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Relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) 31 de maio de 2019 | 13:00

PSDB não está a serviço do governo, diz relator da reforma da Previdência

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O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse nesta sexta-feira (31) que seu partido não está a serviço do governo, mas que sua expectativa é que o novo comando da sigla, eleito nesta manhã, continue apoiando as alterações no regime de aposentadoria. “Nosso partido sempre foi um partido reformista e sabemos nosso lugar. Não ganhamos a eleição, reconhecemos a legitimidade do eleito, o resultado das urnas. Nosso papel, nosso lugar, é ajudar o Brasil. Não estamos aqui para servir o governo. O PSDB não está a serviço do governo. O PSDB está a serviço do Brasil”, disse Moreira ao chegar à convenção. O deputado afirmou que o apoio da sigla ao governo não será irrestrito. “Vamos ajudar o Brasil naquilo que o governo apresentar que for de bom, de correto. O que não for bom, vamos fazer críticas construtivas para ajudar o Brasil”, declarou. Moreira disse estar analisando as emendas apresentadas por parlamentares para alterar a proposta de reforma previdenciária que está em tramitação na comissão especial. Nesta quinta-feira (30), ele recebeu um substitutivo (texto com grandes modificações) do PL (ex-PR). O relator afirmou que pode apresentar seu parecer já no fim da semana que vem. “Quem sabe no fim da semana que vem ou no começo da outra?”, reagiu Samuel Moreira ao ser indagado sobre o calendário. O relator afirmou que a reforma será importante para garantir equilíbrio das contas do governo, mas ressaltou que o país também precisa de estabilidade política. No entanto, ele afirmou que a instabilidade não deve prejudicar a aprovação da proposta. “Esta é uma agenda unificada, convergente. Todos os partidos, praticamente, inclusive os da oposição, acreditam que deve ser feita uma reforma da Previdência”, afirmou. Apesar de defender um sistema de capitalização na reforma, Moreira disse que este não é um tema primordial. “Nosso desejo é manter a capitalização, mas este é um dos temas bem polêmicos e, neste momento, ao meu ver, o mais importante é equilibrar as contas da Previdência, inverter esta curva de ascensão do deficit da Previdência, poder diminuir o déficit, ajudar a equilibrar as contas do governo para o Brasil passar a ter confiança”, afirmou.

Folha de S. Paulo
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