Foto: Divulgação/PT
25 de março de 2015 | 08:15

Vânia Galvão diz que edis usam de desculpas para deixar sigla

salvador

Nem mesmo as declarações feitas por J. Carlos Filho ontem, no plenário, em tom de pesar e desculpas, foram suficientes para acalmar os ânimos de petistas ferrenhos como a da líder do PT na Casa, Vânia Galvão. Questionada se a decisão da sigla em estudar a possibilidade de pedir o mandato do vereador não seria autoritária, ela foi enfática: “Que autoritário! Isso é desculpa que eles (J. Carlos e Carballal) querem encontrar para servir de argumento para suas defesas. J. Carlos Filho declarou em Plataforma que não fazia mais parte da base do PT e fazia parte da base do prefeito. Se somos oposição, vamos cruzar o braço? Claro que não”, declarou. Segundo ela, outra medida contraditória do vereador foi em relação à aprovação do PPA do Executivo Municipal, que, segundo a oposição, havia clara inconstitucionalidade. “Temos nossos fóruns de discussão, deliberações. Somos oposição. Ele disse hoje que não quer sair, não é verdade. Que ele vá publicamente para imprensa, e não só isso, que ele vote com o PT. Que ele não diga uma coisa e na hora da votação faça outra totalmente diferente, como foi no caso do PPA, em que votou a favor, indo contra a orientação do partido”, acrescentou Vânia.Por outro lado, o líder da oposição na Câmara, J. Carlos Suíca (PT), tenta amenizar a situação. Suíca afirma que muita gente (petistas) já esperava por isso desde que o ex-deputado estadual J. Carlos saiu do PT e caiu nos braços de ACM Neto (DEM). “Não sei se a executiva vai levar em consideração o pedido de desculpas dele”, pontuou. Segundo o líder da oposição, J. Carlos Filho não tinha comentado pessoalmente sobre a decisão que anunciou durante o evento de Neto em Plataforma. “Quando ele conversava comigo, dizia que ia seguir dentro do partido e acabou dizendo isso aqui (ontem) no plenário. Ele agradece muito ao partido, mas também ao pai. Existia uma certa dúvida no ar”, acrescentou. A vereadora Vânia Galvão também aproveitou para rebater o vice-líder do governo na Casa, Leo Prates (DEM), ao afirma que o PT não estaria sendo democrático. “No momento em que decisões são desrespeitadas, o partido toma decisão e não aceitamos interferências. A executiva chama o diretório. E será dado a Carballal e a J. Carlos Filho o amplo direito de defesa”.

Tribuna da Bahia
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