PV baiano tenta aparar as arestas

A crise que o PV sofre atualmente poderá ser resolvida amanhã. Os principais líderes do partido, o deputado estadual Marquinhos Viana – um dos articuladores da dissidência que ameaça pedir desfiliação da sigla – e o recém-empossado presidente estadual, Ivanilson Gomes, vão se reunir com demais filiados para afinar o discurso e contornar os entraves que sondam os dois grupos. A informação foi confirmada pelo deputado estadual, que será empossado em fevereiro, Marcell Moares (PV). O ex-vereador soteropolitano se autointitulou como possível pacificador da agremiação. Ele tenta amenizar a situação. “Eu vou tentar e vou conseguir alinhar o PV. Tenho 16 anos de partido e vou unir todos por um projeto maior”, disse. O verde também confirmou a possibilidade de um debate sobre a participação ou não da sigla no governo Rui. O fato ganha força, conforme ventilação da imprensa nas últimas semanas. Contudo, a briga vem atrapalhado as sinalizações sobre o assunto, segundo o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes. “O PV tem uma situação em que o Marquinhos (Viana), deputado, tem nos procurado, mas houve recentemente uma troca no comando do PV e isso está sendo discutido entre eles”, afirmou. A celeuma começou após o prefeito de Licínio de Almeida, Alan Lacerda, ser destituído da função de presidente para dar vaga ao comando de Ivanilson Gomes. A atitude veio de Brasília, capitaneada pelo presidente nacional da legenda, José Luiz Pena. O deputado Marquinhos Viana (PV), à Tribuna, havia dito que certas negociações, ora capitaneadas por Ivanilson, seriam atitudes para pressionar o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para garantir um maior leque de indicados sob a tutela do novo presidente. “O que ele [Ivanilson] quer é provocar com essa história de ir para a base do PT e até procurar o presidente deles, o Everaldo Anunciação. Tudo não passa de artimanhas”, acusou Viana.