Foto: Agência Senado
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) 02 de dezembro de 2015 | 15:28

Decisão sobre perda de mandato de Delcídio deve ficar para 2016

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A conclusão do processo no Conselho de Ética do Senado pela perda do mandato do senador Delcídio Amaral (PT-MS) deve ocorrer apenas no próximo ano. Apoiado no regimento do colegiado, o presidente do Conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), disse nesta quarta-feira, 2, que processos anteriores não tiveram nenhum desfecho antes de transcorridos ao menos 60 dias. “O ano legislativo acaba no dia 22 e se não me falha a memória, só o prazo para o Delcídio se defender é de 10 a 15 dias. Tivemos vários processos anteriores como o do Luiz Estevão, Jader Barbalho, José Robeto Arruda, Antônio Carlos Magalhães. Nenhum desses casos foi decidido com menos de 60 dias”, ressaltou João Alberto ao Estado. Segundo o senador, ele deve receber nesta quarta a representação apresentada ontem pela Rede e o PPS em que pedem a abertura de processo de cassação contra Delcídio Amaral (PT-MS), que está preso desde a última quarta-feira acusado de tentar atrapalhar as investigação da Operação Lava Jato. “O presidente do Conselho é o guardião do regimento do Senado, eu não vou atropelá-lo, vou cumprir o ritual. A primeira coisa é receber a representação feita e encaminhar ao setor jurídico, o que deve ocorrer até amanhã. Eu acredito que só na semana quem vem a assessoria conclua e me devolva. A partir daí, tenho 5 dias para admitir ou não. Temos que ver o que tem de comprobatório. Mas eu geralmente cumpro o que a assessoria diz”, afirmou João Alberto. Ligado ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), João Alberto foi um dos que votou pela liberação de Delcídio em sessão realizada no plenário do Senado na última quinta-feira, 26. “Eu não votei pela permanência dele na prisão. Não achei que era flagrante. E também achava que ele deveria ter tido o contraditório. Não significa que eu não possa mudar minha opinião no andar do processo”, ressaltou.

Estadão
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