12 maio 2025
– Ô, irmão, onde é o Pau Miúdo aqui? – Rapaz, dobrando ali à direita você dá no Pau Miúdo… Assim, com essa violência, fomos recebidos no bairro de nome mais sugestivo de Salvador. O sujeito, um tipo cafajeste que se encontra em qualquer esquina desta cidade, ainda emendou: – Eu moro lá. Vá de carro que eu vou atrás de você… Não tem errada. Somos a capital, digo, capit(ivis), do trocadilho sacana e bem colocado (lá ele). Seja em forma de rimas, chistes ou expressões de duplo sentido, a resenha rola solta em qualquer lugar, a qualquer hora, dos restaurantes finos na Marina aos botecos da Baixa da Égua, onde, dizem, só se chega depois de segurar “a do jegue” (lá eeeele). Não importa sua classe social, cor, religião ou nível de escolaridade. Quando você menos espera, acaba caindo em uma (lá ela). E a forma mais fácil de ser pego desprevenido é através das rimas. Ultimamente, o grau de perversão “pornofônica” — como coloca (lá nele) o antropólogo Roberto Albergaria — tem atingido patamares antes impenetráveis (opa). O risco da rima tem mudado os nomes de lugares, ruas e até de pratos da nossa culinária. Leia mais no Correio.
Alexandre Lyrio