31 maio 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é pragmático. Não se importa com as cores de suas alianças. Aproxima-se de quem pode lhe valer um voto a mais no Congresso, seja aliado ou antigo adversário. A história não importa. Lula é refém de um sistema de governo com 14 partidos que o obriga a fechar os mais diversos pactos para ter maioria no Senado e na Câmara. O PT, que vive um amor paradoxal com o presidente, e amigos antigos estão incomodados com os gestos de afago direcionados ao senador Fernando Collor (PTB-AL). Na avaliação de petistas, Lula está exagerando, e fazem um alerta: isso pode lhe custar a própria popularidade.
O incômodo é com a maneira como o ex-presidente tenta refazer a própria história. Na base aliada, o constrangimento é visível quando Collor sai em defesa de Lula e vice-versa. A amizade do petista com o petebista teve até aperto de mão em público e privado. Os dois dividiram palanque em Alagoas e trocaram cumprimentos fraternais em um evento sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No ápice da crise envolvendo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Lula convocou Collor para uma conversa, com o objetivo de agradecer a postura adotada em defesa do peemedebista. Informações do Correio Braziliense.