Promotores reclamam de transferência em grupos sem comunicado prévio

Um grupo de promotores realizou uma manifestação na tarde desta terça-feira (17) na sede do Ministério Público, no CAB, contra a portaria que determinou a transferência de doze promotores. A mudança foi publicada em portaria do Diário da Justiça, na última segunda-feira. Segundo os manifestantes, não houve comunicado prévio. Os promotores atuam no Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (Gepam), no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e no Crimes Atribuídos à Prefeitos (CAP). “Eles receberam uma ligação na noite de sexta-feira afirmando que na segunda teriam que se apresentar para trabalhar em outros lugares”, afirmou Alexandre Cruz, presidente da Associação do Ministério Público do Estado da Bahia (Ampeb).Segundo Alexandre, cinco dos doze promotores se sentiram prejudicados com a determinação da portaria. “São áreas sensíveis e estratégicas. Esses promotores são especialistas nas matérias em que atuavam há anos e foram abruptamente substituídos por colegas que não tinham experiência. Ficamos preocupados em relação à continuidade das investigações”, disse.Em nota, a Procuradoria Geral de Justiça da Bahia informou que a portaria é legal e considerou critérios como a precedência dos promotores de Justiça titulares em relação à assistentes. A nota ainda afirma que o procurador-geral de Justiça, Márcio Fahel, determinou a suspensão dos efeitos da portaria até posterior deliberação.