23 de janeiro de 2015 | 07:00

Ex-primeira-ministra da Tailândia é afastada da vida política por cinco anos

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O Parlamento tailandês, nomeado no ano passado pela junta militar no poder, votou hoje (23) a favor do afastamento da vida política, por cinco anos, da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra. No total, 190 membros votaram a votar do afastamento, enquanto 18 deputados votaram contra e oito abstiveram-se. Yingluck Shinawatra também deverá ser acusada de corrupção, crime punido com dez anos de prisão. “O Ministério Público estudou os testemunhos e as provas apresentadas pela Comissão Anticorrupção e está de acordo sobre o fato de que o processo permite acusar Yingluck”, disse o procurador Surasak Threerattrakul aos jornalistas. Irmã do antigo chefe do governo Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 por um golpe de Estado, Yingluck Shinawatra foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Tailândia. O país, dividido entre apoiadores e adversários dos Shinawatra, enfrenta uma crise política recorrente desde o golpe militar de 2006, que derrubou Thaksin, que está no exílio. Thaksin e os seus aliados ganharam todas as eleições desde 2001. Os militares tailandeses protagonizaram 19 tentativas de golpe, das quais 12 bem-sucedidas, desde a queda da monarquia absoluta em 1932.

Agência Brasil
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