20 junho 2025
Quando começou a operar em janeiro de 2000, o aterro sanitário de Salvador recebia, além do lixo doméstico e das ruas, uma infinidade de resíduos de produtos que hoje nem se fabricam mais. Rolos de filmes, disquetes, fitas cassetes, vidros e embalagens plásticas ainda podem ser encontrados lá, debaixo das milhares de toneladas de terra e lixo. Uma memória resistente de tudo o que foi consumido nos últimos 13 anos em Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho. Com validade para operar até o ano de 2020, o aterro de Salvador é hoje apontado como um dos mais eficientes destinos finais dos resíduos no país. O local coloca a capital baiana e os outros dois municípios da Região Metropolitana na lista das 2.213 cidades que destinam o resíduo urbano em aterros sanitários, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A Bahia possui apenas 90 locais para destinação dos resíduos deste tipo entre 417 municípios. A Termoverde Salvador foi resultado de investimento de R$ 50 milhões e foi construída em uma área de sete mil hectares pelo grupo Solví. A termelétrica tem potência para gerar 19 megawatts e produz 150 mil megawatts ao ano, o suficiente para abastecer 300 mil casas.
Wladmir Pinheiro, Correio*