Foto: Divulgação
Ireuda Silva 22 de maio de 2024 | 08:32

“Ninguém está a salvo do racismo”, diz Ireuda Silva sobre caso de advogada em loja

salvador

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), comentou um incidente recente ocorrido no último sábado (18), quando a advogada Ingryd Souza denunciou ter sido vítima de racismo em uma loja da Zara, localizada em um shopping da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso foi registrado nesta segunda-feira (20) na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Ingryd relatou à polícia que, após realizar compras com seu marido e pagar normalmente, passou pelo detector antifurto na saída da loja, que apitou. Ela observou que a gerente estava posicionada próxima ao dispositivo e foi abordada com a acusação de que havia uma blusa de cetim em sua bolsa – um item que Ingryd afirmou não ter comprado. Apesar de negar estar com a peça de roupa e ser liberada após uma revista inicial, o detector voltou a apitar, gerando mais constrangimento.

“Ninguém está a salvo do racismo, independentemente da condição financeira ou nível de escolaridade”, afirmou a vereadora Ireuda Silva, ressaltando a capilaridade do racismo estrutural, que afeta pessoas negras em todos os estratos sociais e ambientes. Para Ireuda, o episódio vivido por Ingryd Souza é um exemplo de como o racismo continua a ser uma realidade diária para muitos brasileiros, independentemente de suas conquistas pessoais ou profissionais.

“O que aconteceu com a Ingryd é mais uma prova de que o racismo está enraizado em nossa sociedade e se manifesta das maneiras mais variadas e insidiosas. E enquanto não houve punições exemplares, acompanhadas por uma mudança significativa de mentalidade, essa realidade não mudará,” acrescentou a vereadora.

Comentários