Foto: Roosewelt Pinheiro / ABr
Eliana Calmon, ex-ministra do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e candidata ao Senado 02 de agosto de 2014 | 09:45

“Nossos órgãos de controle não funcionam”, diz Eliana Calmon

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Com uma receptividade política clara de defender a bandeira do combate à corrupção, Eliana Calmon, ex-ministra do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e candidata ao Senado pela coligação “Um Novo Caminho para a Bahia”, garante que sua postura será a mesma que a tornou uma das juízas mais comentadas no país. Durante entrevista à Tribuna da Bahia, ela criticou a ausência de fiscalização das instituições responsáveis, como Ministérios Públicos, por exemplo, e disse que é preciso também acabar com a corrupção velada. “Denunciar a corrupção é uma meta, e infelizmente nossos órgãos de controle não funcionam. E um dos instrumentos para uma instituição funcionar bem é transparência. E atualmente é tudo um faz de conta. Forma-se o jogo de amizade, afetos, simpatias, que são troca de favores que é uma corrupção velada”, afirma. Considerada por muitos como “falastrona”, a ex-ministra acredita que a tática de denunciar constantemente é funcional. “Quando queremos resolver problemas pessoais vamos no analista e ficamos falando, falando, falando, até botar tudo pra fora. Com a corrupção é a mesma coisa. Precisamos denunciar e falar até que a nação se convença que é necessário combater a corrupção e que as instituições fiscalizadoras precisam funcionar”, disse. Calmon criticou ainda servidores que saem de suas instituições para atuarem dentro de governos políticos. “Por exemplo: um promotor de justiça não pode sair da sua instituição pra ser secretário de governo. Ele é comprometido com a fiscalização da lei. Não pode participar de política partidária, isso é absurdo”, disparou.

Tribuna da Bahia
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