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Sessão especial na Câmara trata de ações e novas políticas para o portador do vírus 05 de dezembro de 2014 | 18:00

Vereador defende passe livre para portadores do HIV

salvador

O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), defendeu durante sessão especial nesta sexta-feira (5), na Câmara Municipal, o passe livre para portadores do vírus HIV/Aids como forma de garantir a locomoção para tratamento. Além da isenção da passagem de ônibus coletivo, o edil estuda a modificação do Projeto de Lei 4848, apresentado na Casa Legislativa, que institui o Dia Municipal do Canceriano e “Aidético”, expressões essas que não são mais utilizadas. “Estamos estudando um novo projeto para substituir esse que ficou obsoleto. Sobre o pedido de passe livre para a população portadora do vírus, deve ser entendido como um passo importante para ajudar a mudar atitudes preconceituosas, que geram baixa autoestima e inúmeros outros problemas de ordem pessoal. A conscientização é algo fundamental, apesar dos coquetéis que prolongam o tempo de vida, a juventude tem que se conscientizar dos riscos e se prevenir”, afirma o vereador. O projeto para o passe livre foi apresentando pelo membro da Rede Nacional de Positivos, Moysés Toniolo. Segundo ele, “muitos dos infectados não vão ao médico e terminam adoecendo e morrendo porque não têm como ir. Pobre, negro, morador da periferia e soropositivo sofre discriminação e descaso do poder público. São 15 anos de luta que não podem se perder. O governo tem que dar atenção e repassar a verba para as pessoas terem este direito”, afirma. No Brasil, estima-se que 278 mil indivíduos são soropositivos e, na Bahia, 25.760. Para Ênio Soares, da Secretaria Municipal de Saúde, a Aids hoje é um problema crônico. Ele pontuou que os idosos estão com taxa alta de detecção da doença, assim como os jovens. “Em 10 anos, houve uma redução tímida no número de óbitos, 6,4 por 100 habitantes em 2003 e 5,7 por 100 habitantes em 2013”, completa Soares.

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