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27 de maio de 2015 | 12:30

Afastado após denúncias, professor diz ter ‘consciência tranquila’

bahia

Acusado por um grupo de estudantes de Engenharia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) de fazer declarações machistas e homofóbicas em sala de aula, o professor do Instituto de Física Luiz Santiago de Assis, 64 anos, negou ontem as acusações.Ele afirmou que o teor da denúncia feita na Ouvidoria da Ufba – que resultou no afastamento temporário até o fim da apuração de uma comissão de sindicância que pode levar até 60 dias, a partir do dia 11 de maio – é “infundado”. Antes da publicação da reportagem sobre as denúncias, ontem, o CORREIO já havia procurado Santiago, que não foi localizado, nem respondeu a email, mesmo com intermediação da direção do Instituto de Física. Antes de conversar por quase uma hora com a reportagem, ontem, Santiago ponderou que foi orientado por um advogado a comentar pouco sobre o caso e não aceitou ser fotografado. “Eu não sou advogado, eu sou físico. Não sei o que eu posso falar que pode se enquadrar no Código Civil ou não”. Ele, no entanto, afirmou ter a “consciência tranquila” de que não teve comportamentos machistas em sala. Em um dos relatos que está sendo investigado, uma estudante contou que o professor fazia gracejos com conotação sexual, como questionar o que fazia um grupo de quatro alunos “de quatro” no fundo do laboratório em que a aula ocorria. “Não falei isso, deturparam. As experiências são feitas em duplas, eu olhei para uma mesa ao fundo e tinha quatro estudantes, eu perguntei: ‘O que vocês estão fazendo aí em quatro’. Preposição ‘em’, não proposição ‘de’. Não tem nada a ver com sexo, tenha paciência, tem tanta mulher por aí…”.

Correio*
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