11 de janeiro de 2015 | 08:00

Impacto do ataque na economia francesa preocupa

mundo

Empresários e analistas acompanharam o noticiário dos últimos dias com cuidado. Oficialmente, o discurso diz que ainda é cedo para avaliar o impacto na economia francesa do ataque à sede do semanário Charlie Hebdo. Essa é a avaliação de algumas empresas do setor hoteleiro, de companhias aéreas e do varejo. Todos ainda lamentam a perda de vidas e estão mergulhados no espírito de união nacional em defesa da França. Informalmente, entretanto, é possível ouvir relatos mais preocupados com o impacto nos negócios. Um dos setores que mais teme consequências é o turismo. País mais visitado do mundo, com 83 milhões de turistas por ano, a França deve 7% de sua economia ao setor. Um executivo de uma pequena rede de hotéis de Paris disse à reportagem que o principal problema para o setor é a permanência da percepção de que a cidade pode ter outros ataques. De acordo com ele, isso poderia afugentar turistas, especialmente os da classe média ascendente de países emergentes. É verdade que as perspectivas do setor turístico estavam um pouco mornas antes mesmo dos ataques. Após anos de crescimento explosivo no desembarque de passageiros de países emergentes, o fluxo para a França poderá diminuir no curto prazo com a crise na Rússia, um menor crescimento na China e a estagnação econômica do Brasil.

Agência Estado
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