Psol quer demissão de ex-deputados que estão na folha da ALBA

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL) possui atualmente nove ex-deputados nomeados para cargos na Casa com custo para o cofre público de R$ 1,02 milhão ao ano. Nos últimos dez anos, 24 ex-deputados foram contratados como funcionários da AL, representando os mais diversos partidos. Entre as legendas mais representadas no período está o Democratas, com um total de nove ex-parlamentares nomeados para cargos no órgão. Em seguida vem o PMDB, com três empregados, PT, PSD e PCdoB tiveram dois cada, PP, PR, PRB, PSC e PMN mais um cada.

Os atuais ex-legisladores vinculados ao Poder Legislativo baiano são: Yvonilton Borges Gonçalves (PP), secretário parlamentar, salário de R$ 6 mil; Carlos Gaban (DEM), assessor especial, recebe o salário base de R$ 13,3 mil; Misael Aguilar Silva Neto (DEM), secretário parlamentar, R$ 10 mil; Clóvis Ferraz Meira (DEM), diretor legislativo, R$ 13 mil em salário; Maria Luiza Dias Laudano (PSD) desempenha função comissionada e também recebe R$ 13,3 mil. Robério Cássio Ribeiro Nunes (DEM) é formado em advocacia e servidor efetivo lotado em função comissionada na Presidência, com salário de R$ 3,5 mil mensal, quase três vezes menos do que ganhava quando foi deputado federal eleito em 2002.

Robério Nunes foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo envolvimento na máfia das sanguessugas e hoje responde a processo na Justiça Federal do Mato Grosso pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção passiva e a partir de então não conseguiu êxito nas urnas. A divulgação dos dados em reportagem do jornal Folha de S. Paulo recentemente levou o presidente do PSOL na Bahia, Marcos Mendes, a judicializar a questão por classificar as nomeações como “desrespeito ao funcionalismo público”. “No apagar das luzes, essas contratações são aprovadas. Quando esses deputados perdem o cargo há um acordo dentro da Assembleia Legislativa para arrumar uma contratação”, denuncia. Leia mais na Tribuna da Bahia.