06 de fevereiro de 2014 | 15:15

Aladilce quer que festa de Iemanjá se torne patrimônio imaterial

salvador

A festa de Iemanjá, celebrada no dia 2 de fevereiro, poderá ser registrada como patrimônio imaterial caso o Executivo Municipal acate o projeto de indicação da vereadora Aladilce Souza (PCdoB). Encaminhado nesta semana para o prefeito ACM Neto, o ofício é fruto do reconhecimento de uma rica tradição pesqueira, além da história de devoção que originou a festa à rainha do mar. Outro pedido da vereadora é o tombamento da Casa de Peso do Rio Vermelho (Casa de Iemanjá), conhecido pelos soteropolitanos como palco principal dos festejos à orixá. O projeto se baseia na lei municipal nº 8550/2014, que responsabiliza o município a proteger o seu patrimônio cultural mediante tombamento ou registro especial do patrimônio imaterial. O tombamento da Casa, além do reconhecimento da festa como patrimônio imaterial, seria a valorização de uma tradição que se iniciou em 1923, na aldeia de pescadores. Aladilce enfatiza a diversidade cultural e a tolerância religiosa durante o festejo para reforçar a importância do registro especial. “Ela agrega fiéis das mais diversas religiões. Significa fé e tolerância”, afirma Aladilce. A festa é a única da cidade a cultuar exclusivamente uma orixá. Antes sincrética, a festa sofreu o rompimento com a igreja em 1960, quando um padre teria chamado os pescadores de ignorantes por cultuarem uma sereia.

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