Foto: Rádio Sociedade
Debate contou com os cinco candidatos baianos ao Senado 11 de setembro de 2014 | 21:01

Geddel ataca PT em debate na Rádio Sociedade

bahia

Os cinco candidatos baianos ao Senado participaram na tarde desta quinta-feira (11) de debate promovido pela Rádio Sociedade. Eliana Calmon (PSB), Geddel Vieira Lima (PMDB), Hamilton Assis (PSOL), Otto Alencar (PSD) e Marcelo Evangelista (PEN) foram sabatinados com a mediação da jornalista Jéssica Senra. No primeiro bloco os candidatos foram questionados por Senra sobre os temas saúde, educação, segurança, pacto federativo e corrupção. Questionado sobre propostas para combater a corrupção, Geddel partiu para o ataque contra o PT, lembrando o caso do mensalão, quando integrantes importantes da sigla foram presos. “Eu acho que o país avançou nos últimos tempos quando o Supremo Tribunal Federal de forma muito firme colocou na cadeia a cúpula de um partido importante, o Partido dos Trabalhadores, depois de um processo longo e demorado, onde ficou comprovado que se tinha cometido crimes graves contra o patrimônio público. Isso é uma sinalização clara do começo do fim da impunidade”, alfinetou o candidato.

Na segunda etapa, os candidatos puderam fazer perguntas entre si, possibilitando a réplica e tréplica. Em resposta ao candidato do Partido Ecológico Nacional, Marcelo Evangelista, que perguntou a Otto se ele se sente seguro com o atual modelo de segurança pública, o postulante ao Senado afirmou que o problema era nacional e que na Bahia o governador Jaques Wagner (PT) teria feito o possível para controlar a situação. “Na minha opinião tem que haver uma aliança e uma cooperação entre os governos estadual e federal, se criando um fundo nacional de segurança pública para se repassar recursos para os estados e não só para as polícias civis e militares, mas também para investir na ressocialização dos presos e dos presídios”.

Ainda na segunda parte do debate, o candidato Hamilton Assis, em tréplica aos argumentos de Eliana Calmon sobre as dificuldades do semiárido com a seca, acusou Marina Silva, candidata à presidência da República pela PSB de ter aliança com as lideranças do agronegócio que, segundo ele, cria dificuldades para que exista uma política pública adequada e progressista para o país. “Hoje o nosso país está centrado sobre três pilares: o pilar da especulação financeira, que a gente tem chamado de bolsa banqueira, através dos juros da dívida pública; está também centrado através da especulação imobiliária nos grandes centros urbanos, onde nós vemos a nossa cidade sendo vendida. ACM Neto assumiu e continua vendendo a nossa cidade, e no campo é a mesma coisa por ser a fronteira para o agronegócio”, disparou.

No terceiro bloco, os jornalistas convidados ao debate participaram fazendo perguntas aos candidatos ao Senado. Representando o jornal Tribuna da Bahia, Osvaldo Lyra, lembrou a Eliana sobre o caso de corrupção na Petrobras, indagando, na visão da candidata, o que a população precisaria fazer para escolher os seus representantes para os próximos quatro anos. “Eu entendo que a primeira arma para vencer essa questão chama-se transparência. Nós temos uma lei, a Lei da Transparência, mas essa lei ainda não pegou em todas as instituições nacionais. Ainda existe muita coisa que está por trás de uma cortina de fumaça, e é preciso para que as coisas que se passam dentro do governo tenham transparência para que nós tenhamos, efetivamente, como resolver. A segunda arma contra todos esses absurdos que se passam dentro do governo é a questão dos órgãos de controle. Os nossos órgãos de controle são órgãos de fazer de conta. Tribunais de Contas, Corregedorias, ouvidorias, Ministério Público… A própria Justiça da onde eu saí, que tenho muito apreço pela minha Justiça, ela funciona a passos de cágados. Nós não podemos continuar com os órgãos de controle como estão”, disse a socialista.

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