Foto: Betto Jr./Secom PMS
O prefeito Bruno Reis (União Brasi) 26 de março de 2024 | 19:40

Bruno Reis deve adotar “solução caseira” após exoneração de secretários-candidatos na próxima semana

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Ao menos dois secretários municipais e dois dirigentes de órgãos serão exonerados pelo prefeito Bruno Reis (União) até o próximo dia 5 de abril por conta das eleições de outubro. Para substitui-los, a solução deverá ser “caseira”, conforme apurou este Política Livre nesta terça-feira (26).

Do primeiro escalão, deixarão a Prefeitura para disputar vagas na Câmara Municipal de Salvador os titulares das secretarias de Infraestrutura e Obras Públicas, Luiz Carlos (Republicanos), e de Sustentabilidade, Resiliência Proteção Animal, Marcelle Moraes (União). Os dois são vereadores licenciados e retomam as cadeiras no Legislativo em busca da reeleição. Com isso, voltam para a suplência os vereadores Alberto Braga (Republicanos) e Palhinha (União).

Luiz Carlos deve ser substituído pelo atual subsecretário Francisco Torreão Espinheira, também ligado ao Republicanos. Marcelle abriria espaço para o sub Ivan Euler, considerado um quadro técnico.

Também serão exonerados por Bruno Reis o presidente da Limpurb, Omar Gordilho, e o diretor-geral da Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), Zilton Netto. Os dois são as principais apostas do PDT para a disputa por cadeiras na Câmara, ligados, respectivamente, aos deputados federais pedetistas Félix Mendonça Júnior e Leo Prates. Omar também é muito próximo da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT).

Um nome cotado para o lugar de Omar é o do secretário municipal de Ordem Pública, Alexandre Tinoco, que acumularia as duas funções, como já aconteceu anteriormente com o atual presidente da Limpurb. Já quem deve substituir Zilton é Eva Pestana, gerente na Codecon.

Ao adotar “soluções caseiras”, Bruno Reis opta pela estratégia de escolher substitutos que já conhecem o funcionamento das secretarias e dos órgãos que passarão por mudanças por força da legislação eleitoral, que estabelece o prazo de até seis meses antes do pleito para a desincompatibilização de secretários, ordenadores de despesa ou dirigentes de órgãos de fiscalização que serão candidatos a vereador. Com isso, a máquina municipal não “desacelera” em pleno ano eleitoral, quando o prefeito tentará a reeleição.

Dessa forma, e como já havia antecipado este Política Livre, o prefeito optou por não fazer uma reforma administrativa visando contemplar demandas partidárias ou facilitar a atração de novos aliados, a exemplo do PL. A promessa é que essas negociações ocorram depois das eleições, já num eventual segundo mandato de Bruno Reis.

Vale frisar que há outros dirigentes e colaboradores da Prefeitura que pretende disputar as eleições, mas que têm um prazo de desincompatibilização mais elástico. É o caso de Ana Paula Matos, que deseja continuar na vice de Bruno Reis e tem até quatro meses antes das eleições para deixar a titularidade da Secretaria da Saúde.

Outros nomes pretendem concorrer ao Legislativo, a exemplo do diretor de Esportes da Prefeitura e ex-vereador Felipe Lucas (União); do prefeito-bairro do Centro Histórico, Humberto Sturaro (PL); do diretor municipal de Infância e Juventude, Euvaldo Jorge Júnior; e do assessor especial do prefeito Hermano Melo.

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