Foto: Divulgação
Governador da Bahia, Rui Costa (PT) 29 de outubro de 2015 | 13:45

Rui critica estatal federal na exploração de urânio

bahia

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou a posição da estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e disse que a empresa mantém uma relação de distanciamento com o governo estadual e com a população que vive na região dos municípios de Caetité e Lagoa Real, onde a INB explora uma mina de urânio a céu aberto há 15 anos. Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Rui Costa disse que “não tem a menor dúvida” sobre a falta de transparência da empresa. “A INB precisa interagir mais com a comunidade e com o Estado da Bahia. Ela é uma empresa distante, que só faz tirar o mineral, e não tem nenhuma relação com o Estado da Bahia e com a sociedade local. Eu não tenho a menor dúvida disso”, afirmou o governador. Rui Costa, que esteve nesta quinta-feira, 29, em Brasília para um encontro com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Aroldo Cedraz, disse que o governo baiano também vai acelerar as inspeções de água na região de Lagoa Real, onde foi detectado um poço contaminado com alto teor de urânio. “Vamos aprimorar e acompanhar de perto essas medições”, afirmou. Na semana passada, durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, a INB foi acusada de omitir informações do governo e de órgãos de controle. O secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, disse que o governo baiano não tem acesso a dados da empresa. A falta de transparência também foi apontada pelo coordenador geral de transporte, mineração e obras civis do Ibama, Jônatas Trindade. Tanto o Ibama quanto o governo da Bahia e demais órgãos do governo federal só tomaram conhecimento da contaminação de urânio ocorrida em Lagoa Real a partir da reportagem publicada pelo jornal no dia 22 de agosto. Ontem, o ministro do TCU Bruno Dantas anunciou que a Corte de contas também vai fiscalizar as operações da INB na região e acompanhar os desdobramentos do caso que têm sido tratados pelo Ibama.

Comentários