01 de fevereiro de 2011 | 19:10

EXCLUSIVO: João Henrique deixa Câmara, depois de apelo de Wagner a manifestantes

Depois de ficar oito horas e meia na Câmara Municipal sob o cerco cerrado de manifestantes, o prefeito João Henrique (PMDB) deixou hoje por volta das 18h30 a Casa. Antes, porém, contou com a ajuda do governador Jaques Wagner (PT), a quem pediu que intevisse junto aos sindicatos aos quais os manifestantes eram ligados para encerrar o protesto contra ele em frente à Câmara, que fica do outro lado da rua, a menos de 500 metros da Prefeitura.

A idéia de apelar ao governador surgiu do grupo que acompanhou o prefeito até o gabinete do presidente da Câmara, vereador Pedro Godinho (PMDB), aonde João Henrique se refugiou desde a hora em que chegou à Câmara, por volta das 10h30, para driblar os manifestantes, e para onde retornou depois de ler seu discurso na reabertura do ano legislativo municipal sob aplausos e vaias das galerias.

Um secretário do prefeito então ligou para o governador, classificando a manifestação de orquestrada e pedindo sua ajuda para tirar o prefeito da Câmara. Wagner não teria atendido ao telefone, mas, ao tomar conhecimento do pedido, ordenou a sua assessoria que entrassem em contato imediato com a direção dos sindicatos e alguns vereadores do PT e de partidos de sua base de apoio, como o PCdoB, pedindo que suspendessem a manifestação contra João Henrique.

O Sindicatos dos Vigilantes, um dos que organizaram o protesto contra o prefeito, seria ligado à vereadora petista Marta Rodrigues. Já a APLB-Sindicato, que também deu apoio ao movimento através dos professores da rede municipal, é controlada pelo PCdoB. Os agentes de saúde, outro grupo que se organizou contra João Henrique, seriam ligados a outro petista, o vereador Gilmar Santiago. Os estudantes seriam ligados a setores do PT.

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