30 outubro 2024
A Rússia denunciou nesta quarta-feira (31) que o “assassinato político inaceitável” do chefe político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã atribuído a Israel.
“Trata-se de um assassinato político totalmente inaceitável que provocará uma nova escalada de tensões”, declarou o vice-ministro russo de Assuntos Exteriores, Mikhail Bogdanov, à agência estatal de notícias RIA Novosti.
A Turquia também condenou o “desprezível assassinato” do dirigente político em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
“Condenamos o assassinato do chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, em um desprezível assassinato em Teerã”, expressou o comunicado. “Este ataque também pretende estender a guerra em Gaza para uma dimensão regional”.
A China também condenou o assassinato. “Estamos muito preocupados com este incidente, nos opomos firmemente e condenamos este assassinato”, declarou um porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, em sua coletiva de imprensa habitual. A China apoia há décadas a causa palestina.
O grupo armado Hezbollah, do Líbano, expressou condolências após a morte de Haniyeh.
O Hezbollah, que assim como o Hamas é apoiado pelo Irã, não acusou especificamente Israel, mas afirmou que isso tornará os grupos alinhados ao Irã mais determinados a confrontar Israel.
Haniyeh, foi morto em Teerã, no Irã, disse o Hamas em um comunicado.
O assassinato é um “ato covarde que não ficará impune”, disse o alto funcionário do grupo, Moussa Abu Marzouk, citado pela TV Al-Aqsa, administrada pelo Hamas.
A Guarda Revolucionária do Irã confirmou o ataque em Teerã.
“Como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados”, afirmou em um comunicado no site Sepah, o portal de notícias deste ramo das forças armadas.
Segundo a mídia estatal iraniana, o assassinato aconteceu na madrugada e o líder do Hamas estava hospedado em uma residência especial para veteranos de guerra no norte de Teerã.
O assassinato ocorreu em um ataque aéreo, afirmaram meios de comunicação iranianos.
Folhapress