05 de maio de 2015 | 09:30

Salvador pode ficar sem ônibus a partir de quinta-feira

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A capital baiana pode ficar sem ônibus à partir desta quinta-feira, caso rodoviários e patrões não cheguem a um acordo que ponha fim às divergências entre as partes. Se por um lado a reclamação é de que, além da negativa de reajuste pedido, os empresários querem cortar direitos já conquistados pelos rodoviários, do outro, o patronato reclama que os aumentos solicitados são muito altos, mas que estaria disposto a renegociar itens da pauta de reivindicações. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia, Hélio Ferreira, a última reunião aconteceu na última quarta-feira, dia de 29 de abril e terminou sem acordo. De lá pra cá, não aconteceram novos encontros. “Solicitamos, junto ao Ministério Público e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que eles possam intervir para que as negociações possam recomeçar entre a gente e os patrões, já que eles parecem estar irredutíveis”, afirmou. Entre as principais reivindicações dos rodoviários estão o reajuste salarial de 20%, redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, planos de saúde e odontológico sem desconto, aumento no valor do tíquete-alimentação e aumento de 30% na periculosidade. “Além dessas, o patronato vem negando todos os outros itens da nossa pauta”, disse Ferreira. Os patrões alegam, segundo ele, que estão em momento de crise e que o atendimento às pautas poderia acarretar mais problemas financeiros às empresas. Outra queixa por parte dos rodoviários é com relação a um direito que, segundo eles, foi conquistado e, agora, os patrões querem tirar. “Temos o direito de folgar, pelo menos, dois domingos por mês. Agora, além da negativa das nossas propostas, eles querem tirar um dos nossos dias para descanso. Não vamos permitir uma coisa dessas”, reclamou. Se as reuniões entre as partes não ocorrerem até a próxima quinta-feira, o Sindicato fará duas assembleias, no mesmo dia – uma pela manhã e outra pela tarde –, para definir se o grupo vai paralisar as atividades ou entrar em greve.

Yuri Abreu, Tribuna da Bahia
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