6 maio 2025
Militantes pela volta da monarquia, um motoqueiro com capacete, máscara de gás e armadura apropriada para enfrentar manifestantes, motorista fantasiado de Jair Bolsonaro, já com faixa presidencial, e máscaras do presidente norte-americano Donald Trump. Esses foram alguns dos personagens que povoaram a convenção que sagrou o deputado pelo Rio candidato a presidente pelo PSL – no evento, ele disse que é o ‘patinho feio’ da eleição 2018. O encontro reuniu uma plateia predominantemente masculina, estimada pelo parlamentar em 3 mil pessoas, em um auditório no Centro de Convenções SulAmérica, no Estácio, região central da cidade. A propaganda monarquista foi feita pelo médico Bruno Hellmuth, de 68 anos, e pelo artista plástico José Geraldo Farjado. Diretores do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro, os dois foram à convenção levando uma bandeira do Brasil Império. Contaram que 20 pessoas do movimento foram ao lançamento de Bolsonaro. Hellmuth admitiu, porém, que o deputado não tem nada a ver com o movimento pela monarquia. Disse que foi ao lançamento porque há muitos monarquistas candidatos pelo PSL. “Provavelmente, nem todos nós vamos votar em Bolsonaro presidente”, confessou. Afirmou, porém que o candidato é uma “boa alternativa”. “Ele é um contraponto aos governos anteriores. Com o alto grau de corrupção do Brasil, Bolsonaro é um candidato que não está envolvido em nenhum escândalo”, ponderou. O médico também argumentou que defende a restauração da monarquia no Brasil “porque a República evidentemente não deu certo”. Outro que chamou atenção foi o empresário Safe Saffam, de 32 anos, que chegou com o corpo envolto em uma espécie de armadura de plástico. Ele afirmou que usa a roupa em protestos a favor de policiais e outros servidores públicos. Neste domingo, a fantasia tinha o objetivo de dar apoio a Bolsonaro. Para Safe, o candidato do PSL é o único que poderá diminuir os impostos cobrados do trabalhador. “O trabalhador trabalha muito e não sobra quase nada para ele mesmo. Parece que nós servimos apenas para votar e pagar impostos”, afirmou.
Estadão