12 de setembro de 2007 | 19:45

Base desafia governo e quase leva petista a trocar soco na Assembléia

Um pedido de urgência para votar o projeto de resolução que disciplina a escolha da vaga de conselheiro ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) foi o motivo do desentendimento protagonizado agora há pouco no plenário da Assembléia entre os deputados governistas Paulo Rangel (PT) e Paulo Câmara (PTB), um dos três candidatos à vaga.

Pego de surpreso com o pedido, encaminhado pela bancada oposicionista e mais partidos aliados como o PMDB, PDT e o PTB, e temendo ver aprovado um projeto gestado na Assembléia sobre o qual não tinha ainda pleno conhecimento, o governo entrou em campo solicitando que a bancada governista deixasse o plenário com o objetivo de derrubar a sessão.

Parte da articulação foi operada pelo secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa, que telefonou pessoalmente para alguns deputados na Casa. Indiferentes às solicitações, em nova demonstração de que vai de mal a pior a relação da base com o Executivo, os parlamentares decidiram ficar em plenário.

Foi por este motivo que Paulo Rangel (PT) foi à tribuna e criticou abertamente a atitude dos colegas de bancada de resistirem à orientação do governo, chamando o comportamento de “imaturo e infantil”. E foi por isso que Paulo Câmara (PTB) revidou, insinuando que à pressão do governo a base poderia reagir com uma pressão contrária maior, o que quase leva os dois a se atacarem na frente dos colegas.

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