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Lídice, Souto e Rui 01 de agosto de 2014 | 09:00

Rui, Lídice e Souto são sabatinados por líderes do setor produtivo

bahia

Apesar de pertencerem a partidos ideologicamente diferentes, os três principais candidatos ao governo concordam em um ponto: a guerra fiscal entre os estados precisa acabar. Rui Costa (PT), Paulo Souto (DEM) e Lídice da Mata (PSB) defenderam o fim desse modelo de atração de indústrias, ontem, durante o Encontro dos Setores Produtivos com Candidatos ao Governo do Estado, organizado em parceria pelas três grandes entidades do setor produtivo na Bahia: as federações das Indústrias (Fieb), do Comércio e Serviços (Fecomércio) e da Agricultura e Pecuária (Faeb). Para o petista, o hábito de usar as isenções fiscais para convencer empresas a se instalarem no estado “está com os dias contados”. Para substituir esta prática, Rui Costa sugere fortalecer a logística e a infraestrutura, para diminuir custos de instalação das empresas. “Acho que esses devem ser os pilares para atração de novos investimentos, assim como buscar adensar as cadeias produtivas do estado, a exemplo do que fizemos com a indústria (de energia) eólica. Hoje, está toda ela verticalizada, com produção das torres, das pás, dos geradores, aqui no estado”, disse. “Precisamos acabar com a guerra fiscal, embora ela tenha sido, até então, um importante instrumento para o movimento da economia nordestina, e nós não podemos negá-la. Mas diante dos novos desafios da economia brasileira, que precisa de um desenvolvimento integrado, é preciso repensar esta política”, salientou Lídice. Para se tornar atrativo sem as isenções, a socialista propôs melhorar as malhas rodoviária e aeroviária e a “interiorização do turismo e da economia”. “Enxergamos o turismo como um vetor estratégico do desenvolvimento”, disse. Segundo a candidata, 370 municípios baianos respondem por apenas 15% da produção do estado. O democrata Paulo Souto também afirmou que a estratégia de isenções “está se exaurindo”, mas minimizou a importância do modelo. “Eu não tenho tanto receio com relação a isso, porque as isenções foram tão generalizadas, e elas existiam para praticamente todos os estados que, de alguns anos pra cá, ela é só mais um fator de competitividade. São outros os fatores que têm poder decisivo”, opinou. Leia mais no Correio.

Priscila Chammas, Correio*
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