7 maio 2025
O presidenciável João Amoêdo (Novo) defendeu as principais medidas adotadas pelo governo Michel Temer no âmbito econômico em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na madrugada desta segunda-feira, 27. Ele disse que, se eleito presidente, vai manter a PEC do Teto de Gastos, a reforma trabalhista e a possibilidade de terceirização da atividade-fim das empresas. “A reforma trabalhista foi positiva, só faria o FGTS ter portabilidade, porque hoje rende menos que a poupança e o governo empresta esses recursos para grandes empresas com taxas subsidiadas”, explicou. “O Estado é um grande concentrador de renda”, completou. Sobre o teto de gastos, Amoêdo disse apenas que o “erro estratégico” do governo foi não ter feito a reforma da Previdência antes, o que pode tornar o limite imposto pela PEC sem sentido. A mudança das regras da aposentadoria será encaminhada ao Congresso nos primeiros dias do seu eventual mandato, segundo ele, assim como reformas tributária, administrativa e política. O candidato também voltou a repetir que quer cortar privilégios. Por causa disso, “não vai morar em palácio ou usar cartão corporativo” e só vai usar os aviões da FAB em viagens oficiais. Seu ministério, caso eleito, será composto apenas por 12 pastas, que serão chefiadas por nomes técnicos, acrescentou. Questionado sobre a baixa representatividade do Novo, que não tem não nenhum parlamentar no Congresso, Amoêdo disse que percebeu, após a criação da sigla, em 2010, que o sistema atual não visa a ajudar o povo, mas a perpetuar aqueles que já estão no poder. “Queremos trazer gente nova.” Segundo ele, na próxima eleição, o Novo já terá ao menos cinco parlamentares, o que o credenciará a participar dos debates presidenciais. “Não vamos mudar de um dia para o outro. Mas temos que fazer as mudanças no Brasil baseadas em princípios e valores. Vai dar certo? Não sabemos. Mas a frustração de não tentar é muito pior”, disse. “Esse é um projeto para as novas gerações, não para a gente”, afirmou, quando os entrevistadores disseram que a insatisfação popular não parece, pelas pesquisas, se traduzir em apoio a candidatos distanciados da “política antiga”. Ele repetiu que o Novo não usa fundo partidário e eleitoral e criticou as coligações realizadas só para conseguir tempo de TV.
Estadão