Foto: Roberto Stuckert Filho
A presidente cassada Dilma Rousseff, candidato ao Senado pelo PT de Minas, participa de evento com lideranças de movimentos negros em Belo Horizonte 25 de setembro de 2018 | 06:59

Em evento, Dilma chama Bolsonaro de ‘coiso’ e Temer de ‘usurpador’

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Candidata ao Senado pelo PT de Minas Gerais nas eleições 2018, a presidente cassada Dilma Rousseff, chamou nesta segunda-feira, 24, o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, de “coiso” e o presidente Michel Temer de “usurpador”. As afirmações foram feitas durante um evento em Belo Horizonte com lideranças de movimentos negros e a ex-presidente fez diversas críticas ao deputado federal. “Acho que é o momento mais delicado da vida política do Brasil. O ‘coiso’ é a barbárie, ‘o coiso’ é negar todos os direitos que nós conquistamos nas últimas décadas”, disse Dilma no ato “Por uma Minas Gerais sem Racismo”, que teve a participação de cerca de 100 pessoas. Dilma ainda voltaria a chamar Bolsonaro de “coiso”, após uma crítica ao governo de Michel Temer – chamado pela petista de “usurpador” -, que afirmou nesta segunda-feira que pretende voltar a tentar colocar a Reforma da Previdência em votação no Congresso. “Ontem, numa entrevista, o presidente usurpador disse que vai apresentar a Reforma da Previdência novamente. Como se ele tivesse o menor espaço para fazer isso, a não ser que o coiso seja eleito.” A plateia então reagiu com gritos de “Ele não” e Dilma completou: “Grande manifestação de consciência de vocês”. Apesar disso, Dilma se recusou a tirar uma foto com um cartaz da campanha “Ele Não” com uma imagem do candidato do PSL que recebeu de uma eleitora que acompanhava o evento. As críticas da candidata ao Senado atingiram também movimentos que ganharam repercussão durante o processo de impeachment, em 2016, chamados pela petista de “extrema direita”, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua. “Você cria um mundo de espetáculo em que é muito mais importante você ver um salvador da pátria, que salva a pátria destilando ódio, do que construindo uma sociedade de respeito”, afirmou. Pedindo votos para o candidato petista à Presidência nas eleições 2018, Fernando Haddad, e para o postulante ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que tenta a reeleição, Dilma afirmou ser importante que a militância faça campanha no “corpo a corpo”. “Influenciando aqueles que são próximos a nós. Não no sentido nocivo da palavra, mas é persuadir, é discutir, esclarecer e debater”, disse. No evento, Dilma acompanhou a filiação de sua ex-ministra Nilma Lino Santos ao PT de Minas Gerais. Nilma comandou o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos entre janeiro e outubro de 2015.

Estadão
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