06 de setembro de 2015 | 11:00

Projeto Boa Luta dá oportunidades a jovens da periferia de Salvador

bahia

O Projeto Social Boa Luta, realizado há cinco anos na comunidade Barreiro, no bairro da Boca do Rio, em Salvador, tem transformado a vida de 272 jovens da periferia, com faixa etária entre 5 e 17 anos. Por meio de esportes, como o jiu jitsu, boxe, capoeira, além de oficinas de teatro, os voluntários têm impulsionado a educação e ampliado o horizonte de possibilidades da garotada local. O responsável por tudo isso tem um nome: Lourival Alves. O sargento da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), que conquistou duas medalhas no Campeonato Mundial de Jiu jitsu, realizado este ano na Argentina, tem um compromisso moral com a comunidade e com o futuro da garotada. A luta diária de Lourival, idealizador do Projeto Boa Luta, é retirar jovens da rua e, por meio do esporte, direcioná-los para o bem. “Esse é um trabalho que vem sendo feito aos poucos. Mas já podemos ver resultados. O desafio é sempre reduzir ao máximo a chance de insucesso desses jovens. Todo mundo tem direito de sonhar e lutar pelo seu sonho, e o esporte dá o que é necessário para formar cidadãos de bem”, afirmou o militar faixa preta. Aos 11 anos, o pequeno Henrique Ferreira está tendo a oportunidade de seguir seu sonho de ser lutador. Em 2015, ele conquistou medalha de ouro no Campeonato de Novos Talentos do Jiu jitsu, em Lauro de Freitas. Para atingir o objetivo utilizou os ensinamentos recebidos nos treinados que acontecem toda semana na Associação Nordeste. “Aqui a gente aprende a ter disciplina, a se concentrar e a lutar pelo o que queremos. Vemos que podemos alcançar nossos sonhos e nunca desistir”, conta. prática esportiva tem estimulado o desempenho também na sala de aula. Só treina quem tira boas notas. Mãe dos garotos Renato e Guilherme, a trabalhadora autônoma, Ana Paula Moreira, reconhece a evolução dos filhos no ambiente escolar. “Eles eram muito dispersos e passaram a ter mais atenção. Também passaram a ter autonomia sobre os materiais escolares. Chegam em casa depois da escola e fazem logo as atividades. Acredito que tudo isso refletiu nas notas, que melhoraram bastante”, conta. A rotina dos treinos também potencializou as atividades de Marcos, de 7 anos, portador de um leve grau de autismo. “Ele não interagia com os colegas e era muito dependente de mim. Hoje ele brinca com os outros meninos e tem me mostrado que é capaz de fazer as coisas dele, muitas vezes, sozinho. Tem sido muito bom pra ele”, enfatizou a mãe do garoto, Tânia Raquel Andrade.

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