21 novembro 2024
A bancada federal do PR pretende definir até o próximo dia 20, conjuntamente com o senador César Borges, presidente estadual da legenda, a posição do partido com relação à sucessão estadual.
A dia de hoje, na visão de parlamentares republicanos que conversaram com o Política Livre, a aliança com o governador Jaques Wagner (PT), que chegou a ser dada como certa após o Carnaval, estaria prestes a naufragar.
O motivo seria a negativa de Wagner em abrir espaço para o PR no atual governo e em pressionar o PT a aceitar uma coligação proporcional (de deputados) com os republicanos , situação a que os petistas resistem abertamente.
A posição do governador teria sido relatada pelo senador aos deputados federais depois de um encontro que teve com Wagner na noite do último domingo, na residência oficial de Ondina.
No encontro, além de não ter alimentado a expectativa de participação imediata do PR no governo, Wagner teria jogado para os partidos aliados a responsabilidade em conceder a coligação à legenda de Borges.
Foi o suficiente para a bancada federal revoltar-se contra a aliança com o governo. “Eles só querem a vaga de Senado e o tempo de TV do PR. Assim, não topamos”, disse um deputado ao Política Livre.
Por este motivo, segundo ele, hoje, o PR está mais distante do que próximo ao governador. “O certo é que estaremos no palanque da ministra Dilma Roussef”, acrescentou a mesma fonte.
É um sinal, ou uma quase ameaça, de que, na hipótese de a aliança com Wagner não prosperar, o PR estará de malas prontas para desembarcar na canoa de Geddel Vieira Lima, candidato do PMDB a governador.
Quanto à coligação proporcional exigida ao PT por potenciais aliados, como o PR, no caso do partido de Borges tem o agravante de facilitar a eleição de dois deputados estaduais que são considerados ferozes opositores do governo – Sandro Régis e Elmar Nascimento.