eacute; um dos orgulhos que eu tenho. Eu era representante do governo da Bahia em Bras&iacute;lia e veio a vota&ccedil;&atilde;o do impeachment da Dilma e n&oacute;s tivemos 24 votos. Eu ajudei, inclusive, na &eacute;poca o governador Rui a coesionar nossa bancada para tomar essa defini&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o n&oacute;s precisamos continuar com essa margem na bancada, que &eacute; com o crescimento do PT e com o crescimento dos aliados, eu n&atilde;o quero crescer sozinho, quero crescer com os aliados. Mas s&oacute; que n&oacute;s temos que ter aten&ccedil;&atilde;o de que um projeto tem um centro, tem eixos que est&atilde;o pela condu&ccedil;&atilde;o de uma centro-esquerda, que a esquerda lidera. Ent&atilde;o n&oacute;s temos que ter isso claro. E foi o que eu fiz quando fui presidente. N&oacute;s tivemos 94 prefeitos e o PSD tinha 77, o PP tinha 51. Todo mundo cresceu, o PSB tinha 35, o PCdoB tinha 18, o PDT tinha 24. Esse foi o resultado da elei&ccedil;&atilde;o que eu coordenei como presidente do PT. Elegemos dez federais, mas todos partidos elegeram bancada. Ent&atilde;o esse &eacute; o nosso objetivo para a gente n&atilde;o perder o eixo. E outra coisa, voc&ecirc; n&atilde;o pode ficar discutindo onde tem lideran&ccedil;as consolidadas. Todos j&aacute; foram presidente da Assembleia, ministro, governador, senador, deputado federal&hellip;.ent&atilde;o n&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo. Se n&atilde;o, vamos ficar discutindo desgaste de material. &lsquo;Ah, eles n&atilde;o t&ecirc;m mais candidato e t&ecirc;m que usar os que j&aacute; foram&rsquo;. Ali&aacute;s, por falar em desgaste de material, &eacute; o lado de l&aacute; que n&atilde;o tem candidato e fica buscando os que j&aacute; foram candidatos a tudo e mais alguma coisa. Ent&atilde;o, &eacute; essa linha que n&oacute;s temos que evitar.&nbsp;
<h2>&ldquo;A pol&iacute;tica &eacute; feita da capacidade de movimentos, mas eu acho que n&oacute;s n&atilde;o podemos ficar presos apenas &agrave; quest&atilde;o de capturar lideran&ccedil;as do outro lado&rdquo;.</h2>
O senhor &eacute; a favor desse momento que o governador faz para trazer prefeitos da oposi&ccedil;&atilde;o, que muitas vezes acaba at&eacute; ferindo correligion&aacute;rios do PT?&nbsp;
A pol&iacute;tica &eacute; feita da capacidade de movimentos, mas eu acho que n&oacute;s n&atilde;o podemos ficar presos apenas &agrave; quest&atilde;o de capturar lideran&ccedil;as do outro lado, apesar que voc&ecirc; tem que capturar, mas n&atilde;o pode ser o central do seu movimento. O central do seu movimento &eacute; a gente conseguir dialogar com os setores que produzem na Bahia, com os setores importantes, os empres&aacute;rios, os trabalhadores, as universidades, os centros de pesquisa, as empresas, as cooperativas, &eacute; importante a gente ter um projeto consolidado nesses segmentos que fazem o dia a dia. Porque nas conveni&ecirc;ncias da pol&iacute;tica &agrave;s vezes o prefeito vem, mas o deputado n&atilde;o vem, o vereador n&atilde;o vem, ent&atilde;o &eacute; todo um jogo que faz parte da movimenta&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o pode ser o centro da nossa movimenta&ccedil;&atilde;o.

donald trump e vladimir putin reproducao instagram

&nbsp;A R&uacute;ssia defendeu, neste domingo (7), a nova estrat&eacute;gia de seguran&ccedil;a nacional dos Estados Unidos, baseada na abordagem nacionalista do presidente americano, Donald Trump, e disse que ela est&aacute; "globalmente em conformidade" com a vis&atilde;o de mundo de Moscou. "Os ajustes que observamos, eu diria, est&atilde;o globalmente em conformidade com a nossa vis&atilde;o", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em entrevista &agrave; televis&atilde;o p&uacute;blica Rossia, referindo-se ao documento publicado na sexta-feira. Peskov disse esperar que a nova estrat&eacute;gia americana "possa constituir uma garantia modesta para a capacidade de continuar de forma construtiva o trabalho conjunto para encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o pac&iacute;fica na Ucr&acirc;nia". O documento publicado pelo governo Trump na sexta-feira (5) redefine a estrat&eacute;gia de seguran&ccedil;a nacional do pa&iacute;s. O texto fala sobre o "desaparecimento da civiliza&ccedil;&atilde;o europeia" e defende a luta contra as "migra&ccedil;&otilde;es em massa" e a restaura&ccedil;&atilde;o do "predom&iacute;nio dos Estados Unidos na Am&eacute;rica Latina". Tamb&eacute;m declara que a Otan, a alian&ccedil;a militar liderada por Washington, n&atilde;o ser&aacute; ampliada, contrariando as esperan&ccedil;as do governo do ucraniano Volodimir Zelenski, que tenta negociar a paz, at&eacute; aqui ditada pelos termos de Moscou. A nova estrat&eacute;gia americana foi particularmente mal vista pelos aliados europeus de Washington. Desde que voltou &agrave; Casa Branca, e mesmo antes de vencer a elei&ccedil;&atilde;o de 2024, Trump n&atilde;o escondia o desd&eacute;m por l&iacute;deres europeus e as cr&iacute;ticas pelo que ele julga ser um gasto insuficiente com a defesa do continente, segundo Trump dependente dos EUA. Com receio de perder de vez o aliado, no entanto, l&iacute;deres europeus hesitam em criticar abertamente o americano. Em publica&ccedil;&atilde;o no X, por exemplo, Donald Tusk, primeiro-ministro da Pol&ocirc;nia -um dos pa&iacute;ses temerosos da expans&atilde;o russa e belicosos da Uni&atilde;o Europeia- escreveu que post dirigido aos "queridos amigos americanos" afirmando que "a Europa &eacute; seu aliado mais pr&oacute;ximo, n&atilde;o seu problema". "N&oacute;s temos inimigos em comum. Ao menos tem sido assim nos &uacute;ltimos 80 anos. Temos que nos ater a isso, essa &eacute; a &uacute;nica estrat&eacute;gia razo&aacute;vel para nossa seguran&ccedil;a compartilhada. A n&atilde;o ser que algo tenha mudado", escreveu Tusk. J&aacute; a chefe da pol&iacute;tica externa da Uni&atilde;o Europeia, Kaja Kallas, afirmou no s&aacute;bado que os EUA continuam como o principal aliado do bloco. Refletindo a mudan&ccedil;a de tom e as prioridades de Washington, o n&uacute;mero dois do Departamento de Estado, Christopher Landau, criticou os aliados europeus dos EUA. "Ou as grandes na&ccedil;&otilde;es da Europa s&atilde;o nossos parceiros na prote&ccedil;&atilde;o da civiliza&ccedil;&atilde;o ocidental que herdamos delas ou elas n&atilde;o s&atilde;o. Mas n&atilde;o podemos fingir que somos parceiros enquanto essas na&ccedil;&otilde;es permitirem que a burocracia n&atilde;o eleita, n&atilde;o democr&aacute;tica e n&atilde;o representativa da UE em Bruxelas busque pol&iacute;tica de suic&iacute;dio civilizacional", escreveu Landau no X. Neste s&aacute;bado (6), a R&uacute;ssia realizou um novo mega-ataque com drones e m&iacute;sseis contra a infraestrutura energ&eacute;tica da Ucr&acirc;nia, em diversas regi&otilde;es do pa&iacute;s. Houve apag&otilde;es e cortes no fornecimento de energia em v&aacute;rias delas, em um momento cr&iacute;tico de aproxima&ccedil;&atilde;o do inverno. A a&ccedil;&atilde;o ocorreu no momento em que enviados do governo Trump negociam com Moscou uma solu&ccedil;&atilde;o do conflito, enquanto enviados ucranianos v&atilde;o aos EUA. N&atilde;o h&aacute; at&eacute; aqui, no entanto, previs&atilde;o de acordo no horizonte. O documento da Casa Branca pontua ainda que "ap&oacute;s anos de neglig&ecirc;ncia", os EUA agir&atilde;o "para restaurar a preemin&ecirc;ncia americana no Hemisf&eacute;rio Ocidental e para proteger a p&aacute;tria e o acesso a regi&otilde;es geogr&aacute;ficas importantes em toda a regi&atilde;o". Defendeu tamb&eacute;m uma retomada da Doutrina Monroe do in&iacute;cio do s&eacute;culo 19, estrat&eacute;gia dos EUA que visava substituir a influ&ecirc;ncia europeia nas Am&eacute;ricas pela hegemonia de Washington sobre os outros pa&iacute;ses do continente, em especial os da Am&eacute;rica Latina -regi&atilde;o considerada pelos EUA como seu quintal. Na &eacute;poca, entretanto, a doutrina era mais bravata do que medida fact&iacute;vel: em 1823, quando o presidente James Monroe articulou a estrat&eacute;gia, os EUA n&atilde;o tinham uma Marinha capaz de fazer frente &agrave;s grandes pot&ecirc;ncias europeias, casos de Reino Unido e Fran&ccedil;a. Duzentos anos depois, o cen&aacute;rio &eacute; outro. Naquilo que chama de aplica&ccedil;&atilde;o de um "Corol&aacute;rio Trump" &agrave; doutrina, o governo americano dever&aacute;, segundo o texto, buscar acesso a recursos e localiza&ccedil;&otilde;es estrat&eacute;gicas na regi&atilde;o, al&eacute;m de garantir que os pa&iacute;ses sejam "razoavelmente est&aacute;veis e bem governados para prevenir e desencorajar a migra&ccedil;&atilde;o em massa". Na mesma linha, sem citar pa&iacute;ses espec&iacute;ficos, o documento sustentou um reajuste da "presen&ccedil;a militar global" americana, com o intuito de combater o que chamou de "amea&ccedil;as urgentes" e de "se afastar de cen&aacute;rios cuja import&acirc;ncia relativa para a seguran&ccedil;a nacional dos EUA diminuiu nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas ou anos".

Primeiro ministro de Israel Binyamin Netanyahu Reprodução Estadão

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou neste domingo (7) que a segunda fase do plano de paz para a Faixa de Gaza se aproxima, a despeito de diverg&ecirc;ncias persistentes sobre elementos fundamentais para a continuidade da tr&eacute;gua, como a estrutura de governo e seguran&ccedil;a do territ&oacute;rio e a deposi&ccedil;&atilde;o de armas pelo Hamas. Durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro alem&atilde;o, Friedrich Merz, em visita a Jerusal&eacute;m, o premi&ecirc; israelense afirmou ainda que se reunir&aacute; com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda neste m&ecirc;s para discutir os pr&oacute;ximos passos do acordo. Netanyahu tamb&eacute;m passa por momento de grande press&atilde;o pol&iacute;tica interna. Com o avan&ccedil;o esperado do fim do conflito em Gaza, as aten&ccedil;&otilde;es se voltam novamente para acusa&ccedil;&otilde;es de corrup&ccedil;&atilde;o de que ele alvo --o premi&ecirc; pediu ao presidente do pa&iacute;s, Isaac Herzog, que recebesse indulto. Na entrevista coletiva, Netanyahu afirmou que n&atilde;o se aposentaria da vida p&uacute;blica em troca do perd&atilde;o, possibilidade aventada por opositores durante a semana. "Eles est&atilde;o muito preocupados com meu futuro, assim como os eleitores, e eles v&atilde;o decidir", disse a Merz durante a entrevista. Negocia&ccedil;&otilde;es sobre as pr&oacute;ximas etapas do plano de Trump para encerrar a guerra de dois anos no territ&oacute;rio palestino continuam em andamento, mas sob press&atilde;o de pa&iacute;ses &aacute;rabes e mu&ccedil;ulmanos com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s etapas que se seguem &agrave; devolu&ccedil;&atilde;o de todos os corpos dos ref&eacute;ns israelenses ainda em Gaza, principal ponto da primeira fase para Israel --apenas os restos mortais de Ran Gvili continuam no territ&oacute;rio. Neste s&aacute;bado (6), o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, descreveu o momento das negocia&ccedil;&otilde;es como cr&iacute;tico e rejeitou chamar o status atual do acordo como um cessar-fogo. "O que n&oacute;s fizemos foi apenas uma pausa. N&atilde;o podemos considerar um cessar-fogo ainda. Um cessar-fogo n&atilde;o pode ser completo a n&atilde;o ser que ocorra uma retirada completa das for&ccedil;as de Israel, que a estabilidade volte a Gaza e que as pessoas possam entrar e sair, o que n&atilde;o &eacute; o caso hoje", disse. A mensagem foi ecoada pelo chanceler da Turquia, Hakan Fidan. &Agrave; ag&ecirc;ncia Reuters, o chanceler afirmou esperar o desarmamento do Hamas na fase inicial do plano n&atilde;o &eacute; "nem fact&iacute;vel nem realista", e que um caminho para isso seria estebelecer, antes de a fac&ccedil;&atilde;o depor as armas, um governo civil e uma pol&iacute;cia palestina treinada por for&ccedil;as internacionais e sem a participa&ccedil;&atilde;o do Hamas. Fidan disse ainda que, se tentativas de avan&ccedil;o do plano n&atilde;o funcionarem, os esfor&ccedil;os seriam vistos como um "imenso fracasso" do mundo e de Washington. Autoridades americanas afirmam que o governo Trump quer anunciar os participantes e mecanismos dos pr&oacute;ximos passos da segunda fase do plano de paz, em marcha desde outubro, nas pr&oacute;ximas semanas. Pessoas da gest&atilde;o ouvidas pela imprensa israelense, no entanto, admitem que defini&ccedil;&otilde;es podem ficar apenas para 2026. A viol&ecirc;ncia diminuiu no territ&oacute;rio palestino desde o in&iacute;cio da tr&eacute;gua, no dia 10 de outubro, mas n&atilde;o cessou por completo. Epis&oacute;dios seguidos de mortes de palestinos e de ataques a tropas israelenses que recuaram &agrave; chamada linha amarela, ainda dentro de Gaza, persistem desde ent&atilde;o. O plano de paz proposto por Trump em parceria com aliados mu&ccedil;ulmanos cita brevemente a estabiliza&ccedil;&atilde;o de Gaza como parte de um movimento para criar um caminho cr&iacute;vel para o estabelecimento de um Estado palestino --ponto que desagradou o governo de Israel. A medida prevista no plano, no entanto, dependeria de uma reforma da Autoridade Palestina, que governa parcialmente a Cisjord&acirc;nia, e um per&iacute;odo de transi&ccedil;&atilde;o em Gaza. Al&eacute;m disso, a proposta n&atilde;o delimita exatamente em que condi&ccedil;&otilde;es esse caminho cr&iacute;vel seria compreendido como tal. Durante a entrevista coletiva, Netanyahu voltou a refor&ccedil;ar que a anexa&ccedil;&atilde;o da Cisjord&acirc;nia por Israel ainda &eacute; uma medida em discuss&atilde;o. Embora o Parlamento israelense esteja debatendo a quest&atilde;o, mesmo importantes aliados de Tel Aviv, como os EUA e a Uni&atilde;o Europeia rejeitam qualquer anexa&ccedil;&atilde;o, parcial ou completa do territ&oacute;rio ocupado. Neste domingo, soldados israelenses mataram um homem de 55 anos e um adolescente palestinos em Hebron, na Cisjord&acirc;nia. Segundo o Ex&eacute;rcito israelense, o homem conduzia um carro que acelerou em dire&ccedil;&atilde;o ao soldados. O adolescente, segundo fonte que pediu anonimato afirmou &agrave; Reuters, estava pr&oacute;ximo ao local e foi atingido --inicialmente, o Ex&eacute;rcito havia dito que dois terroristas tinham sido mortos.

Binyamin Netanyahu Reprodução Instagram

Donald Trump Reprodução Instagram

O governo dos Estados Unidos tem intensificado suas a&ccedil;&otilde;es na Am&eacute;rica Latina e transformado o continente em uma de suas prioridades, com interven&ccedil;&otilde;es a favor de aliados e press&otilde;es contra advers&aacute;rios. O movimento ficou ainda mais evidente nesta sexta-feira (5) com a publica&ccedil;&atilde;o da nova Estrat&eacute;gia Nacional de Seguran&ccedil;a, documento publicado regularmente pela Casa Branca que delineia suas prioridades militares. Nele, o governo do presidente Donald Trump afirma querer acabar com as migra&ccedil;&otilde;es em massa no mundo, fazer do controle das fronteiras "o elemento principal da seguran&ccedil;a" dos EUA e reviver a Doutrina Monroe na Am&eacute;rica Latina, o que o texto chama de "Corol&aacute;rio Trump". Antes do fim de seu primeiro ano de volta &agrave; Casa Branca, Trump j&aacute; acumula diferentes medidas para refor&ccedil;ar sua influ&ecirc;ncia na regi&atilde;o, sobretudo em pa&iacute;ses que passaram recentemente por elei&ccedil;&otilde;es nacionais ou que t&ecirc;m novos pleitos no radar. Do aumento da presen&ccedil;a militar no mar do Caribe para pressionar Nicol&aacute;s Maduro a uma interven&ccedil;&atilde;o no mercado de c&acirc;mbio argentino para salvar Javier Milei, o tratamento dado por Trump varia de acordo com a afinidade pol&iacute;tica com o l&iacute;der de cada pa&iacute;s. Nayib Bukele, de El Salvador, se tornou um totem da ultradireita no continente, por sua pol&iacute;tica linha-dura de combate &agrave; criminalidade, com encarceramentos em massa. Trump o recebeu no Sal&atilde;o Oval da Casa Branca, ofereceu-lhe apoio e disse estar grato por El Salvador receber e prender imigrantes deportados pelos EUA. Milei pode n&atilde;o ter conseguido uma foto no Sal&atilde;o Oval ao visitar a Casa Branca, mas foi recompensado pelo Tesouro americano com um pacote de resgate financeiro. A medida deu estabilidade &agrave; moeda argentina e evitou uma crise cambial na v&eacute;spera das elei&ccedil;&otilde;es legislativas nacionais, em outubro, que terminaram por favorecer o grupo pol&iacute;tico do presidente argentino. Ao justificar o apoio, o governo Trump disse que a alian&ccedil;a seria vantajosa para empres&aacute;rios dos EUA e garantiria acesso a recursos naturais. "A Argentina est&aacute; lutando pela vida. Voc&ecirc; entende o que isso significa? Eles n&atilde;o t&ecirc;m dinheiro, n&atilde;o t&ecirc;m nada", disse o americano a uma jornalista. Em diferentes ocasi&otilde;es, o presidente dos EUA culpou os rivais democratas por ignorarem a Am&eacute;rica Latina, abrindo espa&ccedil;o para o crescimento da influ&ecirc;ncia chinesa na regi&atilde;o. Essa reformula&ccedil;&atilde;o tem as digitais do secret&aacute;rio de Estado, Marco Rubio, que celebrou a elei&ccedil;&atilde;o de Rodrigo Paz, na Bol&iacute;via, ap&oacute;s duas d&eacute;cadas de vit&oacute;rias do MAS (Movimento ao Socialismo), de Evo Morales. No Chile, o ultradireitista Jos&eacute; Antonio Kast aposta em uma pol&iacute;tica anti-imigra&ccedil;&atilde;o parecida &agrave; dos EUA para vencer a governista Jeannette Jara no pleito do pr&oacute;ximo domingo (14). "A diferen&ccedil;a entre a Doutrina Monroe e o Corol&aacute;rio Trump est&aacute; no contexto. No primeiro caso, os EUA eram uma pot&ecirc;ncia em ascens&atilde;o, em busca de novos mercados; hoje, s&atilde;o uma pot&ecirc;ncia em decl&iacute;nio, ultrapassada em termos de rela&ccedil;&otilde;es comerciais pela China em quase todos os pa&iacute;ses da Am&eacute;rica do Sul", avalia Thomas Posado, professor-adjunto na Universidade de Rouen, na Fran&ccedil;a. Ao mesmo tempo, a Casa Branca tem sido dura com l&iacute;deres da esquerda do continente. O principal alvo &eacute; Maduro, com a oferta de recompensas pela captura do ditador e a possibilidade de a&ccedil;&otilde;es militares diretas na Venezuela, ap&oacute;s ataques a barcos suspeitos de tr&aacute;fico de drogas. O presidente da Col&ocirc;mbia, Gustavo Petro, que deixa o cargo no ano que vem, tamb&eacute;m foi alvo de san&ccedil;&otilde;es. O republicano apoiou abertamente Nasry Asfura, um dos candidatos nas elei&ccedil;&otilde;es em Honduras, onde a apura&ccedil;&atilde;o apertada mant&eacute;m o pol&iacute;tico de direita poucos milhares de votos &agrave; frente do advers&aacute;rio, Salvador Nasralla. Posado considera que no combate ao narcotr&aacute;fico, o vi&eacute;s ideol&oacute;gico de Trump &eacute; absoluto. "Nem Petro nem Maduro foram condenados pelo sistema judici&aacute;rio dos EUA ap&oacute;s um julgamento, ao contr&aacute;rio do ex-presidente de Honduras Juan Orlando Hern&aacute;ndez, que foi condenado por um j&uacute;ri federal de Nova York por contrabando de drogas e agora foi perdoado [por Trump]." Tamb&eacute;m n&atilde;o houve a&ccedil;&otilde;es semelhantes contra o Equador, governado pelo aliado Daniel Noboa e que nos &uacute;ltimos anos se tornou uma importante rota do tr&aacute;fico de drogas. Ele pondera que a perspectiva de um ataque terrestre &agrave; Venezuela n&atilde;o parece ser o cen&aacute;rio mais prov&aacute;vel. "Os 15 mil soldados americanos destacados no Caribe n&atilde;o t&ecirc;m capacidade para invadir um pa&iacute;s de quase um milh&atilde;o de quil&ocirc;metros quadrados, com centenas de milhares de soldados", avalia o cientista pol&iacute;tico, que &eacute; autor do livro "Venezuela: de la R&eacute;volution &agrave; l'Effondrement" ("Venezuela: da Revolu&ccedil;&atilde;o ao Colapso", editado pela Presses Universitaires du Midi). Os desafios enfrentados por Trump ainda incluem a manuten&ccedil;&atilde;o de boas rela&ccedil;&otilde;es com um de seus principais parceiros comerciais, o M&eacute;xico, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, que tem conseguido evitar medidas mais dr&aacute;sticas, mas protagonizou embates com o vizinho sobre imigra&ccedil;&atilde;o e combate ao narcotr&aacute;fico. J&aacute; o governo Lula foi inicialmente alvo da estrat&eacute;gia de Trump, especialmente ap&oacute;s as san&ccedil;&otilde;es e tarifas aplicadas ao pa&iacute;s. Recentemente, por&eacute;m, a postura de Trump come&ccedil;ou a mudar e ele se encontrou com o brasileiro, iniciando negocia&ccedil;&otilde;es para a remo&ccedil;&atilde;o de tarifas. Posado complementa que, no longo prazo, as pol&iacute;ticas da Casa Branca n&atilde;o devem melhorar as condi&ccedil;&otilde;es de vida dos latino-americanos. "Trump conseguiu controlar o Partido Republicano gra&ccedil;as a um discurso isolacionista diante das baixas no Iraque e no Afeganist&atilde;o; o discurso de uma guerra aberta [na Venezuela] &eacute; rejeitado pelo eleitorado e poderia lhe custar votos", diz.

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A R&uacute;ssia realizou novo mega-ataque com drones e m&iacute;sseis contra a infraestrutura energ&eacute;tica da Ucr&acirc;nia neste s&aacute;bado (6) em diversas regi&otilde;es do pa&iacute;s. Houve apag&otilde;es e cortes no fornecimento de energia em v&aacute;rias delas, em um momento cr&iacute;tico de aproxima&ccedil;&atilde;o do inverno no hemisf&eacute;rio norte e em meio a negocia&ccedil;&otilde;es entre Moscou e os Estados Unidos para o fim do conflito. O Ex&eacute;rcito ucraniano afirma que foram lan&ccedil;ados 653 drones e 51 m&iacute;sseis contra seu territ&oacute;rio durante a madrugada; 585 drones e 30 m&iacute;sseis foram derrubados, ainda segundo os militares. O ataque afetou o fornecimento de energia em Zapor&iacute;jia, Lviv, Chernihiv e Dnipropetrovsk. A usina nuclear de Zapor&iacute;jia chegou a ficar sem fornecimento de eletricidade de fontes externas por cerca de meia hora, de acordo com a AIEA (Ag&ecirc;ncia Internacional de Energia At&ocirc;mica). Em mensagens no aplicativo Telegram, a pasta respons&aacute;vel pelo desenvolvimento de comunidades afirma que ao menos 9.500 pessoas ficaram sem aquecimento e 34 mil, sem &aacute;gua. Um centro ferrovi&aacute;rio pr&oacute;ximo a Kiev tamb&eacute;m foi atingido pelo ataque, com um armaz&eacute;m e vag&otilde;es danificados, de acordo com a empresa p&uacute;blica de trens. N&atilde;o houve feridos, segundo a companhia. "A R&uacute;ssia continua a ignorar qualquer esfor&ccedil;o de paz e, em vez disso, ataca infraestrutura civil crucial, incluindo nossos sistemas de energia e ferroviais", afirmou o chanceler ucraniano, Andrii Sibiha. O Kremlin intensificou, nas &uacute;ltimas semanas, ataques contra instala&ccedil;&otilde;es de gera&ccedil;&atilde;o &nbsp;e distribui&ccedil;&atilde;o de energia da Ucr&acirc;nia. Ao mesmo tempo, enviados do governo de Donald Trump mant&ecirc;m negocia&ccedil;&otilde;es diplom&aacute;ticas em Moscou na tentativa de avan&ccedil;ar para uma solu&ccedil;&atilde;o do conflito. As conversas continuam neste s&aacute;bado (6), mas, at&eacute; o momento, n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de acordo no horizonte. O presidente russo, Vladmir Putin, endureceu ainda mais sua posi&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s negocia&ccedil;&otilde;es atuais, a terceira tentativa de Trump de acabar com a guerra. De acordo com relatos ouvidos pela Folha, o Kremlin rejeitou todas as ideias mais favor&aacute;veis a Kiev, como a negocia&ccedil;&atilde;o territorial a partir das linhas de batalha atuais --o que deixaria cerca de 15% da vital &aacute;rea da regi&atilde;o de Donetsk ainda sob controle ucraniano. Aliados europeus da Ucr&acirc;nia e dos EUA, que t&ecirc;m defendido um acordo favor&aacute;vel a Kiev e com puni&ccedil;&otilde;es a Moscou, est&atilde;o na pr&aacute;tica apartados das discuss&otilde;es. Mesmo entre si, t&ecirc;m tamb&eacute;m mostrado discord&acirc;ncias sobre os termos da paz, at&eacute; aqui ditada por Putin. O principal deles &eacute; o plano da Comiss&atilde;o Europeia de tomar R$ 1,3 trilh&atilde;o de reservas russas congeladas, a maior parte na B&eacute;lgica, para lastrear um empr&eacute;stimo visando cobrir as despesas ucranianas em 2026 e 2027. Os belgas s&atilde;o contr&aacute;rios, dizendo que isso ir&aacute; expor o pa&iacute;s a processos internacionais. O premi&ecirc; Bart de Wever causou furor na quinta (4) ao dizer que "&eacute; uma ilus&atilde;o achar que a R&uacute;ssia pode perder a guerra". Sem uma derrota, Moscou inevitavelmente ser&aacute; reintegrada ao sistema econ&ocirc;mico global e poder&aacute; pedir a devolu&ccedil;&atilde;o de seu dinheiro. Nesse caso, segundo a proposta inicial dos europeus, quem bancar&aacute; o empr&eacute;stimos ser&atilde;o os pr&oacute;prios pa&iacute;ses do bloco continental. A chefe da pol&iacute;tica externa da Uni&atilde;o Europeia, Kaja Kallas, afirmou neste s&aacute;bado que os EUA continuam como o principal aliado do bloco. Al&eacute;m dos desdobramentos da negocia&ccedil;&atilde;o, at&eacute; aqui sem avan&ccedil;os, a declara&ccedil;&atilde;o sucede ainda a divulga&ccedil;&atilde;o de um documento estrat&eacute;gico de pol&iacute;tica externa do governo Trump em que a Europa &eacute; apontada como v&iacute;tima de um "apag&atilde;o civilizat&oacute;rio", indicando que o continente pode, no futuro, deixar de ser considerado um aliado confi&aacute;vel.

A secret&aacute;ria de Seguran&ccedil;a Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, disse nesta quinta-feira, 4, que o pa&iacute;s ampliar&aacute; para mais de 30 o n&uacute;mero de pa&iacute;ses cujos cidad&atilde;os estar&atilde;o proibidos de viajar para o territ&oacute;rio americano. Questionada pela apresentadora do programa Ingraham Angle, da Fox News, se a lista de pa&iacute;ses chegaria a 32, Kristi respondeu que seria "mais de 30". "N&atilde;o vou especificar o n&uacute;mero, mas s&atilde;o mais de 30, e o presidente [Donald Trump] continua avaliando os pa&iacute;ses", afirmou Ela n&atilde;o detalhou quais na&ccedil;&otilde;es podem ser adicionadas.
"Se eles n&atilde;o t&ecirc;m um governo est&aacute;vel, se n&atilde;o t&ecirc;m um pa&iacute;s que possa se sustentar e nos dizer quem s&atilde;o esses indiv&iacute;duos e nos ajudar a verific&aacute;-los, por que dever&iacute;amos permitir que pessoas desse pa&iacute;s viessem para os Estados Unidos?", acrescentou. Kristi j&aacute; havia dito na segunda-feira, 1&ordm;, que recomendou a Trump uma "proibi&ccedil;&atilde;o total de viagens" para cidad&atilde;os de pa&iacute;ses que, segundo ela, "t&ecirc;m inundado nossa na&ccedil;&atilde;o com assassinos, sanguessugas e viciados em privil&eacute;gios".
"Nossos antepassados constru&iacute;ram esta na&ccedil;&atilde;o com sangue, suor e um amor inabal&aacute;vel pela liberdade - n&atilde;o para que invasores estrangeiros massacrassem nossos her&oacute;is, sugassem nossos impostos suados ou roubassem os benef&iacute;cios devidos aos americanos", afirmou em uma publica&ccedil;&atilde;o no X. "N&atilde;o os queremos. Nenhum."
Em junho, Trump assinou um decreto que proibiu a entrada nos EUA de pessoas vindas de 12 pa&iacute;ses, em sua maioria da &Aacute;frica e do Oriente M&eacute;dio. A medida tamb&eacute;m imp&ocirc;s restri&ccedil;&otilde;es mais r&iacute;gidas a visitantes de outras sete nacionalidades. O republicano afirmou que a iniciativa visa "proteger a seguran&ccedil;a nacional e o interesse nacional dos Estados Unidos e de seu povo".
A a&ccedil;&atilde;o faz parte de um conjunto mais amplo de pol&iacute;ticas de refor&ccedil;o das leis de imigra&ccedil;&atilde;o, que tem sido prioridade no segundo mandato de Trump - entre elas, o envio de equipes do Servi&ccedil;o de Imigra&ccedil;&atilde;o e Controle de Aduanas (ICE, na sigla em ingl&ecirc;s) para diferentes regi&otilde;es do pa&iacute;s. Na semana passada, Trump tamb&eacute;m havia ordenado a revis&atilde;o dos green cards de estrangeiros de 19 na&ccedil;&otilde;es que vivem atualmente nos EUA. O green card &eacute; o documento que concede a um imigrante o direito de viver e trabalhar permanentemente nos EUA.

Nicolás Maduro Reprodução Instagram

O Brasil n&atilde;o ofereceu nem pretende oferecer asilo ou ref&uacute;gio ao ditador Nicol&aacute;s Maduro. Segundo integrantes do governo, o l&iacute;der da Venezuela tampouco sinalizou interesse, ao contr&aacute;rio de relatos que circulam nos &uacute;ltimos dias.
Mas, caso Maduro pe&ccedil;a a prote&ccedil;&atilde;o, o que poderia ocorrer com a entrada dele no territ&oacute;rio ou na embaixada de Bras&iacute;lia em Caracas, o governo ir&aacute; analisar o pedido. No entanto, a percep&ccedil;&atilde;o &eacute; de que o pa&iacute;s n&atilde;o seria a primeira op&ccedil;&atilde;o do ditador.
O fato de o Brasil n&atilde;o ter reconhecido as elei&ccedil;&otilde;es venezuelanas de 2024, que foram fraudadas pelo regime, segundo observadores internacionais, deixou as rela&ccedil;&otilde;es bilaterais estremecidas. Al&eacute;m disso, a recusa do governo de aceitar a Venezuela como integrante do Brics foi outro abalo na rela&ccedil;&atilde;o.
Funcion&aacute;rios de alto escal&atilde;o do governo brasileiro afirmam que a prioridade n&uacute;mero um &eacute; evitar uma a&ccedil;&atilde;o militar dos Estados Unidos na Venezuela, e acreditam que o risco de isso acontecer continua alto.
Segundo eles, um ataque americano n&atilde;o apenas levaria a um fluxo ainda maior de refugiados venezuelanos para outros pa&iacute;ses, mas tamb&eacute;m porque poderia abrir as portas para novas interven&ccedil;&otilde;es na regi&atilde;o.
Um ataque na Venezuela poderia dar impress&atilde;o de que essa receita deve ser aplicada na Col&ocirc;mbia e no M&eacute;xico, por exemplo, outros pa&iacute;ses que t&ecirc;m sido criticados pelo presidente Donald Trump por conta de suposta leni&ecirc;ncia de seus l&iacute;deres com narcotr&aacute;fico e migra&ccedil;&atilde;o ilegal.
Ainda assim, integrantes do governo afirmam que o Brasil n&atilde;o tem nenhum papel de media&ccedil;&atilde;o na crise entre Washingotn e Caracas, nem teve qualquer participa&ccedil;&atilde;o no telefonema entre Trump e Maduro.
Na vis&atilde;o de um deles, uma ren&uacute;ncia de Maduro neste momento, como pressiona a Casa Branca, causaria caos na Venezuela.
Os funcion&aacute;rios afirmam que ningu&eacute;m na oposi&ccedil;&atilde;o venezuelana, nem Maria Corina Machado, teria for&ccedil;a pol&iacute;tica para assumir o governo, gerando um v&aacute;cuo de poder e instabilidade que poderia, inclusive, transbordar para o Brasil. Eles citam como exemplo tentativas de mudan&ccedil;a de regime em pa&iacute;ses como L&iacute;bia, S&iacute;ria, Iraque e Afeganist&atilde;o.
O mesmo funcion&aacute;rio do governo afirma que o Brasil n&atilde;o foi informado oficialmente da conversa entre o empres&aacute;rio Joesley Batista e Maduro antes que ela ocorresse. Segundo relatou a ag&ecirc;ncia Bloomberg, Joesley teria pedido ao ditador que renunciasse, e a Casa Branca havia sido comunicada da reuni&atilde;o entre os dois.

invasao bolsonarista no congresso reproducao twitter

A Justi&ccedil;a argentina determinou nesta quarta-feira (3) a extradi&ccedil;&atilde;o de cinco brasileiros condenados pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro que estavam foragidos da Justi&ccedil;a brasileira. A decis&atilde;o foi dada pelo Tribunal Criminal n&ordm; 3 do pa&iacute;s e ainda cabe recurso.
Os brasileiros foragidos s&atilde;o Joelton Gusm&atilde;o de Oliveira e Wellington Luiz Firmino, condenados a 17 anos de pris&atilde;o; Ana Paula de Souza e Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, condenados a 14 anos de pris&atilde;o; e Joel Borges Correa, condenado a 13 anos de pris&atilde;o.
Souza foi presa ap&oacute;s quebrar a tornozeleira e fugir para o pa&iacute;s. No in&iacute;cio do ano, ela se queixou em entrevista &agrave; CNN de n&atilde;o receber apoio de parlamentares bolsonaristas e de ter sido "esquecida" em uma pris&atilde;o argentina.
Oliveira foi preso em novembro de 2024 na cidade de La Plata. O Minist&eacute;rio da Seguran&ccedil;a da prov&iacute;ncia de Buenos Aires informou &agrave; &eacute;poca que a captura ocorreu quando policiais viram um homem em atitude suspeita e, ao tentarem identific&aacute;-lo, verificaram que ele tinha um mandado de pris&atilde;o e extradi&ccedil;&atilde;o emitido pela Justi&ccedil;a brasileira.
Em mar&ccedil;o, o Tribunal Federal da Argentina negou um pedido para liberar Correa, que tamb&eacute;m foi preso em La Plata.
Ramalho, por sua vez, foi detido em janeiro, ao ser identificado durante um processo de imigra&ccedil;&atilde;o.
J&aacute; Firmino foi detido em novembro de 2024, ao tentar fugir para o Chile de moto, pela prov&iacute;ncia de Jujuy (noroeste da Argentina).
Os cinco fazem parte do grupo de 61 brasileiros condenados pelos ataques golpistas que fugiram para a Argentina. O pedido de extradi&ccedil;&atilde;o foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O juiz Daniel Rafecas, do Tribunal Federal Criminal n&uacute;mero 3, &eacute; o respons&aacute;vel pelo caso. &Agrave; imprensa brasileira o magistrado disse que todos os 61 ser&atilde;o submetidos a julgamento de extradi&ccedil;&atilde;o em algum momento.
Os cinco agora podem apelar da decis&atilde;o do juiz Rafecas diretamente para a Suprema Corte de Justi&ccedil;a da Argentina, que ter&aacute; a palavra final sobre o tema, mas sem prazo definido.
O tema &eacute; acompanhado por advogados da AGU (Advocacia Geral da Uni&atilde;o), representando o Brasil. Segundo a AGU, durante a audi&ecirc;ncia, foi apresentada uma manifesta&ccedil;&atilde;o, "ressaltando a institucionalidade do Estado brasileiro e salientando que todas as garantias penais relativas ao estado de direito foram rigorosamente obedecidas nos processos conduzidos perante ao STF".
As cinco pessoas condenadas tiveram a extradi&ccedil;&atilde;o analisada ao mesmo tempo, e a Justi&ccedil;a tinha at&eacute; tr&ecirc;s dias &uacute;teis para tomar uma decis&atilde;o. Os condenados est&atilde;o detidos em pris&otilde;es argentinas, e o julgamento j&aacute; havia sido adiado tr&ecirc;s vezes.
Havia d&uacute;vida sobre o avan&ccedil;o dos julgamentos na Argentina, dada a rela&ccedil;&atilde;o pr&oacute;xima do presidente Javier Milei com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No ano passado, no entanto, o porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, afirmou que n&atilde;o haveria "pactos de impunidade" e que o pa&iacute;s respeitaria as decis&otilde;es do Judici&aacute;rio brasileiro.
Em 2024, a Justi&ccedil;a argentina determinou a pris&atilde;o de todos eles, ap&oacute;s um pedido expedido pelo governo brasileiro. O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Brasil divulgou ter recebido uma rela&ccedil;&atilde;o com mais de 180 nomes de foragidos para a Argentina e outros pa&iacute;ses.
Os brasileiros j&aacute; solicitaram ref&uacute;gio &agrave; Comiss&atilde;o Nacional para Refugiados da Argentina, mas o &oacute;rg&atilde;o ainda n&atilde;o se manifestou.

nicolas maduro marcelo camargo agencia brasil

O ditador da Venezuela, Nicol&aacute;s Maduro, confirmou nesta quarta-feira (3) que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 23 de novembro. A liga&ccedil;&atilde;o havia sido reportada pela imprensa americana e confirmada por Trump no &uacute;ltimo domingo (30).
"Conversei com o presidente dos EUA, Donald Trump. Posso dizer que a conversa foi em tom de respeito", disse Maduro na quarta. "Inclusive, posso dizer que foi um di&aacute;logo cordial entre o presidente dos EUA e o presidente da Venezuela.
"Se essa chamada significa que estamos dando passos em dire&ccedil;&atilde;o a um di&aacute;logo respeitoso, Estado a Estado, pa&iacute;s a pa&iacute;s, que seja bem-vindo o di&aacute;logo, a diplomacia, porque sempre buscamos a paz", disse o ditador venezuelano.
Sob Trump, os EUA realizam a maior mobiliza&ccedil;&atilde;o militar na Am&eacute;rica Latina em d&eacute;cadas com o objetivo expl&iacute;cito de combater o tr&aacute;fico de drogas e impl&iacute;cito de pressionar Maduro a deixar o poder, como querem setores linha-dura do governo.
Nos bastidores, o secret&aacute;rio de Estado, Marco Rubio, vem pressionando Trump a abandonar o di&aacute;logo e aprovar o uso da for&ccedil;a militar para derrubar o regime venezuelano, de acordo com a imprensa americana. J&aacute; outras vozes na Casa Branca pedem que o presidente reconsidere a proposta supostamente feita por Maduro: uma participa&ccedil;&atilde;o significativa do governo americano na ind&uacute;stria de petr&oacute;leo da Venezuela em troca de permanecer no poder.

Vladimir Putin Reprodução Instagram

O presidente da R&uacute;ssia, Vladimir Putin, endureceu ainda mais sua posi&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s negocia&ccedil;&otilde;es para chegar a um acordo que encerre a Guerra da Ucr&acirc;nia, maior conflito em solo europeu desde 1945.
Segundo relato feito ao jornal Folha de S.Paulo por duas pessoas com conhecimento do assunto em Moscou, a reuni&atilde;o de cinco horas do russo com o negociador americano Steve Witkoff e o genro de Donald Trump Jared Kushner serviu para que Putin rejeitasse quaisquer concess&otilde;es a Volodimir Zelenski.
A dupla enviada pelo presidente americano tentava uma solu&ccedil;&atilde;o de consenso para a terceira tentativa de Trump de acabar com a guerra que ele prometeu, na campanha que o levou de volta &agrave; Casa Branca, encerrar em 24 horas.
A proposta era uma revis&atilde;o do texto com 28 pontos montado por Witkoff e pelo negociador russo Kirill Dmitriev, que estava ao lado de Putin com o assessor presidencial Iuri Uchakov no encontro encerrado na madrugada desta quarta-feira (3, in&iacute;cio da noite de ter&ccedil;a no Brasil).
Pelos poucos detalhes dispon&iacute;veis, ela retirava os itens que n&atilde;o tinham liga&ccedil;&atilde;o com a guerra em si, como selar a paz entre a R&uacute;ssia e a alian&ccedil;a ocidental Otan, e amenizava as demandas russas atendidas em quase toda sua totalidade no primeiro documento &mdash;que Putin nunca chancelou como seu.
De acordo com os relatos ouvidos pela reportagem, o presidente rejeitou todas as ideias mais favor&aacute;veis a Kiev, como a negocia&ccedil;&atilde;o territorial a partir das linhas de batalha atuais &mdash;o que deixaria cerca de 15% da vital &aacute;rea de Donetsk ainda sob controle ucraniano.
Al&eacute;m disso, Putin insinuou aumentar seu pedido inicial por terras do vizinho, que numa minuta oficial em junho inclu&iacute;a s&oacute; as quatro prov&iacute;ncias que anexou ilegalmente em 2022: Donetsk, Lugansk, Zapor&iacute;jia e Kherson.
Ele mencionou, segundo o relato, os ganhos militares recentes na regi&atilde;o de Kharkiv, no norte do pa&iacute;s, visando estabelecer o que ele chama de &aacute;rea de seguran&ccedil;a &mdash;um tamp&atilde;o isolando o local do sul da R&uacute;ssia, que Zelenski chegou a invadir por oito meses.
&Eacute; uma regi&atilde;o que a elite russa considera sua. O Kremlin at&eacute; bancou a edi&ccedil;&atilde;o de cartilhas infantis para as escolas das quatro regi&otilde;es anexadas e tamb&eacute;m Kharkiv.
Com efeito, o &uacute;nico coment&aacute;rio p&uacute;blico feito no Kremlin sobre detalhes da reuni&atilde;o, feito por Uchakov, enfatizava a diferen&ccedil;a de vis&otilde;es sobre quest&otilde;es territoriais. O porta-voz Dmitri Peskov apenas negou que o chefe tivesse rejeitado o plano como um todo, dizendo que as negocia&ccedil;&otilde;es continuam.
Outros dois pontos citados como inaceit&aacute;veis na conversa foram a manuten&ccedil;&atilde;o da possibilidade de a Ucr&acirc;nia ingressar na Otan no futuro e o emprego de parte das reservas russas congeladas no exterior, objeto de uma ofensiva da Uni&atilde;o Europeia nesta quarta, para reconstruir a Ucr&acirc;nia.
Segundo ag&ecirc;ncias de not&iacute;cias, Witkoff e Kushner j&aacute; relataram a conversa a Trump na tarde desta quarta. Os observadores russos consultados dizem que a impress&atilde;o no Kremlin &eacute; de que eles ouviram, anotaram e iriam passar o recado. Houve pouca contesta&ccedil;&atilde;o al&eacute;m da apresenta&ccedil;&atilde;o dos pontos em si.
Agora resta saber como Trump reagir&aacute;. Ele j&aacute; foi e voltou na press&atilde;o sobre Moscou, mas o temor maior j&aacute; expressado por Zelenski &eacute; de que a negocia&ccedil;&atilde;o esmore&ccedil;a e o americano deixe Kiev na m&atilde;o com seus mais limitados aliados europeus.
Pesa em favor desse cen&aacute;rio a renovada disposi&ccedil;&atilde;o b&eacute;lica da Putin. O russo anunciou avan&ccedil;os importantes nesta semana, alguns negados por Kiev, e parece convencido de que pode ao menos conquistar seus objetivos j&aacute; colocados "manu militari".
Um sinal claro disso foi a provoca&ccedil;&atilde;o que fez &agrave; Europa minutos antes de se encontar com os americanos, dizendo que iria &agrave; guerra agora se os rivais assim quisessem. Com as san&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas atrapalhando, mas n&atilde;o inviabilizando a guerra at&eacute; aqui, ele tem f&ocirc;lego para manter a ofensiva.
Desta forma, como disse nesta quarta o secret&aacute;rio-geral da Otan, Mark Rutte, apenas Trump poder&aacute; mediar o fim do conflito, embora talvez n&atilde;o como desfecho que o holand&ecirc;s deseja.

Radar Do Poder 2

Gol
Informado de que a oposi&ccedil;&atilde;o, depois de meses de calmaria, ia tentar obstruir as vota&ccedil;&otilde;es da &uacute;ltima segunda-feira na Assembleia, o secret&aacute;rio de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais, Adolpho Loyola, lan&ccedil;ou antecipadamente uma ofensiva sobre a base governista de forma a n&atilde;o correr riscos. Teve o cuidado de conversar pessoalmente com cada um dos deputados e deng&aacute;-los adequadamente, com boas promessas, para que tudo desse certo.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/7f0a41d2-20d4-4b98-b068-f376835ae507.jpg?width=600&amp;height=400" alt="Adolpho Loyola Divulga&ccedil;&atilde;o">
Inflex&atilde;o
Al&eacute;m de marcar a estr&eacute;ia do deputado estadual Nelson Leal (PP) na oposi&ccedil;&atilde;o, a sess&atilde;o em que a Assembleia votou os projetos de interesse do governo, entre os quais o pedido de autoriza&ccedil;&atilde;o para a contrata&ccedil;&atilde;o de um novo empr&eacute;stimo milion&aacute;rio, registrou um ponto de inflex&atilde;o na atua&ccedil;&atilde;o da base oposicionista, que h&aacute; muito se posicionava de forma brand&iacute;ssima em rela&ccedil;&atilde;o aos projetos de interesse do governo.
Quem souber...
Por tr&aacute;s da mudan&ccedil;a de postura, que resultou numa obstru&ccedil;&atilde;o que varou a madrugada, como h&aacute; muito n&atilde;o se via na Casa, estaria a reuni&atilde;o que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (Uni&atilde;o Brasil) promoveu com os deputados alinhados para pedir mais empenho na tarefa de fazer oposi&ccedil;&atilde;o contra o governo. O que Neto, que &eacute; candidato &agrave; sucess&atilde;o estadual em 2026, prometeu aos parlamentares quem souber, morre.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/dfbfb0bd-01d7-431e-93f7-00f56646cf89.jpeg?width=1280&amp;height=720" alt="Whats App Image 2025 11 24 at 20.14.56">
Tens&atilde;o no PSD
Desde que o site Pol&iacute;tica Livre revelou o conte&uacute;do de uma encontro sigiloso do PSD no qual o senador Otto Alencar teria admitido a possibilidade de concorrer ao governo do Estado no caso de o PT vetar a candidatura &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o do amigo e 'cumpadi' senador Angelo Coronel, o partido vive um clima de tens&atilde;o grande. Ontem, Coronel chegou a negar que haja algum conflito entre ele e Otto.&nbsp;
Convictos
A maneira agressiva com que Otto rebateu a informa&ccedil;&atilde;o sobre as declara&ccedil;&otilde;es que supostamente fizera no encontro do PSD acabou levando a classe pol&iacute;tica, especialmente governista, a achar que de fato ele, num ato de empolga&ccedil;&atilde;o e iludido pela confian&ccedil;a no anonimato, as fez. S&oacute; n&atilde;o contava, entretanto, que um dos participantes da reuni&atilde;o vazasse o que foi tratado no encontro.&nbsp;
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/87b59990-8d54-4f87-8a3b-fee84bfbc496.jpg?width=400&amp;height=400" alt="otto alencar">
Primeiro, os meus
Uma outra explica&ccedil;&atilde;o para a rea&ccedil;&atilde;o excessivamente assertiva de Otto teria sido o fato de seu filho deputado federal estar disputando a indica&ccedil;&atilde;o para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), processo que um ru&iacute;do neste n&iacute;vel poderia abalar completamente. Governistas, ottistas entre eles, asseguram que a informa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi bem digerida no governo, de onde Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) teria pedido que o assunto fosse prontamente cortado pelo senador na m&iacute;dia.
Veto a adesistas
No grupo do presidente eleito do Tribunal de Justi&ccedil;a do Estado Jos&eacute; Rotondano a ordem &eacute; vetar completamente os movimentos de ades&atilde;o dos desembargadores S&eacute;rgio Cafezeiro e Jos&eacute; Aras, que apoiaram a candidatura de Jatahy Jr. ao comando do TJ. Depois de ter come&ccedil;ado a se movimentar em busca de apoio para o cargo de desembargador substituto do TRE, o primeiro ouviu que ter&aacute; advers&aacute;rio.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/992028cc-aa29-4066-8390-87f6bdd44317.jpg?width=400&amp;height=400" alt="joserotondano divulgacao">
Advers&aacute;rio
Trata-se do desembargador Paulo Chenaud, no qual o grupo de 'Roto' deve descarregar todos os seus votos nas elei&ccedil;&otilde;es para a Corte Eleitoral que ocorrem ainda este m&ecirc;s. A ideia &eacute; fechar o TRE com o time vencedor, emplacando a recondu&ccedil;&atilde;o de um dos pilares da campanha de 'Roto', Maur&iacute;cio Kertezman, o qual, no entanto, dever&aacute; enfrentar a oposi&ccedil;&atilde;o de J&uacute;lio Travessa, que apoiou a candidatura de Jatahy. Com a recondu&ccedil;&atilde;o, Kertezman assume a presid&ecirc;ncia da Corte.
Dist&acirc;ncia regulamentar
No caso de Aras, a estrat&eacute;gia &eacute; deixar ele distante por completo da Unicorp, universidade corporativa do TJ na qual o desembargador, que &eacute; professor, tem o sonho de atuar. O argumento para apoiar o afastamento de Aras o grupo de 'Roto' j&aacute; tem pronto: alegar que ele j&aacute; atua no ramo de cursos preparat&oacute;rios na &aacute;rea de Direito, o que em tese geraria conflito de interesses com seu eventual ingresso na institui&ccedil;&atilde;o. &nbsp;&nbsp;
Dois nomes
Na hip&oacute;tese de ser reconduzido ao TRE e chegar &agrave; presid&ecirc;ncia da Corte, Kertzman se empodera para decidir uma pendenga antiga que envolve a escolha do desembargador eleitoral do Tribunal na vaga de advogado. Por enquanto, as apostas v&atilde;o no sentido de Carine Cangussu, advogada de excelente reputa&ccedil;&atilde;o muito ligada a ele, mas tamb&eacute;m circulam em torno da escolha do colega Rafael Santana, igualmente muito bem conceituado, mais chegado a 'Roto'.
<img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/d8853674-5b9a-499e-8990-8104bf5083df.jpg?width=400&amp;height=400" alt="Mauricio Kertzman Szporer Divulga&ccedil;&atilde;o2">
Pitaco &nbsp; * O PSB j&aacute; montou uma opera&ccedil;&atilde;o para fortalecer a reelei&ccedil;&atilde;o da deputad estadual Fab&iacute;ola Mansur. A ideia &eacute; transformar a deputada estadual Soane Galv&atilde;o, que n&atilde;o disputar&aacute; a reelei&ccedil;&atilde;o para apoiar a candidatura do marido, o ex-prefeito de Ilh&eacute;us M&aacute;rio Alexandre, em secret&aacute;ria no governo Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT).&nbsp;
* Para isso, o partido busca garantir uma segunda pasta no Executivo, j&aacute; que a atual, Desenvolvimento Econ&ocirc;mico, n&atilde;o tem o perfil de Soane. A movimenta&ccedil;&atilde;o foi intensificada esta semana.&nbsp;
* Hoje, quem comanda a Sedes &eacute; o deputado estadual licenciado Angelo Almeida (PSB), que deixar&aacute; a pasta e retornar&aacute; &agrave; Assembleia para disputar a reelei&ccedil;&atilde;o. A pasta seguir&aacute; com o PSB, mas a sigla quer mais um espa&ccedil;o no primeiro escal&atilde;o para acomodar Soane. Com isso, Fab&iacute;ola abriria m&atilde;o de entrar no Avante.
* De olho no movimento do PSB, o Avante e o PDT tamb&eacute;m querem ampliar seu espa&ccedil;o no primeiro escal&atilde;o, uma decis&atilde;o hoje inteiramente nas m&atilde;os do governador.
* Quem deve herdar mesmo o esp&oacute;lio eleitoral do deputado federal Otto Filho (PSD), que se prepara para assumir vaga no TCE, &eacute; o irm&atilde;o Daniel Alencar, m&eacute;dico como o pai. Entre lideran&ccedil;as do PSD, a leitura &eacute; un&acirc;nime: ele &eacute; o nome natural para ocupar o espa&ccedil;o pol&iacute;tico do irm&atilde;o.&nbsp;
* Assim, Isadora Alencar, filha do senador, seguir&aacute; na iniciativa privada, contrariando a torcida de muitos.&nbsp;
* ACM Neto vai a Feira de Santana no dia 18 inaugurar a nova sede do Uni&atilde;o Brasil no munic&iacute;pio. O ato deve fortalecer a pr&eacute;-candidatura do empres&aacute;rio Z&eacute; Chico, que comanda a sigla na Princesa do Sert&atilde;o, a deputado federal.&nbsp;
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* Z&eacute; Chico &eacute;, inclusive, o candidato do cora&ccedil;&atilde;o do prefeito Jos&eacute; Ronaldo, embora outros aliados estejam no p&aacute;reo de olho em uma cadeira na C&acirc;mara Federal: Pablo Roberto (PSDB), atual vice em Feira, e Colbert Martins (DC), ex-gestor.&nbsp;
* Nos pr&oacute;ximos dias, a primeira-dama de Itabuna, Andr&eacute;a Castro, deve anunciar novos apoios estrat&eacute;gicos de lideran&ccedil;as do sul e sudoeste da Bahia, refor&ccedil;ando sua pr&eacute;-candidatura a deputada estadual em 2026.
* Apontada como uma das favoritas do sul baiano, Andr&eacute;a intensifica agendas e articula&ccedil;&otilde;es com prefeitos e vereadores e os an&uacute;ncios ser&atilde;o feitos ao lado de aliados do prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), fortalecendo o palanque governista.
* Nem a soltura do banqueiro baiano Guga Lima, uma garantia de que n&atilde;o combinou dela&ccedil;&atilde;o premiada, desarmou a ansiedade de pol&iacute;ticos e empres&aacute;rios baianos com os quais construiu v&iacute;nculos.

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