O presidente estadual da sigla, Jonga Bacelar, no entanto, negou à Tribuna que haja conversas no sentido de uma aproximação com os democratas 05 de junho de 2015 | 09:14

Sem espaço no governo, PR estaria dialogando com o DEM

bahia

Cinco meses se passaram e a novela do PR com o PT baiano ainda não teve seu capítulo final exibido. Desde o início do ano que os republicanos se articulam com o secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, na expectativa de ter na gestão do governador Rui Costa (PT) um espaço que, para eles, seja à altura do apoio que a legenda deu para a vitória do petista. Apesar das diversas reuniões e articulações, só foi ofertado ao PR duas diretorias na Embasa e outras duas na Conder, o que não agradou aos republicanos, que pleiteavam um cargo no primeiro escalão e tiveram, por alguns momentos, a expectativa de ficar com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico logo após a exoneração de James Correia. No entanto, em meio a esse cenário sem respostas, muito já se especula nos bastidores políticos. Fontes afirmam que fica cada vez mais próxima a possibilidade de o PR, desamparado pela aliança no qual apostou todas suas fichas, se amigar com o DEM. O prefeito ACM Neto (DEM) teria, inclusive, tido algumas conversas com membros do PR na Bahia nesse sentido, já com vistas ao processo eleitoral de 2016. Atualmente, no Estado, o PR tem dois deputados estaduais, José Rocha e Reinaldo Braga, e um deputado federal, seu atual presidente, Jonga Bacelar, e um bom tempo para campanha televisiva, o que colaboraria com os planos do alcaide para sua reeleição.O presidente estadual da sigla, no entanto, negou à Tribuna que haja conversas no sentido de uma aproximação com os democratas e chegou a afirmar que, além de pretender sair candidato a prefeito de Salvador ano que vem, gostaria de lançar sua candidatura pela base aliada ao PT. Segundo o parlamentar, o interesse é que sua candidatura seja lançada como da base aliada, no entanto, o martelo só será batido em reunião com a Executiva Nacional do PR, com data ainda não agendada. “Eu estou pleiteando isso. Mas somente o diretório nacional poderá decidir. Complicados – Muito se especula sobre o porquê do PR não ter aceitado as quatro diretorias ofertadas pelo Estado. Nos corredores, o que se ventila é que os membros republicanos não estão se acertando. Nos bastidores, afirma-se, ainda, que duas das diretorias teriam sido direcionadas para José Rocha e outras duas para o deputado estadual Reinaldo Braga. O único que sairia de mãos vazias seria o presidente do PR, justamente quem está se debruçando sobre o assunto em reuniões com Josias Gomes na tentativa de resolver, logo, o problema. Segundo José Rocha, a expectativa é que o PR ocupe uma secretária tal como ocorreu no governo de Jaques Wagner. “Precisamos de mais espaço, mas isso não vai levar ao rompimento com o governo”, declarou, em abril, à Tribuna.

Hieros Vasconcelos Rego, Tribuna da Bahia
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