Foto: Reprodução/Correio*
03 de novembro de 2015 | 07:29

Candidatura de Lídice à prefeitura é debatida pelo PSB

bahia

Uma eventual entrada da senadora Lídice da Mata (PSB) na disputa pela prefeitura de Salvador dominou o encontro do diretório municipal da sigla, sábado passado. Reunidos na sede do partido, no Campo Grande, dirigentes e militantes do PSB defenderam que Lídice só coloque o nome no páreo se o Palácio de Ondina assumir sua candidatura como a única da base petista. Ou, em caso de pulverização de chapas, que a de Lídice receba tratamento diferenciado em relação às outras. O que inclui estrutura de campanha sob o guarda-chuva do governo, apoio partidário e, claro, tempo de TV competitivo, por meio de uma coligação direta com o PT, a quem caberia indicar o vice. Para os principais aliados da senadora, menos do que isso não vale a pena. Sob risco de desgastar a imagem da joia da coroa do PSB baiano em uma eleição considerada difícil, na qual o prefeito ACM Neto (DEM) desponta como favorito a levar a parada ainda no primeiro turno. “Se o governador Rui Costa garantir força-máxima, ela entra de cabeça”, resume um dos mais próximos interlocutores de Lídice.Ao contrário da sucessão de 2008, quando Lídice acabou como vice do hoje senador Walter Pinheiro, o PT não tem atualmente um candidato forte e puro-sangue para colocar na batalha pelo Palácio Thomé de Souza. Nas pesquisas mais recentes – tanto para consumo interno, quanto para divulgação na imprensa -, a senadora aparece em segundo, bem à frente dos demais pré-candidatos aliados ao PT. Segundo dois integrantes da cúpula do PT baiano, o governador Rui Costa (PT) já sinalizou a possibilidade de apostar quase todas as cartas na candidatura de Lídice da Mata, como defende parte do núcleo político do governo. No entanto, Rui não pretende abrir mão de pulverizar as chapas da sua em Salvador. Quer ter alternativas na mesa para não ficar refém de apenas uma estratégia.

Jairo Costa Jr., Correio*
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