16 de outubro de 2015 | 08:46

Nilo entrega carta com 80 páginas ao TRE reforçando desfiliação

bahia

Presidente da Assembleia Legislativa por cinco mandatos consecutivos, o deputado estadual Marcelo Nilo entregou, na tarde de ontem, uma carta com 80 páginas ao Tribunal Regional Eleitoral (TER) reforçando o seu pedido de desfiliação do PDT em mais de 300 itens, entre eles, o de que sofreu perseguição pelo presidente pedetista na Bahia, deputado federal Felix Mendonça Junior, em diversos municípios em que teve milhares de votos. À Tribuna, o parlamentar disse estar aliviado em sair do PDT e disse que a sigla faz parte do seu passado. “Como presidente, Felix ficou sozinho, tomou meus diretórios em diversos municípios, mas os deputados ficaram comigo”, afirmou Nilo. Segundo ele, seu destino partidário ainda é incerto, mas pressa é uma palavra que não tem feito parte do seu vocabulário nas últimas semanas. “Quando o TRE decidir, anuncio minha saída publicamente. Fui perseguido, discriminado pelo presidente do PDT. No município que eu tive quatro mil votos e Felix três, como em Antas, minha terra natal, ele pediu o diretório. Isso em mais de 40 cidades. Não tive outra saída”, pontuou Nilo.Ainda conforme o presidente da Assembleia, o comandante do PDT na Bahia também ameaçou prefeitos apoiadores de Nilo, alegando que eles não disputariam as respectivas prefeituras pela legenda a qual é presidente estadual. “Meu futuro partidário ainda não sei. Acredito que o TRE vai entender. Entreguei um relatório com 80 folhas e mais de 300 itens”, comentou. Nilo entrou para o PDT em 2009, após sair do PSDB, onde iniciou sua vida pública em 1990.No momento, a principal expectativa é tirar o peso das costas de permanecer no PDT. A entrega, ontem, da carta ao TRE, foi para o futuro ex-pedetista um grande alívio. “Para mim foi um grande alívio. O PDT escolheu seu rumo, e não condiz com o meu. Agora ele faz parte do passado”, disse. Dentre tantos motivos, Além disso, também justifiquei na carta o fato do partido ter interrompido com o governador Rui Costa. Felix Mendonça tomou uma medida autoritária, mas como disse, ficou sozinho”

Tribuna da Bahia
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