Deputado federal, Nelson Pelegrino (PT) 14 de fevereiro de 2014 | 09:21

“Neto deveria deixar de chantagear a cidade”, repete Pelegrino

salvador

O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) criticou a postura do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), diante da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) deliberada pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Bahia (OAB-Ba), que pode ser impetrada contra o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Segundo Pelegrino, a declaração de que “a cidade vai parar” é uma “chantagem do prefeito”. Citando a Auditora Fiscal da Secretaria Municipal da Fazenda do Salvador e colunista deste Política Livre, Karla Borges, o petista afirmou que “desmistifica tudo o que ele disse sobre as isenções”. Ao mesmo tempo negou estar defendendo interesse de empresários. “Eu penso que o prefeito ACM Neto deveria deixar de chantagear a cidade. O que ele está fazendo é chantagem. É preciso reestabelecer a verdade. O prefeito está dizendo que ampliou as isenções, não é verdade. Não foi ele. Isso foi uma imposição da bancada do PT e ele teve que fazer essa concessão para garantir os votos”, afirmou em entrevista à rádio Tudo FM, na manhã desta sexta-feira.

Para Pelegrino, o recadastramento imobiliário feito pela prefeitura “foi feito de maneira errada. Isso deveria ter sido feito com os agentes entrando nas casas e conferindo casa por casa, rua por rua… e não exigindo a documentação da forma que foi feito”. O petista disse ainda que o trabalho de recadastramento duraria em média quatro anos, mas o prefeito preferiu fazer de forma “apressada”. “O interesse principal do prefeito, são os interesses políticos. Ele está com essa pressa toda porque sonha em um dia ser governador da Bahia. Se essa reforma do IPTU for implantada ela vai gerar uma escorcha tributária, muita gente vai perder seus imóveis porque não vai ter condições de pagar o IPTU, muitos comerciantes vão quebrar. Já está difícil para aquele comerciante, que labuta ali na ponta do lápis, pagar o seu imposto. Porque foi um aumento generalizado. Aumentou estacionamento, IPTU, ITIV e essas cargas tributárias excessivas a cidade não tem condições de suportar. Você não pode subordinar a cidade em função dos seus interesses e projetos políticos”, concluiu.

Emerson Nunes
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