29 maio 2025
O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, distribuiu uma carta aos empregados da empresa nesta segunda-feira, 28, na tentativa de conter a greve de 72 horas marcada para a próxima quarta-feira. No texto, Parente argumenta que a decisão de reajustar os preços dos combustíveis diariamente em linha com o mercado internacional foi tomada em defesa da companhia e para evitar o crescimento da dívida. O executivo inicia e conclui a carta questionando a contribuição dos funcionários para o fim dos protestos dos caminhoneiros. “Como a Petrobrás e a sua força de trabalho podem melhor ajudar o Brasil neste momento?”, questiona. Em seguida, o presidente da Petrobrás responde: “Não acreditamos que seja com paralisações e pressões para redução de nossos preços. Em nosso entendimento, isso teria justamente o efeito contrário: seria um retrocesso em direção ao aumento do endividamento, prejudicando os consumidores, a própria empresa, e, em última instância, a sociedade brasileira. Assim, neste grave momento da vida nacional, convidamos todos a uma cuidadosa reflexão”, afirma Pedro Parente, no documento que inicia chamando os funcionários de “caros colegas”. A paralisação dos petroleiros foi definida no último sábado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). O sindicato já vem realizando assembleias nas unidades operacionais da empresa desde o mês passado e obteve a autorização dos empregados para a mobilização. Por enquanto, o protesto tem período definido, de três dias, por isso é considerado apenas de advertência. Mas outra paralisação por tempo indeterminado ainda está sendo organizada.
Estadão