01 de dezembro de 2014 | 18:15

Iraque anuncia reformas para combater Estado Islâmico

mundo

O primeiro-ministro iraquiano Haider Al-Abadi anunciou nesta segunda-feira que 24 oficiais do Ministério do Interior irão deixar seus cargos e se aposentar. A medida faz parte do esforço para reestruturar o aparato de segurança do país, que enfrenta uma séria ameaça vinda do grupo extremista Estado Islâmico. O anúncio de Al-Abadi veio após a notícia de que radicais sunitas atacaram um posto de controle na fronteira entre a Síria e o Iraque, matando ao menos quinze policiais. O grupo controla a maior parte da fronteira entre os dois países, assim como cerca de terço do território de cada um deles. Al-Abadi, que se tornou primeiro-ministro em setembro, já forçou a aposentadoria de outros oficiais pela mesma razão. Muitos creditam a baixa performance das forças armadas ao antecessor de Al-Abadi no cargo, Nouri al-Maliki, que chegou ao poder em 2010. Uma vez lá, ele teria trocado oficiais de alta patente por aliados políticos inexperientes ou incompetentes. A situação crítica das forças armadas iraquianas ficou visível em junho, quando o Estado Islâmico tomou a segunda maior cidade do país, Mosul. Depois de meses de desgaste por conta de pequenos ataques, o exército iraquiano rapidamente sucumbiu ao avanço do extremistas. Comandantes desapareceram, pedidos de mais munição ficaram sem resposta e, em alguns casos, soldados tiraram a farda e fugiram do combate. Desde então, os Estados Unidos realizaram diversos ataques aéreos para ajudar as forças iraquianas e curdas no combate aos radicais sunitas. Vitórias importantes, entretanto, têm sido escassas.

Estadão Conteúdo
Comentários