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Presidenta Dilma Rousseff (PT) 10 de fevereiro de 2015 | 09:45

Dilma vai conversar mais com a imprensa para tentar reverter desgaste em sua imagem

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Empurrada por expectativas frustradas – criadas por promessas de campanha descumpridas, pela crise econômica e pelo agravamento da crise de corrupção na Petrobras – a avaliação positiva de Dilma Rousseff caiu 19 pontos percentuais em 60 dias. Passou de 42% para 23%, segundo Datafolha, acendeu a luz amarela no governo. Para tentar estancar a queda, a pior marca de um presidente desde Fernando Henrique Cardoso, em 1999, o Palácio do Planalto vai reformular a estratégia de comunicação. Dentro do novo roteiro, a ideia é que Dilma rompa o isolamento do Planalto, cumpra mais agendas públicas e retome o hábito de conversar com a imprensa. Em linhas gerais, a estratégia utilizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando enfrentou o desgaste do mensalão. Depois do Carnaval, ela pretende fazer um pronunciamento à nação, lançar um conjunto de medidas positivas e apresentar ações do governo contra a corrupção. Contra a estratégia da agenda positiva está um conjunto de acontecimentos recentes, que passou aos brasileiros, segundo dados do Datafolha, a impressão de que a presidente não falou a verdade na última campanha eleitoral. Para 60% dos eleitores, Dilma mentiu na campanha eleitoral. Ainda segundo o instituto, para 77% dos entrevistados, a presidente tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. Para 52% deles, ela sabia do escândalo e não agiu. Outros 25% disseram que ela nada pôde fazer, mesmo sabendo dos casos de corrupção. Para 47% dos entrevistados, a presidente é “desonesta”. Outros 54% falam que ela é “falsa” e 50%, “indecisa”. Leia mais no Correio*.

Donaldson Gomes e agências, Correio*
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